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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Rio das Ostras segue com mutirões contra o Aedes


Publicado em 17 de fevereiro 2017, no Portal da Prefeitura de Rio das Ostras.



A Prefeitura de Rio das Ostras continua na luta contra o Aedes Aegypti. A partir da próxima segunda-feira, dia 20, a Secretaria de Saúde segue com o Plano Municipal de Combate ao Aedes, que deu início a uma série de mutirões no mês de janeiro. Na semana que vem, equipes da secretaria estarão percorrendo mais cinco localidades. Até a primeira quinzena de fevereiro mais de 10 mil imóveis foram vistoriados. 

Desta vez, os mutirões acontecem nos dias 20 e 21, no Jardim Mariléa; dia 22, em Chácara Mariléa e Porto Seguro; dia 23 no Centro; e Novo Rio das Ostras, no dia 24. As atividades começam a partir das 8h. O Plano Municipal de Combate ao Aedes Aegypti também conta com vistorias de rotina dos guardas sanitários e ações educativas e de orientação a moradores e veranistas. 





Segundo o diretor de departamento da Vigilância em Saúde, Marcelo Barelli, o trabalho consiste no combate em residências, terrenos baldios e pontos estratégicos como borracharias e ferros velhos, com participação de aproximadamente 32 agentes da Saúde, divididos em equipes. 

“O maior número de focos é encontrado dentro dos domicílios, em ralos, caixas d’água e vasos de plantas. Além das vistorias, também realizamos um trabalho de conscientização dos moradores e turistas quanto à eliminação de possíveis criadouros do mosquito. Essa parceria entre poder público e população é muito importante nesse combate”. 

Ressalta Barelli. 

COBERTURA - De acordo com dados do departamento, até o momento já foram registrados mais de 200 imóveis com focos. O objetivo é manter a cobertura de 100% do Município. 



Os mutirões continuam até março e incluem atividades de educação em saúde e mobilização da população. Na programação estão inseridas as localidades do Âncora, Village, Extensão do Bosque, Nova Esperança e Recanto. De Responsabilidade Fiscal, que obriga os municípios a apresentar ao Poder Legislativo e à população o desempenho orçamentário da Administração Pública quadrimestralmente.

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Vamos continuar lançando esgotos nos rios até pelo menos 2054

Esgoto despejado no ambiente na Comunidade São Nicolau, em São Paulo, em foto de 2011 (Foto: Instituto Trata Brasil)

Enquanto um estudo mostra que o saneamento básico não será universalizado no prazo estabelecido em lei , governo adia em mais dois anos a elaboração dos municipais

 

Talvez você não saiba, mas é possível que a sua casa, esteja ela em um bairro rico ou pobre, em uma cidade grande ou pequena, não tenha tratamento adequado do esgoto

Em todo o Brasil, só 39% das casas contam com todas as etapas de um saneamento básico adequado: abastecimento de água, rede de coleta e tratamento de esgoto. Mesmo cidades influentes e turísticas, como o Rio de Janeiro, não conseguem tratar o esgoto de toda a população. Só metade das casas dos cariocas tem o tratamento adequado, segundo o Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS).  

>> Outros países mostram que despoluir rios, lagos e baías não é impossível: 

Não é segredo nenhum que esgoto não tratado provoca doenças e polui rios e córregos. Logo, saneamento básico deveria ser prioridade. Só que não. No final de 2015, a presidente Dilma Rousseff publicou um decreto adiando em dois anos a entrega dos Planos Municipais de Saneamento (PMS). Ou seja, as cidades podem ficar até 2017 sem apresentar qualquer planejamento para enfrentar a questão e sem sofrer nenhuma punição ou cobrança por isso. Não por acaso, um estudo recente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) calculou que vamos demorar o dobro de tempo para conseguir levar saneamento para toda a nossa população. Segundo esse estudo, se continuarmos nesse ritmo, isso só acontecerá em 2054.

Por que é tão difícil universalizar o saneamento no Brasil?


