Considerado como um dos maiores impactos ambientais, de causa não natural na história da Europa, a explosão de um depósito da empresa Sandoz, ocorrido em 01 de novembro de 1986, por volta das 12 horas e 30 minutos, na cidade suiço-germánica da Basiléia, colocou o importantíssimo Rio Reno em uma situação bastante delicada...  um incêndio, meio que inexplicável, foi a causa. Já no início do incêndio, os bombeiros que lutavam contra o fogo concluíram que precisariam utilizar da água de um canal do próprio rio para agilizar o combate, pois em poucos minutos o incêncio atingiu proporções incalculáveis... só que essa mesma água acabou retornando para o Rio Reno, agora, contaminada por produtos químicos pesados como agrotóxicos, pesticidas e outros a base de mercúrio...    
Incêndio em produtos químicos provoca  desastre ecológico no Rio Reno
  
    
O incêndio durou várias 
horas e os bombeiros lutaram para controlar as chamas.
Grandes
 volumes de água foram usados para combater as chamas (400 l/s) e muito 
desta água fluiu para o Rio Reno. O incêndio era tão colossal para ser 
combatido com apenas espumas,  que são específicas para tais incêndios. 
Tambores de produtos químicos explodiam no ar como se fossem granadas. 
A água que teve que ser usada para combater o incêndio foi obtida na proximidade (canal) do Rio 
Reno.
RIO RENO
Mapa-A - região em vermelho, região do rio que foi durante atingida. A seta em amarelo indica a cidade de Basel (Basiléia)
O rio mais caudaloso da Alemanha 
nasce nos Alpes Suíços e desemboca no Mar do Norte na Holanda. Tem 1320 
quilômetros de extensão, vários afluentes e uma bacia fluvial espalhada 
pela Europa, que abarca 250 mil quilômetros quadrados, com amplas 
ramificações na Bélgica e Holanda. Sua largura vai de 45 metros em 
Reichenau, na Suíça, passando por 200 metros na Basiléia e 520 metros em
 Colônia, até atingir 900 metros em Wesel, não muito distante da 
fronteira com a Holanda.  
Suas águas são usadas para a obtenção de 
energia e outros fins e o Reno também é uma importante artéria para o 
transporte de mercadorias, comportando navios de até 3500 toneladas nos 
trechos mais fundos. Duisburg, à margem do Reno, é o maior porto fluvial
 da Europa.
CENÁRIO ASSUSTADOR
Às
 3 h da madrugada,  foi dado o alarme de “catástrofe” e os moradores 
próximos as áreas de Basel foram instruídos para permanecerem suas 
residências e fecharem as janelas como medida de segurança. 
Quatrocentas
 mil pessoas estavam em perigo. "Um cheiro horrível" espalhou sobre uma
 área grande da cidade, ameaçando causar pânico na população. 
O armazém continha 1.351 t de produtos químicos, sendo 987 t era de agrotóxicos. Os principais compostos químicos eram os seguintes;
■Endosulfan – 2 t
■Tetradifon – 2t
■Acetato de fenil mercúrio – 1,5 t
■Compostos de mercúrio – 11 t (equivalente a 2,6 t de mercúrio)
■Ésteres de ácido fosfórico – 600 t
■Pigmento de Rhodamine – 2,4 t
DESASTRE ECOLÓGICO  
Embora
 o escoamento da água residual do incêndio ocorreu somente por algumas 
horas, o coquetel dos biocidas (inseticidas e fungicidas)  e de outros 
produtos químicos tóxicos eliminaram toda a fauna aquática perto do 
local e este efeito estendeu muitos quilômetros a jusante (rio abaixo). 
As
 enguias foram encontradas mortas até 200 quilômetros (foi estimado em 
200 t de enguias que foram mortas) a jusante do local do incidente, e os
 efeitos permanentes à fauna aquática eram evidentes por muitos anos. O 
inseticida altamente tóxico de organofosfato, endosulfan, era mais 
provável ser o único de maior risco para os peixes, devido a seu DL100, 
cerca de 1mg/l  (dose letal, causando 100% de mortalidade nos peixes em 
testes de laboratório) .
A grande
 quantidade de compostos de mercúrio na água residual do incêndio  
também contribuiu para a toxicidade à vida aquática no rio. A presença 
de ésteres do ácido fosfórico na água residual do incêndio era também de
 preocupação, como estes compostos incluídos os inibidores colinesterase,  que podem causar efeitos prejudiciais em níveis tão baixos quanto 1 mg/L, se expostos.
