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Casimiro de Abreu, Rio de Janeiro, Brazil

segunda-feira, 4 de abril de 2016

PETIÇÃO CONTRA A CONSTRUÇÃO DA USINA HIDRELÉTRICA DE SÃO LUIZ DO TAPAJÓS

Foto extraída do site do Greenpeace

E mais uma vez o governo federal, em nome do tal progresso e da necessidade (até genuína) de distribuição de energia elétrica, dentro do que chamam de energia limpa (e não é), já revê mais um projeto, a chamada Usina da Hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, que dentro do conceito de usina-plataforma, estava na gaveta aguardando a sua vez para impactar negativamente um pouco mais a biodiversidade da já tão debilitada Região Amazônica... a principal vitima da vez, como o próprio nome já sugere, será o importantíssimo Rio Tapajós, que está situado no Pará (de novo!!!)... em uma área que foi determinada como biodiversidade excepcional, até para padrões amazônicos... mas como sempre, parece que isso não é importante na visão de muitos. 

Há todo um megaprojeto, que inclui outras 43 grandes usinas hidrelétricas. Só nessa barragem em questão, serão destruídos, caso não façamos nada, 400 km² de floresta derrubada. Mamíferos, como onças, micos, botos e o peixe-boi. Répteis como jacarés e cobras. Anfíbios, peixes e aves (como as araras)... e muitos animais endêmicos a região, serão diretamente atingidos, isso sem falar do “desconforto” que causará a população ribeirinha e indígena (Munduruku e os Apiak). 

Nesse processo, como sempre acontece, muitos animais e vegetais que nem foram catalogados ainda, serão extintos, pois não há como ser feito o resgate de toda a flora e fauna... não há como ser 100% nisso. 

Toda vez que um megaprojeto como esse é idealizado, planejamentos são feitos por uma equipe multidisciplinar, e todos eles são detalhados em relatórios (EIA/RIMA) a serem aprovados por vários órgãos governamentais. Só que isso não quer dizer que os impactos socioambientais não sejam extremos, já que determinadas coisas nenhuma ciência ou engenharia podem determinar as reais consequências em sua totalidade, não há bola de cristal para isso. Tanto que muitos impactos negativos podem ser muito bem vistos nas regiões onde as já diversas hidrelétricas foram instaladas. Impactos que atingiram tanto os biomas, como também as populações de cada região. Haja vista o exemplo da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que está sendo construída na Bacia do Rio Xingu, no norte do Pará, afetando e muito a cidade de Altamira e região do entorno. Com a possibilidade de novos empregos para a região, a população aumentou sem que a cidade tivesse a infraestrutura necessária para tanto, e com isso também aumentou a violência, o tráfico de drogas, assaltos e prostituição (ver link abaixo). 

O Rio Tapajós que é de suma importância ambiental e econômica para essa região, ao ter o seu trajeto modificado, terá toda a sua “naturalidade” afetada, pois já é certo que os danos serão imensos... sempre são, mesmo que digam sempre que é o progresso que determina a necessidade, e que o custo é sempre válido. 

Se não nos manifestarmos agora a nossa voz será emudecida pelo depois... outra vez!!! 
Foto extraída do site do Greenpeace
Clique no link da petição, elaborada pelo Greenpeace, caso se sensibilize com a causa, copie e compartilhe o link ou a postagem: 


Links de Sustentação: 

Ativistas pedem que empresa não participe da destruição do Tapajós: 


Conhecendo a Andritz: 


Site “E Esse Tal Meio Ambiente?” fala dos Impactos socioambientais causados por Belo Monte na cidade de Altamira e região: 


Site “Movimento Xingu Vivo Para Sempre” fala da qualidade da água em Altamira: 


As diversas contradições em relação à Usina-Plataforma de São Luiz: 


Diversas informações a respeito, no Site Amazônia: 




É p
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Mu®illo diM@tto

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Os troféus de DiCaprio...

Leonardo DiCaprio depois de muitas indicações (bem merecedoras, por sinal), enfim recebe o Oscar de melhor ator por sua atuação no longa “O Regresso”. DiCaprio interpreta a história real de Hugh Glass, um explorador estadunidense que é atacado por um urso e em seguida é largado ferido pelos próprios companheiros... isso lá nos anos de 1820. No entanto, Hugh Glass sobrevive e depois vai atrás de sua vingança, e claro, isso entre tantas outras aventuras o torna uma verdadeira lenda americana... tanto que sua história foi merecedora de ser adaptada para as telonas, pelo diretor mexicano Alejandro González, que também ganhou o Oscar 2016, como melhor diretor, somando assim duas vezes consecutivas, já que também recebera o Oscar 2015 de melhor diretor, pelo filme “Birdman”....  o que é algo inédito, se tratando do Oscar.