Um problema histórico:


"É difícil universalizar o saneamento por uma falta de foco histórico. Não se investiu no passado, e hoje temos um grande deficit para tirar o atraso", diz Édison Carlos, do Instituto Trata Brasil, uma ONG criada para defender políticas em prol do saneamento.




Carlos explica que o "básico" não está no nome do saneamento à toa. É um tipo de infraestrutura que deveria ser a primeira coisa a ser construída numa cidade. São três etapas: 

A primeira é o abastecimento de água. Construir redes e tubulações para levar água potável para a população

A segunda é a coleta do esgoto. Novas redes, diferentes da de abastecimento, para recolher a água suja

Por fim, a terceira etapa é a de tratamento. Essas redes têm de terminar em uma estação de tratamento, que vai limpar a água antes de devolvê-la para os corpos d'águarios ou mar.


Como estamos em cada uma dessas etapas? Não muito bem, segundo o SNIS:

Abastecimento de água: 82,5% dos domicílios
Coleta de esgotos: 48,6% dos domicílios
Tratamento de esgotos: 39% dos domicílios


Os dados acima são de 2013, os mais recentes divulgados. Isso significa que mais do que a metade da população brasileira (61%) não tem esgoto tratado. É esse o deficit a que Carlos se refere. Segundo ele, em todos os ciclos de crescimento econômico e populacional vividos pelo Brasil, não houve como contrapartida uma preocupação em investir em saneamento.

"Nas épocas em que o Brasil cresceu, praticamente não houve investimento em redes de coleta de esgoto. Nós tivemos nas décadas de 1980, 1990, uma expansão imobiliária brutal, sem que as cidades fizessem o planejamento na área sanitária. A própria lei do saneamento só veio em 2007".

Pouco resultado mesmo com o aumento de recursos:


O ciclo mais recente de crescimento econômico, que se encerrou na crise fiscal do ano passado (2015), trouxe aumento de investimentos para a área de saneamento. A lei de 2007 permitiu a entrada de companhias privadas, e a partir de 2008 o setor começou a receber recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo a CNI, o investimento saiu de R$ 6 bilhões, em 2007, para R$ 10,5 bilhões em 2013 (os dados de 2014 e 2015 ainda não estão disponíveis). O aumento é substancial, porém ainda insuficiente. Segundo a estimativa da própria lei do saneamento, são necessários R$ 15 bilhões por ano, pelos próximos 20 anos, para universalizar o saneamento.


O grande drama da situação do saneamento é que esse aumento considerável no investimento não está dando resultado

"O preocupante é que, mesmo com o aumento de esforços na liberação de recursos, o acesso ao serviço não melhorou tanto", diz Ilana Ferreira, analista de políticas públicas da CNI e autora do estudo. "Antes do PAC, o índice de coleta de esgoto melhorava 1 ponto percentual por ano. Agora, está melhorando 1,2 ponto percentual. Não é o suficiente para atingir a meta." A meta, no caso, é universalizar a coleta de esgoto até 2033. Segundo o cálculo feito por Ilana, nesse ritmo, as metas só serão cumpridas em 2054.


A CNI levanta inúmeros motivos para tentar explicar esse lento avanço no saneamento do Brasil:


- Burocracia.
- Atraso na execução de projetos.
- Disputa entre Estados e municípios.
- Deficiências na gestão.
- Dificuldade de obter licenças necessárias.
- Baixa qualidade técnica de projetos.


Um dos motivos é o mais importante: falta de planejamento adequado. "Não basta ter o recurso. É preciso planejar. E aí entra a importância de todas as cidades formularem seus planos municipais de saneamento", diz Ilana. Por isso, é tão frustrante que a Presidência decida, após pressão dos municípios, adiar em mais dois anos a apresentação do plano. Esses planos deveriam ser o alicerce da universalização do saneamento no Brasil.


Não é a primeira vez que os planos foram adiados. O primeiro prazo era que todos deveriam ter sido entregues em 2013. Chegou 2013 e o governo editou um decreto mudando o prazo para 2015. Um dia antes de o ano passado terminar, a presidente Dilma assinou novo decreto adiando para 2017. A estimativa do Trata Brasil é que 34% dos municípios com mais de 100 mil habitantes não entregaram os planos ainda.


