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quinta-feira, 22 de março de 2018
sexta-feira, 22 de março de 2013
Água, um bem não renovável
Foto extraída do blog: Viver a Vida |
O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização
das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992. E assim a cada dia
de 22 de março, de cada ano, é destinado a discussão sobre os diversos temas
relacionadas a este importante bem natural.
Mas porque a ONU se preocupou com a
água se sabemos que dois terços do planeta Terra é formado por este precioso
líquido? A razão é que pouca quantidade, cerca de 0,008 %, do total da água do
nosso planeta é potável (própria para o consumo). E como sabemos, grande parte das
fontes desta água (rios, lagos e represas) esta sendo contaminada, poluída e
degradada pela ação predatória do homem. Esta situação é preocupante,
pois poderá
faltar, num futuro próximo, água para o consumo de grande parte da população
mundial. Pensando nisso, foi instituído o Dia Mundial da Água, cujo
objetivo
principal é criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração
de medidas práticas para resolver tal problema.
No dia 22 de março de 1992, a ONU também
divulgou um importante documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água”
(leia abaixo). Este texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações
que servem para despertar a consciência ecológica da população e
dos governantes para a questão da água.
Mas como devemos comemorar esta importante data?
Não só neste dia, mas também nos outros 364 dias do ano, precisamos
tomar atitudes em nosso dia-a-dia que colaborem para a preservação e economia
deste bem natural. Sugestões não faltam: não jogar lixo nos rios
e lagos; economizar água nas atividades cotidianas (banho, escovação de dentes,
lavagem de louças etc.); reutilizar a água em diversas situações; respeitar as
regiões de mananciais e divulgar idéias ecológicas para amigos, parentes e
outras pessoas.
Declaração Universal dos Direitos da Água
Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente,
cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente
responsável aos olhos de todos.
Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.
Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.
Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção
constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza.
Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.
Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
Minha pequena consideração:
E mesmo que você pareça um chato, como eu...
repita isso varias vezes, para si mesmo e para quem quer que seja... cuidar da água é preservar nosso futuro.
É
possível dar ordem ao caos!
Pense
verde...
o planeta azul
agradece
Abraços,
sempre!!!...
Mu®illo diM@ttos
Marcadores:
22 de março,
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terça-feira, 19 de março de 2013
O Rio Yangtzé e a Hidrelétrica de Três Gargantas - O maior rio da Ásia e a maior Hidrelétrica do Mundo -
A maior usina
hidrelétrica do mundo fica na República Popular da China, é a
chamada Usina Hidrelétrica de Três Gargantas, ela foi
construída sobre o maior rio da China e também o mais longo de toda a Ásia, o
Yangtzé
(ou Yang-Tsé ou ainda Chang Jiang, também conhecido como Rio Azul ou mais ainda Iansequião). Segundo Zhang Cheng,
diretor-geral da China Yangtsé Power Co.:
"O pleno
rendimento dos geradores converte a represa das Três Gargantas no maior projeto
hidroelétrico do mundo e na maior base (de
produção) de energia limpa".
Esse rio que
abriga essa usina, só perde somente para o Rio Amazonas e o Rio
Nilo no Egito, e ele é praticamente a base de sustentação de toda a China,
porém o governo chinês não parecia, até bem pouco tempo, ter muita
consideração por isso, pois que o governo já encara o projeto da usina como o
maior erro ambiental da China, mas mesmo assim o rio ainda tem sido
castigado por uma série de descasos:
1- A indústria
como sempre é a vilã principal, pois despeja no rio seus resíduos tóxicos, sem
se importar com o envenenamento dele;
2- envenenamento
esse que vem acompanhado dos resíduos agrícolas, que são os pesticidas, os
fertilizantes e os produtos químicos, despejados pelos produtores dedes a
pequena lavoura até a agroindústria do país;
3- depois
são os esgotos domésticos, comerciais
e industriais (agenda marrom) que
descarregam diariamente no rio os dejetos das cidades
que ao longo do rio ocupam a sua margem;
4- a navegação
de pequeno, médio e grande porte, ainda muito praticada como hidrovia no país, e
que sem controle nenhum, também libera por todo o rio toda espécie de lixo;
5- e em
quinto, e nem por isso o último, pois com certeza a lista é bem mais longa, tem
a população, que por não ser diferente dos habitantes do resto do mundo, joga tudo
quanto é porcaria as suas margens, sem um mínimo de consciência socioambiental.
O
majestoso Yangtzé é rico em sedimentos, o chamado loess, uma mistura de iodo
e areia,
que deixa o solo fértil e com uma coloração amarela, esses sedimentos, além de todos os resíduos sólidos, úmidos, químicos e tóxicos agoram se acumulam na usina,
e fazem com que esses ingredientes fiquem alojados nas turbinas
criando uma enorme quantidade de gás
metano, gás 23 vezes mais poluente que o dioxido de carbono (CO2). Isso
acontece por uma tremenda falha do projeto de engenharia da represa.
