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Casimiro de Abreu, Rio de Janeiro, Brazil
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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Eu na Rio +20


Eu fui à Rio +20, na Cúpula dos Povos e outros eventos paralelos, eu vi pessoas com reais interesses em dar uma guinada no que se diz respeito ao nosso comportamento consumista exacerbado e que tanto mal causa ao planeta. Vi as varias propostas para que a economia verde vingue e a economia vigente aos poucos vença o mercantilismo desenfreado, por vezes criminoso, e que nos assola desde o início do século 20. Vi quase que tudo a respeito de sustentabilidade, desmatamento, queimadas, biodiversidade, energias renováveis, reciclagem, pegada hídrica e mais assuntos. Vi pessoas de todas as idades, raças e nações. O Rio de Janeiro se tornou praticamente a encruzilhada do mundo por esses dias. Bom essa coisa de poder romper fronteiras. Bom essa coisa de se olhar as diferenças étnicas e ver que essas diferenças são tão preconceituosas, tão idiotas, quanto é a insistência por parte de governos como o dos Estados Unidos em não abrir mão dos seus lucros para o bem estar do planeta inteiro..., e a idiotice, no sentido amplo da palavra, é que eles fazem parte desse mesmo planeta nosso, mas pelo jeito a prepotência é tão grande que eles devem ter esquecido disso!!! É, a indiferença por parte de determinados países foi tanta, que nem todos mandaram representes para a conferência, mas, no entanto, eu vi pessoas dessas mesmas nações indiferentes, pintadas, fantasiadas, gritando, ou mesmo em silêncio, se manifestando, cada um a sua maneira, contra tudo isso. E eu me vi assim, em meio a essa gente esperançosa e acreditando que tudo é possível, menos o de continuar com essa rotina tão destrutiva. E foi isso, eu vi o povo do mundo..., um percentual dele pelo menos, e fiquei feliz, pois muitos terão orgulho, inclusive eu, em dizer: EU ESTIVE AQUI!!! Os representantes oficiais dos países participantes, esses que eu não vi..., e nem quis vê-los! Ignorei-os, se é que isso era, e é possível, eu ignorá-los (rsrs), mas sei que eles sim, me ignoram muito mais, a mim e ao restante da população desse planeta azul que tem fome de verde. Sei que esses, indiferentes a causa ambiental e social, vieram a passeio, pois para isso, para as suas viagens de assuntos eternamente inacabados, seus coquetéis regados ao que tem do bom e do melhor (enquanto outros passam fome!), de suas diplomacias hipócritas e de companheirismo fiel aos banqueiros falidos, para isso tudo, há capital em jogo, suficiente, já para salvar o planeta de nós mesmos, da nossa depredação, que para uns é uma coisa tão natural, não há! Que um dia então, e que não demore muito, esses que estavam lá nas ruas, nos eventos paralelos, e visto por alguns como secundários, que são o povo em essência, defendendo a sua cultura, a sua nação, o nosso planeta, a nossa única e verdadeira casa, que estes estejam no poder, e logo, para quem sabe assim as decisões que tenham que ser tomadas, saiam de vez do papel para a prática, por que este relatório final que saiu, foi uma lástima, e não pensem por que um ou outro o elogiou ele é de fato um relatório ambiental e humanitário plausível, pois não é, e do pouco que há de bom nele, que se firmou, só Deus é quem sabe quando, e o quanto dele é que vai ser aplicado. Enquanto isso, vamos engolindo a poluição de uma Hong Kong que espalha seu ar tóxico pelo mundo, o derretimento das geleiras por causas não naturais (é claro!), o êxodo por causa das mudanças climáticas, a falta de água e comida no continente africano, a Bolívia destruindo seu maior parque natural por ceder a especulação imobiliária, o descaso com as áreas de mangues aqui e no mundo, os recifes de corais de Pernambuco agonizando, o nosso Cerrado, a Amazônia, a Mata Atlântica, o Pampa sendo desmatados, queimados e violados pela biopirataria e pelo comércio madeireiro ilegal e a construção de uma hidrelétrica como a de Belo Monte, que depreda mais do que ajuda, enquanto que se aprova um código florestal como o nosso que favorece mais a agroindústria do que ao meio ambiente em seu todo. É..., que Deus nos ajude a cuidar melhor da sua obra... 

