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segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Pássaro-cetim, o arquiteto ladrão


O conceito de blocos de arquitetura não é exclusivo para os seres humanos.

Os bowerbird (Ptilonorhynchus violaceus), ou pássaro pavilhão, ou ainda, pássaro cetim ou caramachão cetim, é uma ave passeriforme, comum nas florestas úmidas e florestas esclerófilas úmidas do leste da Austrália. Os machos, são arquitetos incríveis, mas reservam suas habilidades para apenas uma finalidade –encontrar uma companheira. Eles constroem esses ninhos elaborados e deslumbrantes para impressionar as fêmeas –talvez eles pudessem ensinar aos homens, uma coisa ou duas sobre decoração.


Eles usam enfeites como moedas, pregos, folhas, cascas, sementes, flores e insetos vivos para tecer seus ninhos, chamados de caramanchões. Os bowers ou “pavilhões” são ninhos em forma de "U" construídos com galhos e grama, e atapetado com musgo. Cada pavilhão é uma maravilha arquitetônica que se estende de 5 a 6 metros de largura, com um telhado de palha e pilares de sustentação.
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Azul é uma cor muito importante para os pássaros apaixonados no processo de construção; eles usam vários objetos azuis –canudos, flores, tampas de garrafas e cordões; tudo isso para atrair suas parceiras em potencial. Uma pesquisa mostrou que as fêmeas são atraídas para os caramanchões com o maior número de decorações azuis.Satin-Bower-Bird-Nest[1]
Como os objetos azuis são raros no ambiente de um “pássaro pavilhão”, um macho que é capaz de adquiri-los e protegê-los é considerado superior. Mas a concorrência é dura, e quem não tecer o ninho mais extravagante não garante uma companheira. Assim, os machos também prepararam uma dança elaborada como parte do ritual de acasalamento.
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A exposição física frenética é apelidada de “buzz-wing-flips” ou “zumbido de asas”; ele começa afofando as penas, zumbidos e vocalizações, misturado com um monte de corridas para trás e para frente. Esta dança maníaca é realizada até quatro vezes para visualização e análise das fêmeas.

Com o uso de câmeras de vídeo, pesquisadores determinaram um processo de corte de três estágios. Na primeira fase, as fêmeas visitam os “bowers” quando o macho estiver ausente. Nesta fase, os machos com caramanchões assimétricos ou mal construídos, ou com um arranjo aleatório de itens azuis são geralmente desqualificados.
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Boas habilidades de decoração se correlacionam com alta energia. Na segunda fase, as fêmeas retornam para os caramanchões que acharam mais impressionantes. Desta vez, os machos estão presentes e começam a executar o “buzz-wing-flips”. É importante para a fêmea que os machos dancem bem, porque acredita-se que a exibição física é o melhor indicador da qualidade do macho. Enquanto os ornamentos azuis sempre podem ser roubados, o “buzz-wing-flips” não pode ser falsificado. De acordo com Seth Coleman, doutorando em ecologia comportamental da Universidade de Maryland, “Só os machos em condição física superior são capazes de produzir performances vigorosas –Algo que machos doentes ou fracos não podem fazer“.

Uma vez que as fêmeas fizeram uma segunda rodada de observações, elas vão embora por uma semana para construir seus próprios ninhos. Elas voltam para a terceira fase – uma revisão de vários desempenhos de apenas os candidatos mais promissores. Quando ela escolheu seu companheiro, a fêmea indica a sua satisfação com o sexo masculino com um arrulho suave. O acasalamento acontece dentro de alguns segundos. No entanto, outra geração de arquitetos vai nascer em breve.
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Assim como nós seres humanos, o gosto dos “bowerbirds” fêmeas nos machos parece melhorar com a idade. Os pesquisadores observaram que as fêmeas mais jovens, que não têm experiência de acasalamento anteriores, ou apenas um único acasalamento, são surpreendidas pela rotina de “zumbido de asas”. “O retiro é tão apressado –muitas vezes pulando para cima e para fora do pavilhão, que não podem, eventualmente, ter algum tempo para avaliar o macho“, disse Coleman.