Enquanto isso, poluição e doenças:


Por mais complicada que seja a situação, ela precisa ser enfrentada. A falta de saneamento compromete todo o desenvolvimento de uma nação. Em cidades onde não há saneamento, a situação é crítica em termos de saúde pública. Compromete a educação, porque crianças com doenças como diarreia não aprendem bem na escola. Compromete a produtividade, já que trabalhadores se afastam das atividades por conta de doenças. Compromete o turismo, sujando praias que poderiam ser usadas para lazer. Isso sem falar no meio ambiente. O rio Tietê, um dos mais poluídos do país, ainda hoje recebe 690 toneladas de esgoto por dia.


A falta de saneamento também ajuda a proliferar uma série de doenças. A ausência de rede de abastecimento de água, por exemplo, leva a população a ter de armazenar água limpa, o que pode resultar em criadouros para o mosquito Aedes aegypti, que transmite Dengue, a Febre Chikungunya e Zika Vírus.


Uma solução é olhar o ano eleitoral:


O problema é grave e a solução caminha a passos muito lentos. Mas os cidadãos não precisam ficar parados. O saneamento é uma responsabilidade municipal. É o prefeito que deve assumir as obras e ações em saneamento. Isso cria uma oportunidade para os cidadãos, afinal 2016 é um ano de eleições para prefeito e vereadores. "Nós precisamos ter cidadãos informados e mobilizados para a questão do saneamento, para que ele possa cobrar de prefeitos", diz Carlos. Se eleitores mostrarem que cumprir prazos, planos e obras rendem votos, podemos sair da inércia e caminhar para acabar com um dos motivos de maior atraso do Brasil.


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terça-feira, 7 de outubro de 2014

Em Defesa dos Pardais...



Pardais... é preciso saber que esses bichinhos, que eu acho de uma simpatia extraordinária, são oriundos lá do distante (e sempre tão complicado) Oriente Médio, e que no decorrer dos anos esses inquietos e briguentos passarinhos se dispersaram e se tornaram comuns quase que no mundo inteiro, mas que só chegaram às Américas por força da quase sempre desenfreada e criminosa ação humana. 

Estes foram introduzidos no nosso (também sempre complicado) Brasil, no início do século XX, isso graças ao Sr. Engenheiro Francisco Pereira Passos (nascido em São João Marcos (atual Rio Claro), em 29 de agosto de 1836, e falecido em 12 de março de 1913), quando era prefeito do município do Rio de Janeiro entre 1902 a 1906. Seu objetivo era eliminar o mosquito-prego (Anopheles), que é o vetor responsável pela malária, no entanto o que desconhecia Pereira Passos é que os pardais só se alimentam de insetos quando estes estão no período de reprodução, pois são insentívoros ocasionais e não regulares, então, a ideia não foi lá muito bem elaborada.

Pereira Passos soltou na cidade 200 pardais. Com o decorrer do tempo os pardais ganharam a fama de inúteis e assim diversas pessoas começaram a dizer que eram mais uma praga urbana... um ledo engano a meu ver... esses passarinhos de hábitos diurnos quando a época da sua reprodução são excelentes predadores de insetos, e mesmo que estes não cumpram de uma forma geral o objetivo inicial para qual foram trazidos, ainda são necessários em nossas cidades, pois que são "limpadores" de nossos resíduos orgânicos na qual descartamos em ruas, terrenos baldios e outros lugares não condizentes... sem falar que é muito legal vê-los andando desajeitadamente, tomando banhos de areia e praticando voos rasantes... 

