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terça-feira, 14 de janeiro de 2020

CEDAE e a qualidade da água no Rio.

Após reclamações, RJ começa tratamento da água com carvão ativado

Por Jovem Pan 
13/01/2020 - 08h42min.
Divulgação/Governo Federal
Rio de Janeiro enfrenta problemas na qualidade da água
A Companhia de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE) começa nesta semana a aplicar carvão ativado pulverizado no tratamento da água. A medida foi tomada após moradores de ao menos onze bairros reclamarem de cheiro, coloração e gosto estranhos ao beberem água.

Após testes realizados na última terça-feira, a CEDAE afirmou que detectou a presença de geosmina na água, fenômeno que acontece quando há grande aumento de algas nos mananciais. No entanto, essa “substância não oferece riscos à saúde, explicou a CEDAE, apesar de alterar o gosto e o cheiro da água.

A CEDAE destacou que a água fornecida está dentro dos parâmetros exigidos pelo Ministério da Saúde e foi liberada para consumo pela Vigilância Sanitária.

A companhia relembra que casos semelhantes já aconteceram em São Paulo, na Paraíba, no Rio Grande do Sul e até no Rio de Janeiro há dezoito anos. Mesmo assim, reitera que o novo tratamento será aplicado para reter a geosmina, caso o fenômeno volte a acontecer.

Presidente da Sociedade de Infectologia do Rio, Tânia Vergara explica como o carvão vai ajudar no processo de limpeza.

“Esse produto e a água entram então na tubulação, para trazer de volta as qualidades de insípida inodora e incolor, como todos esperamos, pronta para o consumo.”

Apesar da distribuidora frisar que a presença da enzima não prejudica a saúde, moradores do Rio relataram mal-estar, náuseas, vômitos e diarreia após beber a água. Dados da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro mostram que o número de casos de pessoas com esses sintomas dobrou neste ano. Entre 20 de dezembro de 2019 e 5 de janeiro de 2020, foram 1.371 ocorrências. Em 2018, apenas 660 casos foram registrados. 

A situação tem causado receio na população, que tem saído para comprar água mineral nos supermercados. Alguns moradores já relatam dificuldades para encontrar água engarrafada nos estabelecimentos.

No Twitter, uma delas disse ter ido até três supermercados e não encontrado água mineral. Outra mulher disse que a empresa onde trabalha está disponibilizando água industrializada para os funcionários.

O Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio (UFRJ) recomenda que a água mineral só seja comprada quando a água da torneira estiver transparente, mas com forte odor de terra; com qualquer turbidez; coloração alterada ou cheiro atípico, como de enxofre e produtos químicos. Caso a água apresente leve cheiro de terra ou cloro, pode ser utilizada normalmente.

* Com informações da repórter Beatriz Manfrandini.

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quinta-feira, 5 de julho de 2018

ONU alerta para poluição das águas por abuso de agrotóxicos no campo

Por Vanessa Barbosa, em 01 de julho de 2018.

Poluição causada por práticas agrícolas insustentáveis é um problema crescente mas frequentemente subestimado por formuladores de políticas e agricultores

agrotóxicos; defensivos agrícolas; pesticidas

Poluição hídrica causada por práticas abusivas no campo preocupa a ONU. (Brian Brown/Thinkstock)

São Paulo – Ao alimentar o mundo e produzir uma imensa variedade de culturas, a agricultura responde por nada menos do que 70% do consumo mundial de água. Mas, ao mesmo tempo que depende desse recurso vital, a atividade também contribui para sua degradação.

A poluição hídrica causada por práticas agrícolas insustentáveis, marcadas pelo abuso de​ agrotóxicos, fertilizantes e outros produtos agroquímicos que escoam para rios, lagos e reservas subterrâneas, é um problema crescente em todo o mundo e frequentemente subestimado por formuladores de políticas e agricultores.

O alerta vem de um relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e do Instituto Internacional de Gestão da Água divulgado na mesma semana em que uma comissão especial da Câmara aprovou o projeto que flexibiliza a Lei dos Agrotóxicos no Brasil, chamado por opositores de “PL do veneno”.