Fêmeas mais jovens parecem escolher os machos, utilizando diferentes indicadores –como os ornamentos azuis. O primeiro estágio é o fim da história para eles, pois elas realmente não podem esperar as fases subsequentes. Mas as fêmeas com três anos ou mais de experiência são diferentes, se preocupam com os ornamentos físicos também.
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É incrível, a quantidade de dedicação que um “bowerbirds” tem para a construção de seus ninhos. Suas exposições extravagantes são, em parte, resultado de fêmeas sendo mães solteiras que não precisam de homens para criar seus filhotes.

Os Bowerbirds também são bastante simples na aparência, que as telas coloridas parecem compensar. Assim, os machos dedicam suas vidas para a coleta e dispor dos tesouros para suas companheiras em potencial.

Vídeo mostrando o pássaro em ação:



Casal de pássaro cetim

Nome comum: Pássaro cetim.
Nome em Inglês: Satin Bowebird.
Nome Científico: Ptilonorhynchus violaceus.
Reino: animal.
Filo: chordata.
Classe: Ave.
Ordem: Passeriformes.
Gênero: Ptilonorhynchus.
Comprimento: 30 cm.
Ninhada: 2 ovos por ano.
Características físicas: O macho é negro azulado com bico azul. A fêmea é esverdeada, com as asas e a cauda marrons.
Pássaro cetim fêmea
Parte do texto foi retirado do Jornal Ciência, Wikipédia e site Saúde Animal.

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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Repassando e-mail: Água - A boa utilização desse recurso




Por Marcelo Szpilman*

Depois do oxigênio, a disponibilidade de água doce (e potável) é a condição mais essencial à manutenção da vida terrestre em nosso Planeta. Sua escassez, que já é uma realidade para 20% da população mundial, vem sendo acentuada nos últimos 40 anos pela poluição dos rios, desmatamento das florestas, degradação do solo, má gestão dos recursos hídricos e pelo grande desperdício, na agricultura, na indústria e no nosso dia a dia.

Nos últimos 100 anos, o consumo de água aumentou oito vezes, enquanto a população mundial cresceu quatro vezes. Ou seja, o consumo médio individual dobrou. Porém, nesse mesmo período, poluímos 50% da água doce disponível para o nosso uso. Significa dizer que hoje estamos gastando o dobro de uma fonte que está com sua capacidade reduzida à metade. Não é por outra razão que em 2020, 60% da população mundial sofrerão carência de água de boa qualidade para consumo. E presenciaremos a intensificação das guerras e disputas territoriais pela água.

Pode parecer incrível, mas mesmo sabendo da clássica distribuição das águas no Planeta e o quanto a disponibilidade de água doce é restrita __ 97% são salgadas, 2% formam as geleiras e apenas 1% é doce, e dessa água doce somente um terço está disponível __, nós continuamos desperdiçando esse precioso líquido, especialmente no Brasil que detém 10% de toda a água doce do mundo. E, se recebemos tal dádiva da Natureza, esse privilégio torna-se acachapante quando confrontado pela triste estatística da ONU que revela que 80% das internações hospitalares no mundo atual são motivadas pela simples falta de acesso à água potável.

É bem verdade também que o fato de termos água em abundância, e por isso barata, pode ter nos tornado grandes esbanjadores. Nós nos acostumamos a utilizar a água de forma livre e despreocupada, sem nos darmos conta de que seu uso responsável no nosso cotidiano pode proporcionar considerável redução no desperdício. E exemplos não faltam. Tomar banho fechando a torneira ao ensaboar o corpo e os cabelos pode representar uma economia de até 90 litros de água por banho. Da mesma forma que barbear-se fechando a torneira, quando a água não estiver sendo utilizada, pode produzir uma economia de até 10 litros. Sem falar na habitual e dispensável “vassoura hidráulicautilizada pelos faxineiros dos prédios para varrer e lavar as calçadas, onde o uso de uma vassoura normal economizaria até 250 litros de água por dia.

