Conforme eu já postei aqui em 06/10/2011, sobre o amianto e tudo o quê ele pode representar em termos de danos a nossa saúde, peço que você agora perca... ou melhor, acrescente 5 minutos e 27 segundos do seu tempo e assista a esse vídeo que retrata o quanto o amianto é prejudicial à saúde de todos, e como mudou tragicamente a cidade Bom Jesus da Serra, no estado da Bahia... e após assisti-lo, quem sabe você não se incorpore à luta para que esse produto não faça mais parte de nossas vidas. Neste ano de 2012, o amianto pode estar com os dias contados. Os ministros do STF devem vetar a lei nº 9055 de 2005 que na qual libera o uso controlado da fibra. Abaixo, conforme dito, o vídeo, e nos links de sustentação mais informações sobre o assunto publicadas no O Globo e no blog Justiça & Saúde Floripa. O link da minha última postagem, caso queira ler, é:
Se você está se perguntado o quê é que você pode fazer a respeito, é simples: repassando esse vídeo, e os demais links abaixo (que inclui outro
vídeo mais completo ainda), isso já será de grande valia... então, por que não tenta?
Ontem soube por parte de um amigo que,
infelizmente, um tio seu veio a falecer devido ao contato e manufatura, anos a
fio, do amianto. Esse produto que por séculos é usado para a confecção
de diversos utensílios, ou como reforço ou como matéria principal. A
denominação, amianto, é de origem latina e é uma substância abundante na
natureza, existente em rochas compostas de silicatos hidratados de magnésio. A
exposição a esse produto causa câncer de laringe, ovário, túnica
vaginal, bolsa escrotal e pulmonar, além de distúrbios
respiratórios e derrames pleurais. O nome ao problema de saúde
relacionado ao pulmão, asbetose, se deve ao fato de que o
amianto também é chamado pelo nome grego, asbesto. Há na natureza
dois grupos de amiantos: as serpentinas (amiantos brancos) e os
anfibólios (amiantos marrom, azul e outros), A insistência para que
ainda se utilize esse recurso é devido à alta resistência de suas propriedades
físico-químicas e incombustibilidade (por não ser de fácil combustão), existe, no entanto, uma legislação
em vigor desde 1986, onde A Organização Internacional do Trabalho
(OIT) editou a "Convenção 162", que trata de um
conjunto de regulamentações para o uso do amianto nas áreas de mineração,
nas indústrias de processamento e transformação dominério. O único variante
ainda autorizado no país é o amianto branco, também conhecido por crisólita.
Em 1991, o Ministério do Trabalho publicou a Portaria nº 1, que:
Proíbe o uso de amianto do tipo anfibólio e de produtos que o
contenham;
Proíbe a pulverização (spray)
de qualquer amianto;
Proíbe o trabalho de menores de 18
anos nas áreas de produção;
Exige que as empresas elaborem normas de procedimento para
situações de emergência e que só possam comprar a matéria-prima de
empresas cadastradas no Ministério
do Trabalho;
Determina que as fibras de amianto e seus produtos sejam rotulados e
acompanhados de "instruções de
uso", com informações sobre os riscos para a saúde,
doenças relacionadas e medidas
de proteção e controle;
Fixa o limite de tolerância para fibras respiráveis em 02
fibras/cm3;
Exige avaliação ambiental a cada seis meses e a divulgação dos
resultados para conhecimento dos funcionários;
Estabelece o fornecimento de equipamentos
de proteção individual (EPI's),
bem como roupa de trabalho que deve ser trocada duas vezes por semana e
lavada sob a responsabilidade da empresa;
Que se instalem vestiários duplos, separando roupas de trabalho das
comuns de passeio;
Os trabalhadores expostos devam receber treinamento anual sobre os riscos e as medidas de proteção e
controle;
Os trabalhadores devam ser submetidos a exames médicos, incluindo raios-X e espirometria, além da avaliação
clínica, na admissão, periodicamente e também exames pós-demissionaispor até 30 anos, em periodicidade determinada pelo tempo de exposição: 1ª – Anual,
para os que se expuseram mais de 20 anos; 2ª - A cada
dois anos, entre 12 e 20 anos; 3ª - A cada 3 anos, abaixo de 12 anos;
Que sejam monitorados os resíduos da fibra nos
ambientes e destinados sem colocar em risco à saúde dos trabalhadores e da
população em geral.
O uso do amianto é proibido em 66 países. Ele foi banido
da União Europeia (UE) apenas em 2005, apesar das
evidências, acumuladas desde a década de 60, de que o produto é tóxico
e cancerígeno.
No Brasil algumas cidades mantém uma legislação restritiva ao uso
do material, e cinco estados mantém uma proibição
formal de sua exploração, utilização e comercialização, como é o caso de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Rio Grande
do Sul e Pernambuco... além de mais dois municípios de Minas Gerais, que são: Andradas e Pouso Alegre.
Penso que se
tratando de um produto que tanto causa mal, e tendo outros que o substituam a
altura, é incompreensível como ainda seja processado e assim seja de fácil acesso à população,
que em sua maioria desconhece os riscos causados por ele. O certo seria deixar
essa prática de lado, mas como é o fator financeiro que dita quase tudo nesse
país e no mundo, ficamos assim a mercê desse póassassino, pois mesmo
que nunca cheguemos perto de onde ele é extraído e industrializado, corremos todo o risco
de alguma forma adquirimos as doenças causadas por ele, pois que nossas caixas
de água e nossos telhados estão por aí para nos comprovar o que alguns já sabem, ou
por conhecimento técnico ou por perdas de familiares (como é o caso desse meu amigo) ou por serem os tais que
manipulam toda decisão contrária à a proibição plena do uso do amianto. Infelizmente, entidades como o
Instituto Nacional de Câncer (INCA) parece não ter um porta-voz que
grite a altura, o quanto é arriscado à comercialização, ainda livre, desse
material, assim como outros órgãos do governo ligados a saúde, meio ambiente e
segurança do trabalho.