A publicação da FAO, intitulada “Mais pessoas, mais alimentos, água pior?” faz uma revisão da poluição hídrica causada por atividades agrícolas no mundo e exorta os governos a terem mais cautela no campo.

A agricultura moderna é responsável pela descarga de grandes quantidades de agrotóxicos, matéria orgânica e sedimentos em corpos hídricos. Essa poluição afeta bilhões de pessoas e gera custos anuais da ordem de bilhões de dólares, diz o estudo.

A agricultura é o maior produtor de águas residuais, por volume, e o gado gera muito mais excrementos que os humanos. À medida que se intensificou o uso da terra, os países aumentaram enormemente o uso de pesticidas sintéticos, fertilizantes e outros insumos”, disseram Eduardo Mansur, diretor da Divisão de Terras e Águas da FAO, e Claudia Sadoff, diretora-geral do Instituto, na introdução do relatório.

Apesar desses insumos terem ajudado a impulsionar a produção de alimentos, também deram lugar a ameaças ambientais, assim como a possíveis problemas de saúde humana.”

Os produtos de uso agrícola de maior preocupação são os pesticidas, nitratos em águas subterrâneas, vestígios de metais pesados e os chamados poluentes emergentes, que incluem antibióticos e genes resistentes a esses fármacos excretados pelo gado.

Segundo o estudo, desde 1960, o uso de fertilizantes sintéticos cresceu dez vezes, com as vendas globais de pesticidas aumentando de US$ 1 bilhão para US$ 35 bilhões por ano desde 1970.

Enquanto isso, a intensificação da produção pecuária, que triplicou a partir de então, trouxe a reboque antibióticos, vacinas e hormônios para crescimento que viajam das fazendas através da água.

Outro setor em expansão que demanda atenção, segundo o relatório, é a aquicultura — que se expandiu vinte vezes desde 1980 — e vem liberando quantidades cada vez maiores de excrementos de peixe, resíduos de ração, antibióticos e fungicidas na água.

Fonte: Exame.

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Biólogos acusam Coca-Cola de secar nascentes em Minas Gerais...

Por Deutsche Welle — publicado 05/06/2018, no site Carta Capital

Associação ambiental afirma que, em três anos, fábrica na Grande Belo Horizonte afetou vazão de nascentes e lençóis freáticos


"Secou tudo, olha só. Que tristeza", lamenta Sebastião Gomes de Laia enquanto caminha pelo lamaçal coberto de capim às margens da rodovia BR-040, em Minas Gerais. "Tudo o que você está vendo aqui era água, onde o pessoal pescava traíra", recorda o pintor de 65 anos, um dos primeiros a ocupar os terrenos do bairro Água Limpa, perto de Itabirito, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Laia chegou ali, na encosta da Serra da Moeda, em 2008. Sete anos depois, em 2015, foi inaugurado o projeto de um novo empreendimento em Itabirito: a Fábrica da Coca-Cola FEMSA, aclamada pelo então governador, Antônio Anastasia (PSDB), como unidade geradora de renda e empregos para a região.

No entanto, com a inauguração da fábrica, a água da região parece ter começado a sumir. Os moradores, que antes a carregavam em vasilhames dos mananciais, começaram a improvisar bombas d'água – já que, ainda à espera de regularização, o bairro não conta com sistema de esgoto, abastecimento de água nem fornecimento de energia formalizados.

A Associação Mineira de Defesa do Ambiente (AMDA) afirma que os poços artesanais implantados pela concessionária de abastecimento de Itabirito para a unidade da Coca-Cola (apelidada de "Fábrica da Felicidade") estão secando nascentes dos rios Paraopeba e das Velhas – responsáveis por quase toda a água de Belo Horizonte. Os poços também estariam colocando em xeque o rico ecossistema do monumento natural da Serra da Moeda.

"Há uma redução significativa na vazão das nascentes em toda a região", explica Francisco Mourão, biólogo da AMDA. Ele diz que, desde que a fábrica começou as atividades, várias comunidades, principalmente do lado de Brumadinho e de Moeda, tiveram seus lençóis freáticos rebaixados. Há locais que inclusive são abastecidos por caminhões-pipa, e "alguns [dos caminhões] são enviados pela própria Coca-Cola", diz Mourão.