No entanto, antes que pense que essa é uma postagem que deveria ter ido parar lá no meu blog Masmorra dos Dragões, que é aonde trato sobre cinema, quadrinhos, games e Tv...  eu digo, então: sem querer desmerecer a importância do evento, o quê chamou de fato a minha atenção foi o discurso de agradecimento de Leonardo Dicaprio, que após afirmar que uma das coisas mais difíceis na realização do filme foi conseguir neve... declara:

"A mudança climática é real. Isso está acontecendo agora. Esta é a ameaça mais urgente para toda a nossa espécie... precisamos apoiar os líderes de todo o mundo que falam para os povos indígenas, para a humanidade, as vozes que foram abafadas pela política de ganância”. 
Eu achei demais...  mas parece que a mídia do entretenimento carregada de sua farta cultura, não deu muita importância ao fato, afinal os holofotes, as vestimentas, o já conhecido tapete vermelho... o glamour em si, dessa festa da indústria cinematográfica, tão esperada anualmente, era o foco. Então, com exceção de uns ali, e outros aqui... tais palavras ficaram enterradas na neve... 

Valendo lembrar... DiCaprio é um dos muitos artistas atuantes em questões ambientais, então era mesmo de se esperar que em um evento assim ele não poderia deixar por menos. Quem já assistiu o documentário A Última Hora (The 11th Hour), de 2007, que aborda o assunto sobre o Aquecimento Global, sabe do que falo... por isso Leonardo, no Fórum Econômico Mundial, lá em Davos - Suíça, ganhou um prêmio que para todos ativistas, realmente compromissados, vale muito mais que o Oscar... entre os dias 20 e 23 de Janeiro deste ano, por seu trabalho filantrópico de conservação ambiental, que é o Prêmio Crystal Awards. E na hora do recebimento, DiCaprio solta essa:
Simplesmente não nos podemos dar ao luxo de que a ganância das indústrias do carvão, do petróleo e do gás determinem o futuro da humanidade. Essas entidades tem interesses financeiros em preservar o sistema destrutivo que temos, e tem negado, e até camuflado provas das mudanças no clima.
Isso é que faz de um homem ser um ser humano de fato... de resto, ser um bom ator é só mais um complemento. Ambos os prêmios, portanto, bem adequados e merecidos.   

Além de Dicaprio, a atriz Yao Chen, o artista Olafur Eliasson, e o músico Will.i.am também ganharam o “Crystal Awards” por suas ações sociais.

Links de sustentação:



 


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Mu®illo diM@tto

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

PETIÇÃO CONTRA O FIM DA FRATURA HIDRÁULICA (FRACKING) NO PARQUE TRANSFRONTEIRIÇO DE KGALAGADI NO BOTSWANA

Foto extraída do site da petição: Care2


A República de Botswana, demonstrando mais uma vez que os interesses financeiros estão acima da preservação e conservação ambiental, vendeu os direitos para a utilização de “fracking”, no Parque Transfronteiriço Kgalagadi, uma das maiores unidades de conservação da África, para uma empresa britânica, a Petrolífera Karoo Energia. O fracking”, é uma termo na língua inglesa, que na verdade determina o quê é chamado de fratura hidráulica, que é um procedimento altamente danoso ao meio ambiente, adotado por diversas empresas de extração de petróleo, e que é muito condenado por aqueles que realmente se preocupam com a saúde do planeta, pois que vários produtos químicos são usados no processo, assim como o uso de toneladas de litros d’água. Esses produtos químicos, da forma como são usados, poluem água, solo e ar.  A aplicabilidade desse recurso de 2010 para cá vem se ampliando, pois é considerando muito mais rentável economicamente, e por isso alcançou inúmeros defensores, que alegam extraírem muito mais hidrocarbonetos, como o gás de xisto, antes inacessíveis, mas que com esse método conseguem... não importando os impactos ambientais negativos causados. Aquíferos são contaminados por metano, a poluição sonora é intensa, a poluição do ar devido aos derivados químicos expostos ao ar livre, e alguns casos há aumento de atividades sísmicas. Nada disso, no entanto, parece importar as empresas que utilizam dessa técnica, quanto aos governos que a permitem. Nações como a Inglaterra tinham essa prática como proibida, mas assim como o resto da União Europeia agora regulamentou o uso... infelizmente. O pior é que em sua defesa, empresas e governos, alegam:
A existência de toxicidade destes elementos podem ser encontradas também em produtos de uso doméstico como: produtos de limpeza, medicamentos, removedores de maquiagem e plásticos".  
Os aditivos químicos mais comuns são:



  • Poliacrilamida e outros compostos redutores de fricção: reduzem a turbulência no fluxo do fluido, atenuando a fricção no duto, permitindo que as bombas injetem fluido a uma maior velocidade sem pressão exagerada na superfície.

  • Etilenoglicol: previne a formação de incrustações nos dutos.

  • Sais de boro: utilizados para manter a viscosidade do fluido a altas temperaturas.


  • Glutaraldeído: usado como desinfetante da água para a eliminação de bactérias.

  • Guar e outros agentes solúveis em água: incrementa a viscosidade do fluido de fraturamento permitindo a distribuição mais eficaz dos aditivos pela formação rochosa.


  • Isopropanol: incrementa a viscosidade do fluido de fraturamento.
Há utilização dessas substâncias químicas, caso não haja equipamentos de proteção individual (EPI) causam câncer, assim como diversas outras doenças.              

Em vista disso há uma petição para que essa empresa britânica seja ”arrancada” do Parque Transfronteiriço Kgalagadi, eis o texto do abaixo-assinado, assim como o seu link para assinatura: 

"Por favor, assinem esta petição para dizer não ao uso de fracking no parque nacional da República de Botswana. Exijam que a Karoo Energia rescinda os seus planos para o uso do fracking no parque, e que o governo não permita qualquer outro fracking nesta área ecológica tão delicada.


O fracking coloca tanto a população humana, quanto a animal em risco de perda de habitat, escassez e poluição da água, degradação ambiental, poluição do solo, assim como diversos tipos de doença, inclusive câncer. Digam que não concordam, tanto com a atitude do governo
, quanto a da Karoo Energia, a irresponsabilidade de causarem ao Parque Transfronteiriço Kgalagadi e a seus habitantes, danos possivelmente irreversíveis através do uso dessa técnica tão criticado mundialmente, até mesmo por especialistas da área petrolífera.


O Parque Transfronteiriço de Kgalagadi se baseia em um equilíbrio ecológico delicado e complexo, e é do interesse dos moradores, e cremos que a comunidade global, também queira a mais ampla rigidez de conservação e preservação em toda a sua extensão territorial. Por favor, deixe o Presidente Ian Khama
, da
República de Botswana  e toda a diretoria da Karoo Energia, saberem que nós valorizamos parques nacionais, seja onde estes estiverem."


Links de sustentação:

Pesquisa Google sobre a República de Botswana:

Pesquisa Google sobre o Parque Transfronteiriço de Kgalagadi:

Pesquisa Google sobre o uso da Fratura Hidráulica (Fracking):


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Mu®illo diM@tto


segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Cães do Canil Cão Amigo abandonados por tutor e prefeitura de Poá


Essa petição, que também serve como uma denúncia, solicita a assinatura daqueles que por ventura venham se sensibilizar com as atuais condições dos mais de 50 cães do Canil Cão Amigo, do município de Poá, interior do Estado de São Paulo, que foram largados a própria sorte, abandonados pelo próprio responsável do canil que os cuidava, e que se dizia um tutor, mas que pela atitude não era de fato um, pois quem se diz tutor, não abandona, e cuida, até o último momento, lutando contra as adversidades. Este, no entanto, parou de oferecer os seus cuidados aos pobres animais, quando parou de receber a ajuda financeira da prefeitura para a manutenção do canil. O quê comprova que este só prestava esse serviço por questões financeiras, somente, é não por abraçar a causa. A atitude mais adequada seria ele fazer uma campanha para angariar fundos para a proteção dos animais em questão. Segundo o abaixo-assinado, os animais não estão castrados e agonizam com fome, sede e doenças. A prefeitura se nega a ajudar. Demonstrando o descaso mais uma vez que diversas autoridades tem pelo assunto. Lamentável isso...