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É possível dar ordem ao caos!
Abraços, sempre!!!...
Mu®illo diM@tto

segunda-feira, 23 de abril de 2012

22 de abril, dia da Terra


Ontem, 22 de abril, não foi somente o dia do descobrimento do Brasil, desse dia nem falo, por que o termo certo a ser usado seria invasão, e não descobrimento, para mim esse dia tem uma importância muito maior, pois que também é o dia da terra, e visitando vários sites, ouvindo algumas rádios e assistindo uns bem poucos canais de televisão li, ouvi e vi algumas manifestações sobre esse dia, inclusive participei de um debate no Google+ muito interessante. A todo o momento pessoas estão se engajando nessa luta que é preservar o nosso planeta. Eu até ri de um amigo, que estudou meio ambiente comigo, ele me disse, que depois que ele entrou numa de realmente dizer o que pensa do desperdício e da falta de atitude sustentável de alguns, passou a ser chamado de eco-chato. Rsrs. É..., seja bem vindo ao clube, meu amigo, e um detalhe: neste clube eu quero ser o presidente, e não me importo nenhum um pouco com esse rótulo, ao contrário, eu o recebo muito bem, é sinal de que realmente estou (estamos!) fazendo a minha (nossa) parte. No entanto, há o outro lado onde vejo que pessoas que poderiam fazer a diferença para essa causa nobre, não parecem se preocupar, pelo contrário, atuam de uma forma que piora o quadro que pesquisas apontam como extremamente preocupantes. Essas pessoas tem nome, e eu os digo aqui: Barack Obama, que na Cop-15 quando todos esperavam decisões mais firmes por parte dele, nada decidiu, Aldo Rebelo, criador do novo e infame código florestal, Evo Morales, presidente da Bolívia, que permite a exploração e extinção de suas reservas florestais, entre outros nomes. Pessoas que poderiam de certa maneira dar novos rumos através de exemplos a serem seguidos. Mas a questão ambiental, antes de tudo, é uma questão extremamente de educação, de princípios, mas como a perpetuação da cultura de que somos consumidores e podemos a tudo explorar sem medirmos assim as conseqüências de nossas atitudes, ainda é vigente, e como a humanidade tem a necessidade do lucro imediato, negociações comercias sem nenhuma consciência ecológica e sem escrúpulos nenhum acabam sendo mais primordiais do que a qualidade de vida que realmente merecemos e necessitamos ter. É preciso, contudo, que não somente governos, conglomerados empresariais e os grandes latifundiários, paguem multas por seus crimes ambientais, é hora da população também ser chamada a responsabilidade e assim pagar por isso, pois é público e notório que grande parte dela é culpada pelo que acontece a nível de tudo quanto é tipo de problema ambiental, e não digo só no sentido do desmatamento, não! É preciso ir mais além nessa questão, cada guimba de cigarro jogada ao chão, cada papel de bala, cada sacola plástica, contribui com várias outras situações. Cada vez que uma rua alaga, quase que 100% dos seus moradores são culpados, pois não cuidaram para que ela continuasse limpa. Vejo quase que diariamente prefeituras fazendo a sua parte no sentido da limpeza urbana. Vejo que enquanto os coletores (garis, e não lixeiros!) limpam as ruas, os transeuntes jogam coisas ao chão. Gandhi disse que se quisermos mudar o mundo temos que primeiro mudar a nós mesmos. Então, como disse: antes de tudo a questão ambiental tem que passar por um fator essencial, a educação, e assim depois de feita, multas naqueles que não aprenderem a lição.

O dia 22 de abril foi criado em 1970 pelo senador americano Gaylord Nelson, um ativista ambiental, com a participação de duas mil universidades, além de escolas primárias, secundárias e centenas de comunidades. Esta ação causou uma reação no governo dos Estados Unidos, a ponto dele criar a Agencia de Proteção Ambiental (Environmental Protection Agency) e uma série de leis destinadas à proteção do meio ambiente. A partir deste dia varias conferências ambientais aconteceram, como a primeira em 1972, em Estocolmo, mostrando assim a importância desta data.  