Outro fator neste incidente era a
 contribuição toxicológica de produtos secundários da reação durante a 
combustão. Alguns dos produtos químicos no armazém submeteram-se às 
mudanças químicas devido à decomposição térmica e às reações de alta 
temperatura na presença da água e do oxigênio. 
A termólise, a hidrólise e a 
pirólise de todos os produtos químicos armazenados ocorreram. Em alguns 
casos, a decomposição térmica conduziu os produtos que retiveram alguma 
atividade biológica, enquanto a pirólise tendeu a quebrar os compostos 
em substâncias relativamente não problemáticas, tais como; dióxido de 
enxofre,  água, fosfato, sulfato e  nitrato. 
Os
 efeitos prejudiciais potenciais destes produtos químicos secundários 
podem ser mais graves do que os próprios produtos químicos básicos e por
 conseguinte é significativo a preocupação em qualquer tipo de incêndio 
químico.
A água resfriada utilizada no combate ao fogo correu em direção ao sistema de drenagem, que conduz diretamente ao Rio de Reno. 
O
 solo e o rio eram as áreas principais de contaminação. Algum material 
foi identificado como tendo lixiviado na terra, contaminando o lençol 
freático numa profundidade até 14 metros. Aproximadamente 10.000 m² de 
solo,  em profundidades foram contaminados com inseticidas e compostos 
de mercúrio.
Felizmente, muita da 
contaminação do lençol freático foi capaz  através de uso da estação de 
recalque do lençol freático ser atraído aos poços próximos e bombeado 
para fora da estação de fornecimento de água da cidade. 
Entretanto, a presença do solo contaminado significa que existe ameaça de contaminação futura do lençol freático.
O rio recebeu aproximadamente 10
 toneladas de produtos químicos ativos biologicamente inalterados em 
curto período de tempo. Dois meses mais tarde, a operação de limpeza 
removeu aproximadamente 1000 kg dos sedimentos contaminados do rio. 
Embora
 o nível mais elevado da cadeia alimentar do rio foi dizimada, a 
microbiologia do rio permaneceu até ao ponto em que algum grau da 
auto-limpeza era possível. O rio começou a se recolonizar no período de 
10 meses, mas levou vários anos para recuperar completamente.
O barco de combate ao fogo, 
involuntariamente, espalhou a contaminação química com bombeamento da 
água do rio contaminada para tentar controlar o fogo  que se propagava 
para os edifícios vizinhos. Ao lado do prédio em chamas, havia um 
depósito de sódio e fosgênio (cloreto de carbonila), gás tóxico, 
utilizado como arma mortífera na Primeira Guerra Mundial. 
A
 maioria dos odores desagradáveis se originou da decomposição térmica 
dos compostos que continham enxofres em mercaptanos. A contaminação de 
produtos químicos em suspensão, apesar do cheiro nocivo, não mostrou ser
 um risco grave toxicológico à população após um teste ambiental.
Os níveis do mercúrio e de dioxina foram encontrados em níveis inferiores na camada atmosférica resultante do incêndio. 
Neste incidente, a toxicidade 
aguda dos agentes biocidal (pesticidas e fungicidas) que fluíram no rio 
adjacente foram os responsáveis pela destruição ampla da fauna aquática.
 A contribuição à toxicidade total dos vários produtos da combustão era 
menor por  comparação. 
DIA SEGUINTE
Nos
 dias seguintes, morreram toda fauna aquática do rio, que abastece 20 
milhões pessoas, de Basiléia a Roterdã (Holanda), com água potável. O 
rio estava ecologicamente morto após a maior catástrofe já ocorrida no 
Alto Reno. 
FALTA DE SEGURANÇA 
A
 tragédia ecológica de Sandoz foi principalmente em função da péssima 
localização da instalação e a falta de um plano de emergência. O 
depósito armazenava grande quantidade de produtos químicos 
ecologicamente perigosos e foi colocada na proximidade de um canal 
principal do rio. 
Os produtos 
químicos com características incompatíveis (por exemplo, oxidantes e 
inflamáveis) foram armazenados e separados, porem  no mesmo local . A 
rotatividade de materiais era muito elevada. 
O
 sistema de sprinkler era inadequado, e não havia bacia de contenção  ou
 outros meios de controle físico de escoamento. A influência destes 
fatores, combinada com a natureza tóxica dos produtos químicos 
armazenados no depósito sob as circunstâncias da combustão contribuíram 
para que os danos causados ao ambiente circunvizinho.
PREJUÍZO
A
 Sandoz teve um prejuízo de 140 milhões de marcos com o incêndio (60 
milhões somente para a recuperação do solo contaminado). O Reno recebeu 
um leito parcialmente novo. A empresa, porém, não foi condenada 
judicialmente.