Então, devido aos seus hábitos alimentares fica difícil dizer que eles não fazem nada, isso é uma inverdade comportamental e biológica, e culpá-los por sujeira é outra bobagem tamanha, pois o homem polui e contamina muito mais, tanto que por suas insanas ações ao ecossistema urbano o homem está afastando os pardais para as áreas rurais, e o que acontece, os pássaros, por também serem herbívoros, estão prejudicando algumas lavouras... pardais são como qualquer outro ser vivo, procuram a facilidade para alcançar seus alimentos, não há ser vivo que não haja assim, e como o homem dificulta a vida de diversos seres no planeta, pois não procura enxergar o quanto seu comportamento altera o comportamento de outros animais, já que quase nunca antevê as consequências de suas ações, é mais uma vez o maior responsável por mais uma espécie estar "deslocada" e assim sendo, vista como verdadeira praga. Um fator agravante a isso é que é preciso se tomar muito cuidado com o que dizemos, pois o homem prova a todo instante que causa um grande mal, não somente por suas atitudes, e sim também pelo que diz quando não tem o conhecimento prévio do que está proposto a dizer, e nesse caso, na ânsia de se atingir mais um partido político, que como todos os outros, também polui e contamina as boas ideias e que usa a miséria de um povo como plataforma para alcançar seus objetivos, alguém de algum site criou esse “post”, que não condiz com a verdade, e sim somente ajuda a fortalecer um preconceito, e como todos os preconceitos são hediondos ao meu modo de ver, aqui me manifesto, pois como sempre digo: todos os seres são altamente necessários, menos aqueles que por terem a condição plena do raciocínio, não o usam com a devida essência da humildade. 

Cuidado com o que você ouve e lê, e maior cuidado com o que você fala ou escreve, pois divulgar o que você não tem conhecimento, o que você não sabe de fato, é ser professor da ignorância

Caso alguém não concorde, o caminho é livre e simples: vamos a discussão sadia e sempre amigável, mas tendo nas mãos as literaturas confiáveis sobre o assunto que for e um sorriso de paz enraizado à alma, sempre!!!...   

Links de sustentação:




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sábado, 16 de fevereiro de 2013

O Preconceito e a Mídia...

Foto extraída da página do Facebook, Pata Branca


Como todos sabem, ou deveriam saber, preconceito não cabe em lugar nenhum... mas as mudanças de conceitos, quando para melhor, sim... essas sempre serão bem vindas. Temos comprovações históricas de que ao longo dos anos muitos fizeram isso, e as mudanças vieram a contribuir, tanto em suas vidas, quanto também na existência do homem.

 

Charles Darwin, Charles Chaplin, Willian Shakespeare, Bob Dylan, Sidarta Gautama, Mahatma Gandhi, Martin Luther King, Malcon X… entre outros, só para dar bons exemplos, foram alguns dos que tiveram mudanças radicais em suas vidas, e fizeram valer, que mudança de opinião nem sempre é contradição

 

No Ano passado (2012) o Governo de Belfast, uma cidade da Irlanda do Norte, país integrante da Grã-Bretanha, demonstrou em um grande caso, de repercussão internacional, o quanto à intolerância, do tanto que o preconceito pode ter vigência em uma nação e ainda ter amparo legal para isso, foi o caso do pobre cão Lennox... sacrificado por ter características da raça American Pit-bull terrier, sem no entanto, pertencê-la, pois que era nascido de um cruzamento de Bulldog americano com Labrador retriever

 

Á época houve uma comoção mundial a ponto de se criarem variam petições, sites e blogs, infelizmente nenhum desses recursos surtiu efeito para o que o governo da Irlanda do Norte se comovesse. Na época a família tutora do cão, disse que o cão não precisaria ser morto, pois poderia ser adotado pela conhecida instrutora norte-americana de cães, Victoria Stilwell.... mas não houve jeito, mesmo depois da coleta de assinaturas on-line, de mais de 200 mil pessoas ao redor do mundo e de vários recursos exauridos, no curto período de dois anos, Lennox foi sacrificado, assassinado, morto, pela prefeitura de Belfast, seguindo a determinação de que todos países que pertençam ao Reino Unido são proibidos de criarem essa raça tão maravilhosa, que é altamente ativa, mas que cuja violência, quando existente, é por pura falta despreparo daquele que o abriga, pois quando assim se torna, é exclusivamente devido a falta dos cuidados necessários para que estes assim não se tornem... concordo, no entanto, que para se ter um Pit-bull terrier  em casa, seus tutores tenham que ter o tempo necessário para cuidar destes encantadores cães atletas... sim é isso que eles são, atletas natos, a espera de bons técnicos, bons tutores, bons amigos, e para isso é preciso ter tempo para treiná-los, para correr com eles, brincar, exercitá-los, cansá-los mesmo, e sobretudo para sociabilizá-los, pois a sociabilidade nesse caso, é fundamental. Quando ouvimos falar de ataques de Pit-bull é certo de que esses foram criados em confinamento, em verdadeiros cubículos, longe da presença humana e de outros animais. Aí, é claro, quando assim são criados, ao fugirem e dão de cara com alguém, o instinto primitivo da auto preservação fala mais alto, e o ataque pode ser eminente... mas isso não é uma via de regra, pois sempre há exceções... 