"Estudos inconclusivos"

De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), a outorga para o uso da água na região foi concedida antes da instalação da Coca-Cola FEMSA. O empreendimento foi liberado desde que fosse feita uma pesquisa pela empresa, de duração de dois anos, com acompanhamento do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), da Semad e da Universidade de São Paulo (USP). As análises deverão ser entregues em agosto.

Segundo a secretaria, se esses estudos constatarem que o sistema de água está rebaixando os lençóis freáticos, é a concessionária quem terá que providenciar outra forma de abastecimento.

O MPMG, que instaurou um inquérito civil para apurar os danos ambientais, considera os estudos realizados até agora "inconclusivos" e incapazes de responder à questão fundamental, ou seja, se o bombeamento está realmente acabando com a água da região.

A Coca-Cola FEMSA, que chama a unidade em Itabirito de "a maior fábrica verde do sistema Coca-Cola do mundo", afirma que possui todas as licenças para funcionamento.

Em dias de maior consumo, o total utilizado pela fábrica é de 125 m³/h, pouco mais da metade dos 274 m³/h de bombeamento demandados pela região. Segundo a empresa, os caminhões-pipa são enviados pela concessionária de Brumadinho. A companhia diz que "há evidências técnicas" de que os poços artesanais não estão interferindo nas nascentes.

Ecossistema em risco

Além das nascentes e dos lençóis freáticos, Mourão também se preocupa com os danos causados pela fábrica e pelas ocupações urbanas ao redor dela no ecossistema conhecido como campos sobre substrato ferruginoso. Com uma riqueza em fauna e flora, o ecossistema é encontrado apenas na região do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais e na Serra dos Carajás, no Pará. Em Minas, está presente numa área restrita, de cerca de 30 mil hectares.

Por existirem em ambientes ricos em minério de ferro, os campos são presa fácil da mineração na região. Nos entornos da Coca-Cola, a AMDA apontou aterramento desses ecossistemas.

Somam-se a isso as ocupações urbanas nos arredores da fábrica. No último dia 21 de maio, a reportagem da DW Brasil acompanhou Mourão nos arredores da Coca-Cola e flagrou acúmulo de lixo, aterros, nascentes com detritos, loteamentos e criação de porcos.

'Há uma redução significativa na vazão das nascentes em toda a região", afirma o biólogo Francisco Mourão

Mourão diz que, só entre 2009 e 2014, a quantidade de casas na região aumentou de 200 para 2 mil. De lá para cá, o biólogo acredita esse número deve ter duplicado.

"Essas áreas eram praticamente todas naturais", diz ele, que espera que a AMDA possa interferir no novo processo de licenciamento ambiental, que termina neste ano.

"No início, fizemos uma proposta de implantação de um cinturão verde, que seria vedado à expansão urbana. Mas a empresa [Coca-Cola] não concordou e jogou a responsabilidade para cima da prefeitura de Itabirito", declara Mourão. Segundo ele, a prefeitura de Itabirito, que não respondeu à DW Brasil, também se esquivou.

Empregos na região

Laia afirma que a comunidade vizinha até hoje não colheu os frutos da fábrica da Coca-Cola. "Só tem quatro pessoas do Água Limpa trabalhando lá", diz o ex-presidente da associação de moradores, que afirma que só o posto de saúde local conta com 4 mil inscritos.

"Eles não ajudam em nada. O máximo que fizeram foi dar apoio ao campeonato de futebol da região, mas só distribuindo refrigerante", critica.

Sem confirmar os números de Laia, Milton da Cruz, atual presidente da Associação dos Moradores do Água Limpa (AMALI), diz que o número de funcionários da fábrica na região "está melhorando". Ele também destaca que a fábrica abre sua as portas para visitas de crianças e adolescentes, que incluem palestras justamente sobre uso de água.
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terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Conheça a GIAIA


Para ajudar a identificar os resultados do rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarcoque inundou o Rio Doce com lama tóxica, matando pessoas e parte da biodiversidade da região, em 5/11/2015, no município de Mariana, em MG -, um grupo de pesquisadores resolveu trabalhar por conta própria: Grupo Independente para Avaliação do Impacto Ambiental Samarco/Rio Doce (GIAIA).