Parabéns a todos pelos debates realizados, pelas conversas mesmo que descontraídas a respeito. Parabéns aos blogs, sites, e-mails enviados, aos programas de TV, as manchetes de jornais, pelos comentários de algumas rádios. Parabéns aqueles que com sua vontade de ver uma vida mais saudável, abraçaram o planeta, e mesmo que uns nos chamem de eco-chatos, de politicamente corretos e coisas mais como se fossem ofensas, a estes eu só digo uma coisa, sem querer ser apocalíptico, mas já sendo:

É preciso que se revejam atitudes e deixem a teimosia de que uma mudança de atitude para uma vida mais segura pode esperar, o futuro dirá a todos nós quem tem razão, ou educação suficiente, isso é, caso estejamos lá, no futuro, pois o planeta não precisa de nós, este com certeza continuará seu trajeto, mas nós humanidade, se assim continuarmos, não. O chato é que com isso arrastaremos outras formas de vida também para o buraco...



Links de sustentação:



Ambientalistas festejam Dia da Terra com protesto contra alterações no Código Florestal e construção de Belo Monte:




No Dia da Terra, protesto contra alterações no Código Florestal:



Dia da Terra, o que você faz, conta!
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Abraços, sempre!!!...



Mu®illo diM@tto
Todos os direitos autorais reservados ao autor.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A vida dos Índios Bolivianos e A Morte de Wangari Maathai


Antes de escrever essa postagem tive que respirar profundamente repetidas vezes e aos poucos ir desacelerando a respiração para eu não entrar numa de tacar minha cabeça contra a parede..., é estou naquele momento entre a reflexão e o desespero, e quase que este último ganha. E por que isso? Simples, acho eu que não suporto mais (como antes suportava) assistir ao telejornal, seja ele de qual canal for, pois logo de cara me deparei com duas noticias que me pegaram de um jeito que me jogaram ao chão, e ainda estou tentando me levantar. As noticias são as seguintes:
1ª – A policia descendo o pau num grupo de índios bolivianos que protestavam contra a construção de uma estrada que cortará o Parque Nacional Isiboro Sécure (TIPNIS), parque esse que fica dentro das terras desses mesmos índios que clamam para que Evo Moralez, o presidente (também índio) boliviano tenha um pouco de consciência e deixe de lado essa coisa absurda, pois esse ato, e aqui não tenho como, sempre associo a construção da hidrelétrica de Belo Monte, pois o efeito será quase que o mesmo, a destruição, somente a destruição descabida e infame, tudo por questões financeiras. É o progresso em forma de machado derrubando o verde e matando a vida. E um outro agravante da noticia, e isso eu não sabia à época em que fiz a postagem sobre o assunto, quando em apoio a petição da Avaaz, é que o governo brasileiro também está incluído nesse projeto assassino, infelizmente, pois há uma empreiteira brasileira na direção da obra. Então, para mim fechou o ciclo, seja a Amazônia boliviana ou brasileira a Dilma, com toda a sua corja, está metida até o pescoço. A violência foi tão grande que a própria ministra da justiça do governo de Evo pediu exoneração. A policia não fez distinção entre mulheres e crianças na sua investida, e este ato está sendo considerado muito mais cruel que os atos praticados à época da ditadura do país. È o que eu digo: determinados políticos deixam de ser humanos quando eleitos ou quando eleitos revelam que nunca o foram de fato.
2ª – Morre Wangari Maathai, que ao lado do inesquecível Chico Mendes está dividindo o pódio como maior ativista ambiental, em minha parca opinião. Só que ao contrário de nosso Chico, que foi brutalmente assassinado, Maathai morre por que, entre tantas vitórias (e sofridas!), perdeu a luta contra o câncer. E é aqui que eu volto desesperadamente a afirmar, que odeio quando escrevo sobre quem eu gosto só depois que essa pessoa nos deixa. Eu tenho um vasto material sobre Maathai, mas infelizmente sempre adiei qualquer postagem sobre ela. Não tive tempo para dizer o quanto a admiro, e isso é horrível..., mesmo que ela nunca soubesse da minha admiração pela mulher que era..., ou melhor, que é! Pois seu exemplo vai continuar e assim perdurar e influenciar a muitos, com certeza!!! Sua luta, tanto no campo político, humano e ambiental fez com que ela ganhasse o Prêmio Nobel da Paz em 2004, se tornando a primeira africana a ganhar esse prêmio, e ela comemorou da melhor forma: plantou mais um árvore enquanto reverenciava o Monte Quênia. Maathai foi uma ativista integrada aos assuntos da mulher, como diretora-geral do Conselho Nacional das Mulheres do Quênia (NCWK) e também foi instituidora do Movimento Cinturão Verde na qual, através desse instituto, foi a responsável direta pelo plantio de 30 milhões de árvores na África. Se hoje o Quênia é visto como um país democrata muito se deve a ela.  Maathai nasceu em Nyeri, distrito do Quênia, em 1º de abril de 1940 e faleceu em Nairóbi em 25 de setembro de 2011. Falar de Wangari Maathai requer tempo e espaço, e o tempo que aqui eu ofereço é ínfimo, e o espaço não sei se há nesse canto virtual que aqui disponho, portanto aqui encerro com as palavras da própria Maathai:
“Quando estamos plantando árvores, alguém me diz: “Não quero plantar essa árvore porque ela não cresce muito rápido.” Então, tenho que lembrar a essas pessoas que as árvores que estão abatendo hoje não foram plantadas por elas mesmas, mas por aqueles que nos antecederam. Portanto, elas devem plantar árvores que vão beneficiar as comunidades no futuro.”