CAUSA DO INCÊNDIO 
Não foi esclarecida. 
REAÇÃO DA POPULAÇÃO
Milhares
 de suíços reagiram com manifestações contra a indústria química, 
responsável por 50% dos empregos na região de Basiléia. Embora não 
houvesse mortes ou feridos, a vítima fatal do acidente foi à natureza. 
ATUALMENTE - EMPRESA TOMOU MEDIDAS PREVENTIVAS
Segundo
 Mark Hill, porta-voz da Novartis (empresa que resultou da fusão da 
Sandoz com a Ciba-Geigy, em 1996), hoje uma catástrofe de proporções 
semelhantes à de 1986 está praticamente descartada. Após o acidente, a 
Sandoz construiu enormes bacias de decantação ao longo do Reno, 
preparadas também para a retenção de efluentes em caso de incêndio. 
Segundo Hill, o incêndio aumentou a consciência da indústria química nas
 áreas de segurança e meio ambiente. 
Antes de 1986, a indústria 
despejava milhões de metros cúbicos de esgoto no Reno, a cujas margens 
estão instalados 20% das empresas do setor químico da Europa. Hoje, os 
efluentes são controlados e tratados pelos laboratórios das próprias 
fábricas, garante Hill. De fato, o ecossistema do Reno se recuperou, 
segundo Istvan Pinter, da secretaria do Meio Ambiente de 
Baden-Württemberg, o Estado alemão mais atingido. 
Atualmente, o conglomerado 
propaga com ampla documentação seus esforços nas áreas de segurança e 
meio ambiente, como a substituição de substâncias perigosas e a redução 
dos depósitos de produtos químicos venenosos. A Novartis esforça-se para
 constar entre as empresas líderes mundiais em preservação ambiental. 
AS ETAPAS DO MILAGRE DA RECUPERAÇÃO AMBIENTAL
Integrada
 pela Suíça, França, Alemanha, Holanda e Luxemburgo, a Comissão 
Internacional de Proteção do Reno (IKSR) foi criada em 1950. Mas foi 
somente em 1963 que suas tarefas foram definidas: analisar o estado do 
rio, propor medidas de saneamento, preparar acordos internacionais e 
elaborar disposições das conferências ministeriais. 
Em
 1987, sob o impacto do incêndio num depósito de produtos químicos da 
Sandoz, na Suíça, a conferência de ministros dos cinco países decidiu 
elaborar um Programa de Ação para o Reno até 2000. 
Seu
 objetivo era o retorno das espécies migratórias de peixes, entre elas a
 truta e o salmão. E também estabelecer um conceito integral de 
ecossistema fluvial, incluindo o leito, as margens e as regiões de 
inundação para possibilitar uma auto-regulação. 
BALANÇO ATUAL DO RIO
"Hoje
 a vida retornou às águas do Reno. Sua qualidade melhorou muito, a flora
 e o mundo animal se recuperaram, o programa para a volta do salmão 
mostra resultados. As empresas situadas à sua margem estão melhor 
preparadas para evitar incidentes com conseqüências para o rio, graças 
às recomendações de segurança da IKSR. Os acidentes com derrame de 
substâncias químicas nocivas diminuíram consideravelmente”. 
Avaliou o 
ministro alemão do Meio Ambiente, Jürgen Trittin,  elogiando a 
cooperação dos cinco países além das fronteiras nacionais.
A melhor qualidade da água do 
Reno é um dos grandes êxitos da proteção ambiental na Europa, segundo 
Olaf Tschimpke, presidente da Liga de Proteção à Natureza (NABU). A 
comissão internacional também fez um balanço muito positivo do 
saneamento do rio, no último encontro em Bonn. 
O
 escoamento de substâncias tóxicas diminuiu entre 70% e 100%, conforme a
 altura do rio. As águas e esgotos de 95% das empresas privadas e 
municipais passam por estações de tratamento. Praticamente já não são 
encontradas nas águas do Reno dioxinas e DDT, substâncias altamente 
tóxicas. 
O SALMÃO, A FAUNA E O FUTURO
O
 teor de metais pesados, tais como chumbo, cobre e zinco, bem como de 
pesticidas, diminuiu consideravelmente. Contudo, ainda não foram 
atingidas as metas para cádmio e alguns tipos de pesticidas. 
Problemática continua sendo a concentração de nitrogênio. Proveniente da
 lavoura e dos campos de pastagem, ele chega ao Reno de forma difusa, 
através dos solos e dos afluentes.