Para se comunicar com o público e, entre eles, criaram um blog – Do Caos à Lama -, além de página no Facebook (2.361 curtidas até a publicação deste texto) e um grupo fechado, na mesma rede social (2627 membros). Neste último, trocam observações entre os participantes e interessados e outros especialistas. E ainda divulgam e-mail para quem quiser fazer propostas de trabalho ou outras observações científicas

giaia.riodoce@gmail.com


Conforme dito no site:


"O que aconteceu com o Rio Doce? Estamos presenciando um dos maiores desastres socioecológicos brasileiros deste século . Pessoas desabrigadas, abastecimento de água comprometido, solo contaminado, animais dizimados e uma enorme perda de diversidade terrestre e aquática. Paira no ar um descaso coletivo e, por isso, não temos tempo para luto. Nós somos o Grupo Independente para Análise do Impacto Ambiental (GIAIA) – Samarco/Rio Doce, um grupo formado por cientistas e profissionais das mais diversas áreas do conhecimento dispostos a analisar, de forma independente e desvinculada de entidades privadas, públicas e do terceiro setor, esse crime ambiental. O que de fato aconteceu com as barragens da Samarco? Houve negligência? Qual o impacto ambiental e a extensão do dano? Quem se responsabilizará? Existirá possibilidade da recuperação das áreas afetadas? Qual será o destino da fauna e das pessoas que dependiam do Rio Doce? Se você apoia nossa causa, junte-se a nós e vamos buscar essas respostas pelo bem da coletividade!  Acesse nossa página no Facebook e mantenha-se informado sobre nossas atividades: www.facebook.com/giaia2015


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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Repassando e-mail: Água – Não era Abundante?



Gastamos hoje o dobro de uma fonte que está com sua capacidade reduzida à metade!

Por Marcelo Szpilman*

Todos nós aprendemos na escola que o Brasil tem água em abundância __ 10% de toda a água doce disponível do mundo. Como consequência, nos acostumamos a utilizar esse recurso barato de forma livre e despreocupada e nos tornamos grandes esbanjadores. No entanto, a verdade é que paramos no tempo e não percebemos que mudanças globais (ambientais, climáticas e geopolíticas) estavam ocorrendo ao nosso redor e que elas também nos afetariam.

A escassez de água potável, que já é uma realidade para 30% da população mundial, vem sendo acentuada nos últimos 40 anos pela poluição dos rios, desmatamento das florestas, degradação do solo, má gestão dos recursos hídricos e pelo grande desperdício na agricultura, na indústria e no nosso dia a dia.

Fora isso, nos últimos 100 anos, o consumo de água aumentou oito vezes, enquanto a população mundial cresceu quatro vezes. Ou seja, o consumo médio individual dobrou. Porém, nesse mesmo período, poluímos 50% da água doce disponível para o nosso uso. Significa dizer que hoje estamos gastando o dobro de uma fonte que está com sua capacidade reduzida à metade. Não é por outra razão que em 2020, 60% da população mundial sofrerão carência de água de boa qualidade para o consumo. Quer mais uma triste estatística? Segundo a ONU, no mundo atual, 80% das internações hospitalares são motivadas pela simples falta de acesso à água potável.

Não é de hoje que se discute se o aquecimento global é motivado pelo cíclico e natural aquecimento do planeta ou pelos séculos de emissões de gases poluentes na atmosfera. Mas enquanto não se chega a uma conclusão, se é que vai-se chegar, sofremos com as mudanças climáticas que esmurram nossas portas: a falta de água em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro já é uma dura realidade a ser enfrentada, hoje e pelos próximos anos.

Será que podemos fazer algo? Na gestão dos recursos hídricos, somente os governantes, mas no bom uso da água pode-se contribuir bastante. O consumo responsável no nosso cotidiano é capaz de proporcionar considerável redução no desperdício de água. E exemplos não faltam. Tomar banho fechando a torneira ao ensaboar o corpo e os cabelos, pode representar uma economia de até 90 litros de água por banho. Da mesma forma que barbear-se fechando a torneira, quando a água não estiver sendo utilizada, pode produzir uma economia de até 10 litros. Sem falar na habitual e dispensável “vassoura hidráulica” utilizada pelos faxineiros dos prédios para varrer e lavar as calçadas, onde o uso de uma vassoura normal economizaria até 250 litros de água por dia.