Segundo a petição vários pedidos de ajuda foram enviados a prefeitura, que não deu retorno a petição que apenas solicita, que os animais sejam encaminhados para órgãos ou ONGS competentes, e que assim possam cuidar deles para que recebam os cuidados merecidos, coma máxima urgência!!!

Como bem diz Antônia Fabiana Toniolo, que criou o abaixo-assinado para o srº Marcos Borges, prefeito do município de Poá:

"O caseiro do local parou de receber o salário que o tutor pagava a ele para cuidar dos animais. Portanto, não há ninguém que cuide deles, a não ser alguns pouquíssimos voluntários e doadores; o que está muito longe de ser o suficiente!!!"
Antônia Fabiana Toniolo criou este abaixo-assinado do zero e até agora já tem mais de 24.668 apoiadores. Assine também esse abaixo-assinado e ajude esses animais abandonados...

É só clicar aquiASSINE ESSA PETIÇÃO

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Vamos continuar lançando esgotos nos rios até pelo menos 2054

Esgoto despejado no ambiente na Comunidade São Nicolau, em São Paulo, em foto de 2011 (Foto: Instituto Trata Brasil)

Enquanto um estudo mostra que o saneamento básico não será universalizado no prazo estabelecido em lei , governo adia em mais dois anos a elaboração dos municipais

 

Talvez você não saiba, mas é possível que a sua casa, esteja ela em um bairro rico ou pobre, em uma cidade grande ou pequena, não tenha tratamento adequado do esgoto

Em todo o Brasil, só 39% das casas contam com todas as etapas de um saneamento básico adequado: abastecimento de água, rede de coleta e tratamento de esgoto. Mesmo cidades influentes e turísticas, como o Rio de Janeiro, não conseguem tratar o esgoto de toda a população. Só metade das casas dos cariocas tem o tratamento adequado, segundo o Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS).  

>> Outros países mostram que despoluir rios, lagos e baías não é impossível: 

Não é segredo nenhum que esgoto não tratado provoca doenças e polui rios e córregos. Logo, saneamento básico deveria ser prioridade. Só que não. No final de 2015, a presidente Dilma Rousseff publicou um decreto adiando em dois anos a entrega dos Planos Municipais de Saneamento (PMS). Ou seja, as cidades podem ficar até 2017 sem apresentar qualquer planejamento para enfrentar a questão e sem sofrer nenhuma punição ou cobrança por isso. Não por acaso, um estudo recente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) calculou que vamos demorar o dobro de tempo para conseguir levar saneamento para toda a nossa população. Segundo esse estudo, se continuarmos nesse ritmo, isso só acontecerá em 2054.

Por que é tão difícil universalizar o saneamento no Brasil?


Um problema histórico:


"É difícil universalizar o saneamento por uma falta de foco histórico. Não se investiu no passado, e hoje temos um grande deficit para tirar o atraso", diz Édison Carlos, do Instituto Trata Brasil, uma ONG criada para defender políticas em prol do saneamento.




Carlos explica que o "básico" não está no nome do saneamento à toa. É um tipo de infraestrutura que deveria ser a primeira coisa a ser construída numa cidade. São três etapas: 

A primeira é o abastecimento de água. Construir redes e tubulações para levar água potável para a população

A segunda é a coleta do esgoto. Novas redes, diferentes da de abastecimento, para recolher a água suja

Por fim, a terceira etapa é a de tratamento. Essas redes têm de terminar em uma estação de tratamento, que vai limpar a água antes de devolvê-la para os corpos d'águarios ou mar.


Como estamos em cada uma dessas etapas? Não muito bem, segundo o SNIS:

Abastecimento de água: 82,5% dos domicílios
Coleta de esgotos: 48,6% dos domicílios
Tratamento de esgotos: 39% dos domicílios


Os dados acima são de 2013, os mais recentes divulgados. Isso significa que mais do que a metade da população brasileira (61%) não tem esgoto tratado. É esse o deficit a que Carlos se refere. Segundo ele, em todos os ciclos de crescimento econômico e populacional vividos pelo Brasil, não houve como contrapartida uma preocupação em investir em saneamento.

