Hoje, dia 29, último domingo
de julho de 2012, exatamente às 15h35min, parte para não sei onde, meu fiel
amigo Thor. Cão dócil como nenhum
outro que eu já tenha visto ou tido, e olha que eu já tive muito outros. Thor
era um cão da raça pastor belga, da
variedade groenendael, media 52 cm
de altura e costumava pesar por volta de 28 a 30 quilos, e era de uma alegria
única, adorava brincar, receber e doar carinho, um parceirão de quase que 12
anos completos. O tempo estimado de vida dessa raça é de aproximadamente 13 à
14 anos, o que até se enquadraria na expectativa, mesmo que ache pouco para um
animal tão interessante e nobre viver, mas acontece que Thor não morreu por
chegar ao fim do seu ciclo de vida, como um bom ancião, e sim por ter adquirido
um tumor maligno no lado esquerdo interno da boca, portanto inoperável, já que
comprometeu a sua arcada dentária e toda a região. O tumor tomou proporções a
ponto da pele não conseguir ter elasticidade suficiente e acabou rompendo para
o lado de fora, uma ferida aberta, na qual favoreceu para outra praga surgir, a
berne. O tumor também seguiu caminho garganta adentro dificultando ainda mais a
respiração do pobre animal, e por isso Thor não morreu tranquilo, com a
dignidade merecida, pois que se sufocou em seu próprio sangue..., é sei que
estou sendo altamente dramático ao citar esses detalhes, mas há um fundamento
para tudo isso: Thor desde pequeno foi alimentando com as melhores das rações, as mais caras, as mais famosas,
e é a elas a quem culpo por seu quadro clinico. Mesmo eu não sendo nenhum
especialista no assunto e fácil ver que a quantidade de produtos químicos nessas rações é demasiadamente grande, tanto nas rações secas, quanto nas rações úmidas a base de carne. E isso
não é fato isolado não, pois o número de casos iguais a esse está quase que
alarmante..., o engraçado é que não noto uma preocupação por parte de veterinários, zootécnistas e biólogos.
E isso é fácil de comprovar, é só fazer uma pesquisa na internet sobre o assunto. Não há ninguém questionando a indústria das rações. O próprio site do
Inmetro diz assim:
“De acordo com a análise em ração para cães, pode-se concluir que a
qualidade desse produto é boa, já que atende aos parâmetros vigentes, tanto no
que se refere ao Decreto Nº 76.986 – de 06 de janeiro de 1976, quanto à
Instrução Normativa nº 07, de 05 de abril de 1999. Porém, há falhas na
rotulagem desses produtos, no que diz respeito às informações aos consumidores,
encontradas em 04 (quatro), das 11 (onze) marcas analisadas.” Eu, particularmente não
confio nessas analises, pois que até a nossa alimentação que é à base de tantos
agrotóxicos e outras químicas que estão nos derivados de queijo e carne, são
aprovadas pelo nosso tão confiável Ministério
da Agricultura, portanto fica difícil de aceitar. Numa das minhas idas e
vindas com Thor ao veterinário, minha mãe nos acompanhou, e foi justamente
nesse dia, que através do resultado da biopsia,
foi constado a gravidade da saúde dele. Após a leitura do laudo, minha mãe
disse o seguinte à doutora: “antes quando não havia ração e os animais comiam
comida caseira não se ouvia falar de tantas doenças assim”. E a doutora, meio
sem jeito, respondeu da seguinte maneira: “hum, hum, concordo”. Agora cabe a
cada um que tenha seu animal de estimação aceitar ou não a possibilidade da
ração canina, ou até mesmo a felina, ser a grande vilã.
Sei que a saudade vai ser
cruel, grande amigo..., afagos espirituais nos pelos.
É possível dar ordem ao
caos!
Abraços, sempre!!!...
Mu®illo diM@tto♪