Ainda assim, infelizmente, nessa questão da boa utilização da água pela sociedade, ter ou não educação e boa vontade para adotar seu consumo consciente não são por si só relevantes. Para grande parte da população, o uso responsável só virá com mecanismos de controle e punição, como uma conta salgada no final do mês. Diferente da energia e do gás, cujos consumos individuais vêm quantificados na conta mensal da concessionária, permitindo que o cidadão sinta no bolso o uso exagerado e o desperdício, a água, na maioria dos prédios residenciais, é cobrada do condomínio numa única conta coletiva. Assim, o uso correto desse recurso só será possível quando todas as residências tiverem seu consumo de água medido por hidrômetros individuais e cobrado em contas separadas.

Um grande exemplo vem da Alemanha, onde o custo da água é bem alto e a cobrança individual. Lá, só se costuma puxar a descarga do vaso no banheiro após quatro ou cinco xixis. Substâncias para eliminar o cheiro desagradável da ureia são utilizadas, sem dúvida, e é claro que está se falando de uma atitude extrema, que espero não tenhamos que copiar, mas esse comportamento nos dá a exata dimensão do quão sensível pode ser o bolso do consumidor e o quanto esse mecanismo de punição financeira é eficiente na redução do consumo e do desperdício de água.

Reflita sobre esse assunto. Seja consciente e responsável no consumo de água, na sua residência ou no seu trabalho, para que não falte no futuro.

Agora você pode compartilhar esse artigo pelo Twitter e Facebook. Acesse esse link:

Instituto Ecológico Aqualung
Rua do Russel, 300 / 401, Glória, Rio de Janeiro, RJ. 22210-010
Tels: (21) 2558-3428 ou 2558-3429 ou 2556-5030
Fax: (21) 2556-6006 ou 2556-6021
E-mail:  instaqua@uol.com.br
Site: http://www.institutoaqualung.com.br

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*Marcelo Szpilman, biólogo marinho formado pela UFRJ, com pós-graduação executiva em meio ambiente (MBE) pela COPPE/UFRJ, é autor dos livros Guia Aqualung de Peixes (1991) e de sua versão ampliada em inglês Aqualung Guide to Fishes (1992), Seres Marinhos Perigosos (1998), Peixes Marinhos do Brasil (2000) e Tubarões no Brasil (2004). Por ser um dos maiores especialistas em peixes e tubarões e escritor de várias matérias e artigos sobre natureza, ecologia, evolução e fauna marinha publicados nos últimos anos em diversas revistas, jornais, blogs e sites, Marcelo Szpilman é muito requisitado para ministrar palestras, conceder entrevistas e dar consultoria técnica para diversos canais de TV. Atualmente, é diretor-presidente do Aquário Marinho do Rio de Janeiro, diretor-executivo do Instituto Ecológico Aqualung, diretor do Projeto Tubarões no Brasil, membro do Conselho da Cidade do Rio de Janeiro (área de Meio Ambiente e Sustentabilidade) e membro e diretor do Sub Comitê do Sistema Lagunar da Lagoa Rodrigo de Freitas.

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Minhas considerações:

Há anos se fala sobre a questão de que um dia a água iria faltar, mas o homem em sua sede de consumo não pareceu dar a importância devida a essa situação tão frágil, pois demonstrou isso ao continuar a poluir e contaminar rios e lagos e até mesmo os mares, mesmo que ao longo do percurso tivesse acesso a determinados mecanismos como o de reaproveitamento das águas, haja vista as estações de tratamentos de águas e efluentes espalhadas por todo o país, mas não o suficiente, pois o ato de poluir e contaminar é bem maior que o de preservar e conservar. Hoje é que muito se fala de agua de reuso, quando já se deveria estar sendo aplicado esse processo há muito tempo atrás. Porém é o desmatamento que é o grande vilão de toda essa história, já que a falta de água em nossas reservas tem como maior culpado essa prática tão criticada, porém não reduzida... apesar de diversos índices apontarem que sim, o que é uma grande mentira, o Bioma Cerrado que o diga. No Sistema Cantareira em São Paulo, quase que não há mata ciliar... o mesmo ocorre em parte no Rio Paraíba do Sul, mas esse problema está vindo de muito mais longe, lá da Mata Amazônica, da onde vem as nossas chuvas através do processo final dos Rios Voadores. Desmatando lá, seca tudo por aqui. E a nossa salvação existe e tem um nome: reeducação! Na verdade, essa é, e será sempre a salvação para muitos males no mundo, pois se reeducar é algo que é preciso com urgência, pois no dia que o homem entender que em termos de meio ambiente não existem casos isolados, pois o planeta é um só, as coisas ficarão melhores para o nosso lado.
       
"O mundo tornou-se perigoso, porque os homens aprenderam a dominar a natureza antes de se dominarem a si mesmos".

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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Dia 22 de Abril, Dia Internacional da Terra... Venha para essa corrente!!!





Dia 22 de abril, é uma data que desde 1970 se festeja como o Dia Internacional da Terra... e desde lá, uma série de informações sobre como cuidar do planeta é despejado em todos os seguimentos da mídia... o que você tem feito com esse conhecimento? Não tem interesse pelo assunto? Então eu digo, não se interessar por isso é o mesmo que você não se interessar pelo seu lar... é o mesmo que deixá-lo sujo. Então reveja conceitos e se prepare para ser mais um zelador, e assim sendo, eduque, prepare seus filhos para que estes preparem os filhos dos seus filhos, e assim por diante. Essa é a grande corrente. E então, como você está, em termos de realizações socioambientais? Não está? Amigo, todos os dias é preciso preparar o futuro para quem necessita de você? Não, aqui não digo somente de seus filhos, você pode não perceber, mas cada criatura nesse nosso planeta depende de você e você deles... esse é o ciclo natural, essa é a outra corrente... a biológica! E não tem como você ficar fora dela... tudo se entrelaça... mas o homem por desconhecimento ou por ignorância filosófica de vida, não está cumprindo bem esse papel. É preciso rever o mundo de uma maneira que você o ame, de fato! Se não está, todos os dias essa nossa morada universal está lhe convidando a isso... faça aos poucos, mude seus hábitos... diminua sua hora no banho, a água não é para sempre! Ande menos com seu automóvel! Não desperdice energia elétrica! Plante árvores e não as arranque... não me diga que já o fez pelo simples fato dela derramar no chão as suas folhas?! Não faça mais isso, é assim que ela realimenta o solo... é assim que ela nutre o mundo para você. Lembra daquele papel que você jogou no chão?! Pois é, comece com ele... se não tiver lixeira por perto, não tem problema, é fácil de resolver... coloque-o no bolso, e jogue-o mais tarde no devido lugar, na lixeira... ou melhor, ofereça-o a reciclagem... e faça isso com outros materiais também, tipo garrafas pet ou sacos plásticos (recuse-os até!) e mais materiais sólidos como vidros e metais. A natureza é assim, nos dá muitos exemplos diários, uns clássicos, outros simples, mas dá. Ela nos mostra que devemos tratar a tudo como o nosso corpo nos trata, reciclando, sempre. Afinal, o nosso organismo age assim, o nosso sangue é reciclado de venoso para arterial, constantemente... então faça disso uma lição. Recicle seu comportamento, suas ideias, seus critérios... e expanda essas atitudes aos seus familiares, amigos, colegas de trabalho, novos e velhos conhecidos. Como disse lá em cima, essa é a grande corrente, e você é um elo importantíssimo, pois você não está no mundo de carona, você é um passageiro valioso como todos os demais seres vivos o são, então aja como se orgulhoso disso fosse. Se inteire sobre os problemas ambientais que o cercam... mesmo que você esteja em uma área urbana eles existem. Então, diga um bom dia à vida, ao planeta, ao universo... e seja feliz, sustentavelmente, sempre!

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