A fauna fluvial, microorganismos
 inclusive, também recuperou-se e já é quase tão variada como foi há cem
 anos. Hoje há salmões e muitas outras espécies de peixes já 
consideradas extintas em suas águas. Até o início de 2003, mais de 1900 
salmões retornaram ao Reno para se reproduzir, o que seriam "sinais 
iniciais encorajadores", segundo Anne Leidig, da comissão. 
A questão é a falta de condições
 adequadas para os salmões nos afluentes. Os especialistas calculam que 
somente dentro de dez anos os salmões voltarão a se sentir em casa nas 
águas da bacia do Reno. Para o êxito do programa, sua pesca continua 
proibida.
A comissão fixou seus 
objetivos para os próximos 20 anos em um novo programa. E as diretrizes 
da União Européia complementam o trabalho ambiental, ao exigir dos 
países membros a apresentação de um plano geral de uso do solo, o que 
inclui exploração agrícola, industrial e construções, abrangendo toda a 
bacia fluvial do Reno.
Fontes: 
DW-World – Deutsche Welle-2003, 
The Ecotoxicity of Fire-Water Runoff- Institute of  Environmental Science and Research Limited - New Zealand Fire Service
MSDS – Material Safety Data Sheet -  J. T. Baker
Anvisa
 – Agência Nacional de Vigilância Sanitária –Relação de substâncias com 
ação tóxica sobre animais ou plantas cujo registro pode ser autorizado 
no Brasil
Notas explicativas:
Pirólise
O
 processo de pirólise é endotérmico, pode ser genericamente definido 
como sendo o de decomposição química por calor na ausência de oxigênio, 
ainda que o seu balanço energético é positivo, ou seja produz mais 
energia do que consome. 
Hidrólise : 
É reação química que envolve água. A água pode reagir com muitas substâncias e transformá-las em outras.  
Termólise
É
 a exposição da substancia a alta temperatura, porem sem perder a sua 
característica (re arranjo pelo calor). Enquanto a pirólise é a ruptura 
completa da substância  pelo calor.   
Colinesterase
É
 uma enzima cujo papel fundamental é a regulação dos impulsos 
nervosos.Existem duas categorias de colinesterases: a 
acetilcolinesterase (colinesterase verdadeira), que é encontrada nos 
eritrócitos, no pulmão e no tecido nervoso; e a colinesterase sérica, 
sintetizada no fígado, também chamada de pseudocolinesterase.
Sua determinação é útil na 
avaliação e no acompanhamento de pacientes com intoxicação por 
organofosforados (inseticidas) que inibem a colinesterase eritrocitária e
 diminuem os níveis da colinesterase sérica.
Manifestações clínicas
Os
 principais sinais e sintomas da intoxicação aguda por inseticidas 
inibidores da colinesterase (organofosforados) podem ser agrupados da 
seguinte forma:
a) Crise colinérgica aguda
Manifestações muscarínicas:
■broncoespasmo
 (estreitamento dos brônquios), dificuldade respiratória, aumento de  
■secreção brônquica, cianose (cor arroxeada nas mucosas e pele), edema 
pulmonar (líquido nos pulmões)
■falta
 de apetite, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia, 
incontinência fecal (evacuação não controlável), dor para evacuar
■suor excessivo, salivação, lacrimejamento
■pupilas contraídas, visão borrada
■incontinência urinária (urina solta, urina não controlável)
■bradicardia (diminuição dos batimentos cardíacos)
Manifestações nicotínicas:
■fasciculações musculares (pequenas contrações musculares), câimbras, fraqueza, ausência de reflexos, paralisia muscular;
■hipertensão, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), palidez, pupilas dilatadas.
Manifestações do Sistema Nervoso Central:
■inquietação,
 labilidade emocional (instabilidade emocional), dor de cabeça, 
tremores, sonolência, confusão, linguagem chula, marcha descoordenada, 
fraqueza generalizada, coma, convulsões, depressão do centro 
respiratório.
b) Síndrome intermediária
Após
 24 a 96 horas da exposição ao organofosforado pode surgir fraqueza ou 
paralisia muscular dos membros superiores e do pescoço. Outros grupos 
musculares também podem ser afetados, inclusive a musculatura 
respiratória, levando à parada respiratória. A recuperação pode levar de
 4 a 18 dias.
c) Polineuropatia tardia
Este
 quadro desenvolve-se 2 a 4 semanas após a exposição a inseticidas 
organofosforados. Caracteriza-se por fraqueza muscular dos membros, 
câimbras dolorosas, formigamento, reflexos diminuídos e um quadro 
caracterizado por descoordenação motora, hipertonia ou espasticidade 
(aumento acentuado do tônus muscular), reflexos exageradamente 
aumentados e tremores (síndrome de liberação extrapiramidal). A 
recuperação é variável.