 

Agora pensem em uma situação assim: sem a convivência com outros seres, qualquer animal se sentira em perigo ao ver o que é diferente... e como a melhor defesa as vezes pode ser o ataque... fica caracterizado o quê vemos na mídia, um verdadeiro massacre a raça

 

Quando eu digo que é necessário que se tenha toda essa atenção em relação a criação de cães como Pit-bulls, é preciso que a faça com prazer, com carinho, com devoção, como a fizesse a um filho, afinal, cachorro não é bobo, eles reconhecem, tem a capacidade disso, de sentir quem os ama de fato. A mídia daqui, e a internacional, não tem o conhecimento, ou o cuidado, de quando anuncia que um pit-bull atacou alguém, pois já o coloca como um vilão... como a mordida de um poodle não dá tanto ibope quanto a mordida de um pit-bull, casos assim ficam renegados a segundo plano e não veem a tona... mas eles ocorrem também, já vi e já soube de vários ataques de cães vistos como pacíficos e de raças menores, aos seus donos e vizinhos, e no entanto não se vê essa conspurcação toda a respeito deles... por que a questão é unicamente essa, ibope, e é isso que movimenta a mídia, que dá lucro, em qualquer esfera. 

 

Tenho um amigo que é tutor de um pit-bull, e quando se entra em sua, seu pit-bull corre e abana o rabo como se dissesse: seja bem vindo, amigo... é um dos cães mais dóceis que já vi... e de uma simpatia contagiante, muito brincalhão mesmo, e esse com certeza não é o único. Já em contrapartida tenho uma amiga que tem um pinscher onde ninguém entra em sua casa sem que ela o segure, pois o bichinho é um verdadeiro mordedor.  

 

Quero aqui fazer um paralelo somente, de que a questão não é a raça, e sim a criação dada ao animal... portanto, é preciso que se adote, que se contribua, que se construa a ideia de que os Pit-bulls são vitimas do preconceito que rola por ai... sei que possivelmente alguns ao lerem isso, e que conhecem ou até mesmo já estiveram sob o ataque de algum cão, não compreendam dessa mesma maneira, pois sequelas psicológicas são mais profundas que as físicas... mas entenderei vocês, mas tentem me entender um pouco também, e pensem... na África, mesmo que não haja uma estatística oficial, se diz que o animal que mais causa mortandade ao homem, não é o leão, e sim o hipopótamo... e ele está no seu elemento natural quando o faz... protegendo o seu habitat, exercendo assim o quê o seu  instinto básico o orienta a fazer... por que simplesmente não está sociabilizado, há no entanto um casal, a família Joubert, residentes na África do Sul que criam um hipopótamo fêmea, de nome Jessica, em casa, como se esse fosse um cachorro, eles dão até comida na boca do animal, que é dócil e de nada lembra seus irmãos de raça... isso é sociabilidade, isso é criação, mesmo que não adequada (rsrs), mas é. 

 

E para sustentar cientificamente a coisa, GuilhermeDomenichelli, biólogo renomado do Zoológico do Município de São Paulo, diz que ataques ao homem na África, ou em qualquer parte do mundo, são fatalidades, pois o homem não tem um predador natural, o homem portanto não é a presa prioritária de animal algum no planeta... e casos de ataques de Pit-bulls não fogem a essa regra... eles não são predadores nossos, nem nunca serão... devemos acabar com a ideia de controle de raça ou a exterminação dela... não temos esse direito, pois não estamos sendo caçados a ponto de que a nossa existência corra perigo de extinção, se tivermos que agir assim contra algum animal, que seja então, contra mosquitos vetores da dengue e da leishmaniose, estes sim podem acabar conosco.