"Nas épocas em que o Brasil cresceu, praticamente não houve investimento em redes de coleta de esgoto. Nós tivemos nas décadas de 1980, 1990, uma expansão imobiliária brutal, sem que as cidades fizessem o planejamento na área sanitária. A própria lei do saneamento só veio em 2007".

Pouco resultado mesmo com o aumento de recursos:


O ciclo mais recente de crescimento econômico, que se encerrou na crise fiscal do ano passado (2015), trouxe aumento de investimentos para a área de saneamento. A lei de 2007 permitiu a entrada de companhias privadas, e a partir de 2008 o setor começou a receber recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo a CNI, o investimento saiu de R$ 6 bilhões, em 2007, para R$ 10,5 bilhões em 2013 (os dados de 2014 e 2015 ainda não estão disponíveis). O aumento é substancial, porém ainda insuficiente. Segundo a estimativa da própria lei do saneamento, são necessários R$ 15 bilhões por ano, pelos próximos 20 anos, para universalizar o saneamento.


O grande drama da situação do saneamento é que esse aumento considerável no investimento não está dando resultado

"O preocupante é que, mesmo com o aumento de esforços na liberação de recursos, o acesso ao serviço não melhorou tanto", diz Ilana Ferreira, analista de políticas públicas da CNI e autora do estudo. "Antes do PAC, o índice de coleta de esgoto melhorava 1 ponto percentual por ano. Agora, está melhorando 1,2 ponto percentual. Não é o suficiente para atingir a meta." A meta, no caso, é universalizar a coleta de esgoto até 2033. Segundo o cálculo feito por Ilana, nesse ritmo, as metas só serão cumpridas em 2054.


A CNI levanta inúmeros motivos para tentar explicar esse lento avanço no saneamento do Brasil:


- Burocracia.
- Atraso na execução de projetos.
- Disputa entre Estados e municípios.
- Deficiências na gestão.
- Dificuldade de obter licenças necessárias.
- Baixa qualidade técnica de projetos.


Um dos motivos é o mais importante: falta de planejamento adequado. "Não basta ter o recurso. É preciso planejar. E aí entra a importância de todas as cidades formularem seus planos municipais de saneamento", diz Ilana. Por isso, é tão frustrante que a Presidência decida, após pressão dos municípios, adiar em mais dois anos a apresentação do plano. Esses planos deveriam ser o alicerce da universalização do saneamento no Brasil.


Não é a primeira vez que os planos foram adiados. O primeiro prazo era que todos deveriam ter sido entregues em 2013. Chegou 2013 e o governo editou um decreto mudando o prazo para 2015. Um dia antes de o ano passado terminar, a presidente Dilma assinou novo decreto adiando para 2017. A estimativa do Trata Brasil é que 34% dos municípios com mais de 100 mil habitantes não entregaram os planos ainda.


Enquanto isso, poluição e doenças:


Por mais complicada que seja a situação, ela precisa ser enfrentada. A falta de saneamento compromete todo o desenvolvimento de uma nação. Em cidades onde não há saneamento, a situação é crítica em termos de saúde pública. Compromete a educação, porque crianças com doenças como diarreia não aprendem bem na escola. Compromete a produtividade, já que trabalhadores se afastam das atividades por conta de doenças. Compromete o turismo, sujando praias que poderiam ser usadas para lazer. Isso sem falar no meio ambiente. O rio Tietê, um dos mais poluídos do país, ainda hoje recebe 690 toneladas de esgoto por dia.


A falta de saneamento também ajuda a proliferar uma série de doenças. A ausência de rede de abastecimento de água, por exemplo, leva a população a ter de armazenar água limpa, o que pode resultar em criadouros para o mosquito Aedes aegypti, que transmite Dengue, a Febre Chikungunya e Zika Vírus.


Uma solução é olhar o ano eleitoral:


O problema é grave e a solução caminha a passos muito lentos. Mas os cidadãos não precisam ficar parados. O saneamento é uma responsabilidade municipal. É o prefeito que deve assumir as obras e ações em saneamento. Isso cria uma oportunidade para os cidadãos, afinal 2016 é um ano de eleições para prefeito e vereadores. "Nós precisamos ter cidadãos informados e mobilizados para a questão do saneamento, para que ele possa cobrar de prefeitos", diz Carlos. Se eleitores mostrarem que cumprir prazos, planos e obras rendem votos, podemos sair da inércia e caminhar para acabar com um dos motivos de maior atraso do Brasil.