Infelizmente, nessa questão da boa utilização da água, não se trata só de ter ou não educação e boa vontade para adotar seu consumo consciente. Para boa parte da população, o uso responsável só virá com mecanismos de punição, como uma conta salgada no final do mês. Diferente da energia e do gás, cujos consumos individuais vêm quantificados na conta mensal da concessionária, permitindo que o cidadão sinta no bolso o uso exagerado e o desperdício, a água, na maioria dos prédios residenciais, é cobrada do condomínio numa única conta coletiva. Assim, o uso correto desse recurso só será possível quando todas as residências tiverem seu consumo de água medido por hidrômetros individuais e cobrado em contas separadas.

Um grande exemplo vem da Alemanha, onde o custo da água é bem alto e a cobrança individual. Lá, só se costuma puxar a descarga do vaso no banheiro após quatro ou cinco xixis. Substâncias para eliminar o cheiro desagradável da ureia são utilizadas, sem dúvida, e é claro que está se falando de uma atitude extrema, que espero não tenhamos que copiar, mas esse comportamento nos dá a exata dimensão do quão sensível pode ser o bolso do consumidor e o quanto esse mecanismo de punição financeira é eficiente na redução do consumo e do desperdício de água.

Reflita sobre esse assunto. Seja consciente e responsável no consumo de água, na sua residência ou no seu trabalho, para que não falte no futuro.

Agora você pode compartilhar esse artigo pelo twitter e Facebook. Acesse esse LINK.

Instituto Ecológico Aqualung
Rua do Russel, 300 / 401, Glória, Rio de Janeiro, RJ. 22210-010
Tels: (21) 2558-3428 ou 2558-3429 ou 2556-5030
Fax: (21) 2556-6006 ou 2556-6021
E-mail:  instaqua@uol.com.br
Site: http://www.institutoaqualung.com.br


Minhas considerações:

Desde há muito tempo levo a fama de chato por tentar argumentar com algumas pessoas do meu círculo de amizade, assim como o do trabalho, vizinhos e outros conhecidos, que a preservação da água é uma atitude que devemos tomar com urgência. Quando falo que a água usada na descarga do vaso sanitário lá de casa é proveniente da água aparada da chuva, muitos riem. Quando falo que a água usada na máquina de lavar também tem seu endereço certo para o vaso sanitário, ai é que caem mesmo ao chão de tanto rir..., mas não ligo, pois sou firme em minhas posições ecológicas... acho o desperdício algo de doer a alma. Onde morava, no município de Nilópolis, Baixada Fluminense, no Estado do Rio, via sempre alguns vizinhos “varrendo” suas calçadas por horas, usando essa “vassoura hidráulica”, citada pelo Marcelo Szpilman, e isso realmente é o cúmulo do desperdício. Há anos escuto que a água ficaria escassa na Terra, a princípio seria em um período de 100 anos, depois esse período baixou para 50 anos, agora se falam em algo em torno dos 25 anos. Existem países na África que já encontram em situação alarmante, o processo de desertificação nesses locais já é preocupante... e se alguém pensa que isso é uma característica só do continente africano, se engana..., aqui em nosso país alguns pontos já se encontram a pleno vapor, o Rio Grande do Sul é um bom exemplo disso..., existem coisas nesse país que realmente qualquer tentativa de explicação foge a lógica. Há anos os nossos biomas vem sendo massacrados por medidas inconsequentes, por falta de estudos de impactos florestais e hídricos... que então, se não forem por minhas palavras o despertar da consciência daqueles que riem das coisas que prego, em relação ao que o homem pode causar no delicado equilíbrio da natureza, que sejam então pelas palavras desse grande biólogo chamado Marcelo Szpilman, pois desse quem rir, é por que é digno de um estudo muito mais elaborado que o estudo em relação a educação que temos que ter com o nosso planeta.             

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