 

Pesquisas revelam que mosquitos do gênero Anopheles matam mais de um milhão de pessoas por ano ao transmitirem doenças como a malária, mas parece que muitos ignoram isso, pois não vejo estampado em ninguém o mesmo ódio a mosquitos e outros vetores, como o besouro que transmite a Doença de Chagas, com a mesma veemência que sentem em relação à raça nobre dos Pit-bulls. Tanto que a todo ano o governo gasta milhões com campanhas publicitárias de educação para a prevenção da dengue, e o sucesso é pouco, se comparado as varias epidemias causadas por essa doença... e isso muito se deve pelo desleixo da própria população, e uma boa parte dela é quem discrimina cães vistos como perigosos, mesmo quando não se tem base para fazê-los, e quando o fazem é simplesmente pelo “ouvi falar” da desenfreada mídia, que nesse ponto funciona, ao contrário de quando é campanha educativa

 

Então, devo entender que alguns concluam que determinadas raças de cães são mais perigosas que determinados vetores mortíferos

 

Não vejo o mesmo ímpeto quando ouço alguém falando do medo pelo mosquito-prego, agora quando se fala de um Pit-bull, Rottweiler, ou qualquer outro cão de porte grande e visto como “incontrolável”... o terror fica estampado... estranho isso! 

 

No caso dos tubarões a fobia é, e muito, por conta do filme do diretor de cinema, Steven Spielberg, no caso dos pit-bulls, como não há nenhum filme, que pelo menos eu conheça, a culpa pela fobia fica por conta da mídia, muitas das vezes despreocupadamente irresponsável.      


Lennox, o cão sacrificado na Irlanda do Norte.
À época do sacrifício de Lennox, que foi em uma quarta-feira de 11 de julho de 2012, uma pessoa comentou no Facebook:

"Lennox era um cachorro inocente que não foi morto por causa de sua raça, mas por seu visual".

E essa foi a prova viva de que Lennox foi morto por puro preconceito explicito. Agora pensem nisso quando algum representante da realeza britânica der as caras por aqui e outros alguns conterrâneos desavisados, o saudar, como se esse fosse alguém que merecesse de fato a nossa admiração... e nesse caso não é preconceito!!!... e sim uma mudança de conceito que adquiri ao longo do tempo, sobre aqueles quem veem os demais como súditos, pois creio que estes não podem e não tem a tão preciosa humildade, tão necessária para as verdadeiras transformações que uma vida exige ao longo de suas necessidades... pois como bem cantava (e ainda encanta) o revolucionário Raul Seixas:

“Eu prefiro ser
essa metamorfose ambulante,
do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”

E caso alguém discorde, dê uma olhadinha quais são os sinônimos e a definição literal da palavra súdito... mas isso já é uma outra história, própria para uma boa aula de português, que eu como um bom anarquista (graças à Deus) gostaria de participar com quem quer que discorde desse meu ponto de vista... uma coisa é certa... não teria preconceito para com essa pessoa.

Encerrando:
O preconceito sempre vem acompanhado de uma pitada de crueldade, no caso da família tutora de Lennox, lhe foi negado o pedido de um único adeus ao pobre cão. E crueldades sempre deixam sequelas... tanto do lado do algoz, quanto do lado de quem foi agonizado. Como bem disse um dos grandes gênios da humanidade, Albert Einstein:
"Tempo difícil esse em que estamos, onde é mais fácil quebrar um átomo do que um preconceito."
Links de sustentação:

Um pouco sobre Lennox:

O que a ANDA (Agência de Notícias de Direitos Animais) diz a respeito:

Estes são nossos “predadores”?!

Saiba tudo sobre Jessica, o hipopótamo criado como animal de estimação por uma família na África do Sul:

Mais especificamente:

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