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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

O Quê Todo Mundo Já Sabe...



Nesses últimos dias no RJ TV, telejornal da InterTv, filiada da Rede Globo aqui na Região dos Lagos, foram veiculadas algumas reportagens, em relação ao aumento das tarifas do transporte público, liberadas pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, através do DETRO (Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro)... desconsiderando o reajuste de  valores, que é o absurdo de sempre, acredito que as reportagens pecaram no sentido de divulgarem somente as tarifas dos ônibus tipo "duas portas", já que estes são utilizados apenas por alguns, em trajetos onde a população de fato tem a "facilidade" de utilizá-los. A Viação 1001 (ou Macaense), que detém o monopólio em uma parte daqui da Região dos Lagos e Norte Fluminense, a outra parte (de Búzios até Araruama) fica com uma outra. a Viação Salineira.  A 1001 libera pouca quantidade desses ônibus de "duas portas" para algumas linhas. Já aqueles que moram em Cabo Frio, Arraial do Cabo, Araruama, São Pedro da Aldeia e Iguaba, sofrem por não possuírem muito essa disponibilidade. Diariamente, ao seguirem para os seus empregos, ou passeios, usuários caem "forçosamente" na armadilha de utilizarem os ônibus tipo "uma porta", pois a quantidade desses nas estradas é muito menor... uma estratégia da Viação 1001, para que todos seus usuários paguem uma tarifa bem mais cara.... e bota cara nisso!!!  
 

E quando se pensa que o assunto não pode ser mais desumano do que já é, entra uma outra questão, os ônibus de "uma porta" não oferecem gratuidade para os munícipes (ou turistas) que pertençam a terceira idade... estes só conseguem embarcar se pagarem a passagem. Nesse sentido, há relatos de muitos constrangimentos por parte de idosos, quando estes são barrados a porta do coletivo. Idosos, pejorativamente chamados de "caramujos", devido a "lentidão", supõem-se, nem sempre tem conhecimento de que a Viação 1001 procede dessa maneira. Esse assunto, no entanto, de menos ônibus tipo "duas portas" rodando nas linhas, não é nenhuma novidade para muitos. Há quem o comente pelos precários e lotados pontos de ônibus ao longo da também péssima e abandonada Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106) e também nas rodoviárias (que não são de jeito nenhum rodoviárias de verdade) dos vários municípios da região...  

Comentam que o DETRO já recebeu denuncias sobre esse ocorrido, mas parece que esse só se preocupa em fiscalizar as vans e aqueles que praticam o que comumente é chamado de "lotada".... o que nem sempre é de fato, pois muitos motoristas daqui da região utilizam, o que alguns anos atrás, o governo através de campanhas, chamou de carona solidária... o que é bom não só para o bolso de todos, afinal, tendo menos automóveis nas estradas também é bom para o ambiente...   porém, parece que o DETRO implica com isso também.  

Esse assunto, que de uma certa maneira, já foi abordado aqui no blog, e compartilhado por algumas redes sociais, mas que não houve nenhum comentário sequer, fosse a favor ou contra, é conhecido por algumas prefeituras da região, que alegam que isso é da competência do Governo do Estado, e ai não fazem nada. Dar o benefício do Transporte Universitário para estudantes cadastrados parece ser o caminho que algumas dessas prefeituras encontraram... onerando ainda mais os cofres públicos.

Alguns textos sobre esse assunto também já foram enviados para o WhatsApp que a InterTv dispõe para a população ... será houve alguma reportagem a respeito?!     

Há quem comente (e são muitos que comentam) que o poderio, tanto da 1001 quanto da Salineira, é porquê envolve políticos, talvez por isso não haja aqueles dispostos a defender os direitos da população nesse quesito. Então... enquanto uns permanecerem apáticos e não lutar contra quem os oprimi, mesmo que a vida a todo momento mostre que as questões sociais, que atitudes assim determinam, serão deixadas para segundo (ou terceiro ou quarto) plano por aqueles que foram eleitos para nos defender. É que muitos pensam que bater de frente com alguns políticos, muitas das vezes, é o mesmo que dar murro em ponta de faca. Pena que muitos ainda pensem assim e não ajam de fato.  

Antes o valor da passagem de Cabo Frio até Rio das Ostras (citando apenas um exemplo) era de R$ 10,85, passou agora para R$ 12,00... .  

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