Antes da usina, os sedimentos fertilizavam todo o
rio e suas margens, agora rio abaixo, a hidrelétrica impede isso,
e um dos grandes agravantes é a extinção de peixes que ali são endêmicos. O baijii, uma espécie de golfinho, o peixe-remo
(Psephurus
gladius), que chegar a ter 07m de comprimento e também o
porco nativo do Rio Yangtzé, compõem parte dessa tristelista negra. Nela também pode estar o esturjão, um peixe que
chega a atingir 5,5m e a pesar 450kg, é desse peixe que se extrai o caviar,
e mesmo não sendo endêmico da região, era encontrado a vontade no Rio Yangtzé,
mas desde a inauguração da barragem que ele já não é tão visto... mesmo que a extinção
desse nobre animal não esteja ligada somente ao problema do Yangtzé,
já que ele é oriundo de diversas partes do mundo, e pescado com uma fome comercial
sem medida, a questão é que aqui, o que fica visível, é a fragilidade
da situação, pois denota que o mal que a barragem causa e insustentável,
colocando não só esses animais em perigo de extinção,
mas sim toda a cultura de um povo. Nada, e nunca, algo pode ser visto assim: o bem
que também causa o mal... é preciso saber medir e pesar os extremos,
sempre! Os fins nunca justificarão os meios, não desse forma, então a
represa que é... que era!... vista como um grande avanço, é nada mais, nada
menos, que um problema que levou aos cofres chinês a quantia em torno de 22,5 a 2,8 bilhões de dólares, valor este que poderia ser
aplicado em melhorias para toda a região sem o custo de todo esse impacto
socioambiental.
A construção desta obra faraônica,
que forçou o deslocamento de 1,4 milhão de pessoas da região do vale do rio
Yangtze, foi alvo de críticas de muitos especialistas chineses e estrangeiros, pois
causou
imensos impactos. Impactos esses que resultaram:
1- na inundação
de uma reserva natural criada para proteger mais de 40 espécies de peixes de
rio;
2- desaparecimento
de lagos e pântanos que ali existiam;
3- e a submersão
de sítios arqueológicos, que jamais poderão ser recuperados, e eram de suma
importância, tanto para a própria história da China, quanto para a história no
âmbito geral.
Tudo isso mostra
que o
progresso
quando trilhado sob a alcunha da desesperada corrida pela “vida
confortável”, mas sem os estudos realmente
adequados para os impactos ruins que esse progresso de fato pode trazer, é
cruel a níveis extremos, a época de sua construção, em 03 de
dezembro de 1992, até a sua inauguração, em 04 de julho de 2012, o
governo chinês dizia que a obra possuía as funções da prevenção de
enchentes, a geração de energia e a facilitação do transporte fluvial, no
entanto, nada disso suprime o grande mal que hoje ela causa. Segundo se comenta na China, a construção de usinas
hidrelétricas gera também grandes lucros para empreiteiras,
governantes e políticos locais. Diversas empresas brasileiras de
consultoria participaram do projeto, tendo em vista a “vasta
experiência” do Brasil com
as grandes usinas de Itaipu e Tucuruí, dentre outras. Empresas
brasileiras também participam das obras civis. Tudo é comercio. Tudo é
lucro, nada é social...
“No oeste da
China, a busca unilateral pelos benefícios econômicos da energia hidrelétrica
tem acontecido ás custas de pessoas realocadas, do meio ambiente e da terra e
de sua herança cultural. O desenvolvimento hidrelétrico é
desordenado, descontrolado e atingiu um escala vertiginosa.”
Isso quem disse, foi Fan Xiao, geólogo da Província
de Sichuan, um
profissional renomado do outro lado do mundo, um crítico ao projeto de Três
Gargantas, mas que pode nos dar
imensa lição, basta querer ouvi-lo e aprender, que lá como aqui, as coisas não são,
e nem podemos pensar que sejam tão diferentes. A Hidrelétrica de Belo Monte, que está sendo
construída aqui no Rio Xingu,
em plena Floresta Amazônica, no
sul do Pará, nas
proximidades da cidade de Altamira com certeza nos
trará, ou pior, já nos traz problemas
de iguais valores. Vamos prestar atenção gente, e fácil dizer não, o
difícil é se fazer ouvir, mas se gritarmos todos juntos... quem sabe!
Links de sustentação:
Explicações técnicas que o Blog Gigantes do Mundo diz a
respeito da Barragem de Três Gargantas.
O que o Wikipédia comenta
sobre a barragem.
O que o Wikipédia comenta
sobre o esturjão.
O que diz O Mundo Em Colapso a respeito do perigo de
extinção do esturjão.
Os perigos causados pela Barragem
de Três Gargantas e o desequilíbrio estampado no Yang-Tsé, veja o que
aborda o
Blog Vamos Salvar Nosso
Planeta, de Helena Rezende.
Mais dissertações... é só clicar
aqui:
E aqui:
Blog Geografia-Ensinar e
Aprender, do Professor Jonathan K.
E aqui também:
Assista ao programa:
Os Rios e A Vida - Tv Escola - Todo sábado as 16h00min.
É
possível dar ordem ao caos!
Abraços,
sempre!!!...
Mu®illo diM@ttos
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