Assim era Wangari Maathai, que assim sejam os índios bolivianos. Perseverança é a lição!
A Semana da Árvore teve um gosto muito ruim esse ano..., que pena!

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Abraços, sempre!...

Mu®illo diM@ttos

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Petição contra mais uma tentativa de desmatamento.



É..., é mesmo estranho o comportamento de determinados políticos, e digo aqui “determinados” por que não quero ser taxado de novo como um radicalista turrão, conforme fui chamado por esses dias, por amigos de causa. Mas tudo bem, sem receio e não se importando muito com isso, apesar de soar parecido com um desabafo o que agora escrevo! Então, voltando ao assunto em questão, aqui me direciono assim: determinados políticos, são mesmo estranhos no sentido de ouvirem aqueles que os elegeram, pois que dão uma de surdos, e isso é uma coisa, uma prática pelo que vejo mundial, pois aqui mesmo ao nosso lado, na Bolívia, nosso irmão latino, o presidente Evo Morales, está aprontando das suas em relação ao meio ambiente, pois que aprovou que uma estrada corte o lado boliviano da floresta amazônica, assassinando assim não sei quantos alqueires sem se importar com os que são contra, já que mais de dois mil índios marcharam mais de 600 km manifestando a indignação de muitos, e tudo como sempre, demonstra que políticos agem mais por questões financeiras do que por questões realmente necessárias. Como no nosso exemplo, da hidrelétrica de Monte Belo. Pois é, tanto Evo, quando Dilma é tudo farinha do mesmo saco! E o agravante é que essa estrada passará por uma área protegida. Não sou de forma nenhuma contra o progresso, como fui acusado (olha eu me contradizendo e de novo me lamentando, droga!), mas acho que tudo tem que ser feito de forma que não prejudique o que é vivo, pois quando se trata de desmatamento, espécies (muitas das vezes endêmicas) da fauna e da flora são mortas, já que não há como se recolher e direcionar todas para outros habitat’s, ou mesmo catalogá-las, em tempo, uma por uma, já que muitas ainda são desconhecidas pela ciência. Talvez falando assim muitos vejam isso como um absurdo, e que eu seja mesmo contra o progresso, que eu tenha uma forma retrograda de pensar..., bem, se isso é ser retrógado, quem pensa assim desse jeito é reacionário e desumano. Tolo de quem pensa, e digo isso sempre, que por sermos o animal pensante do planeta temos o direito sobre a vida de tudo que habita nele. Não, não temos! Um dia, de alguma forma muito doída, saberemos o quanto isso foi, e é cruel. A área na qual me refiro como protegida é a já tão divulgada por diversos ambientalistas, o Território Indígena e Parque Nacional Isiboro Sécure (TIPNIS), que como vocês lerão no texto da Avaaz (quando clicar no link) é vista como a joia preciosa da Amazônia boliviana. Então, como muitas ONGs, a Avaaz pede aqui mais uma vez, a assinatura de mais uma petição contra mais um ato arbitrário por parte de um político que eleito foi para defender os direitos de uma nação e tudo que há de valor verdadeiro contido nela, mas que me parece que se esqueceu, que esse valor, que deveria estar acima de tudo e de todos, é a vida, unicamente a vida.
Cliquem no link. Assinem e conheçam os projetos da Avaaz.
Abraços, sempre!...
Mu®illo diM@ttos