Biocida
Substâncias
 químicas, de origem natural ou sintética, utilizadas para controlar ou 
eliminar plantas ou organismos vivos considerados nocivos à atividade 
humana ou à saúde" .
Mercaptano :
O odor desagradável, devido à formação de compostos sulfurosos
Acetato de fenil mercúrio 
Identificação de Riscos
■Perigo! Pode ser fatal se ingerido. Prejudicial se inalado ou absorvido pela pele. 
■Causa irritação grave nos olhos, pele e trato respiratório; pode causar queimaduras. 
■Pode causar reação alérgica na pele. 
■Compostos de mercúrio afetam os rins e o sistema nervoso central. 
■Risco a  gravidez – pode causar defeitos congênitos 
■Combustível sólido. 
Riscos de Incêndio 
■Ponto de fulgor -  > 38o C  
■Combustível sólido. 
Explosão: 
■Pó
 fino em dispersão no ar em suficiente concentração e em presença de uma
 fonte de ignição é um potencial de risco de explosão 
Meios de extinção: 
■Pó
 químico, espuma ou dióxido de carbono. Não permitir o escoamento de 
água contaminada  para o sistema de esgoto ou córregos ou rios. 
Informação especial: 
Em
 caso de incêndio, usar vestuário com proteção total, aprovado pelas 
normas técnicas, com aparelho respiratório autônomo com máscara facial 
com ar mandado.      
Endossulfan
■Nome técnico ou comum: Endossulfan , (Endosulfan)
■Sinonímia: Clortiepin, Thiodan (R), Malix (R)
■Fórmula bruta: 
C9H6 CI6 O3 S
■Classe: inseticida fitossanitário do grupo éster do ácido sulfuroso de um dial cíclico.
■Persistência e degradação no ambiente: O princípio ativo apresenta uma persistência média  no meio ambiente.
■Deslocamento no ambiente: O produto apresenta um deslocamento para as regiões vizinhas.
Tetradifon
■Nome técnico ou comum: Tetradifon
■Fórmula bruta: C12 H6 CI4 O2 S
■Classe: acaricida fitossanitário do grupo das clorodifenilsulfonas.
■Persistência e degradação no ambiente:O princípio ativo possui uma persistência longa no ambiente.
■Deslocamento no ambiente: O produto não apresenta deslocamento para as regiões vizinhas.
Ésteres de acido fosfórico    
Ésteres
 do ácido fosfórico e seus derivados, constituem substâncias químicas 
que atuam bloqueando ou inibindo a colinesterase.  Os  organofosforados 
são mais tóxicos (em termos de toxidade aguda), mas se degradam 
rapidamente e não se acumulam nos tecidos gordurosos. 
Os efeitos são de maneira geral os seguintes: 
■espasmos intestinais; 
■estimulação das glândulas salivares e 
■lacrimais e convulsões. 
Os sintomas gerais apresentados são: 
■redução do diâmetro das pupilas; lacrimejamento e rinite aguada; 
■sudação intensa; vômito e tonturas; 
■dores musculares e cãibras; 
■pressão arterial instável; 
■confusão mental, cólicas e diarréias, 
■o aparecimento dos sintomas de intoxicação ocorre, em média, nas primeiras doze horas; 
■a morte ocorre geralmente nas primeiras 48 horas; 
■a recuperação normalmente é completa se não ocorre falta de oxigenação no cérebro. 
Mercúrio 
O
 mercúrio é considerado um poluente de alto risco, sendo regulado pela 
US EPA (United States Environmental Protection Agency). A preocupação a 
respeito da poluição do mercúrio, surge dos efeitos à saúde decorrentes 
da exposição por mercúrio metilado (que é
extremamente tóxico) encontrado na água e alimentos aquáticos. 
O
 mercúrio inorgânico pode ser convertido em metilmercúrio e 
dimetilmercúrio pela ação de microorganismos (bactérias metanogênicas), 
particularmente nos sedimentos. A biotransformação do mercúrio 
inorgânico em metilmercúrio representa um sério risco ambiental visto 
que ele se acumula na cadeia alimentar aquática por um fenômeno chamado
bioamplificação,
 isto é, a concentração do metal aumenta à medida que ele avança nos 
níveis de nutrição. Portanto, por ter a capacidade de permanecer por 
longos períodos nos tecidos do organismo, este elemento poderá ser 
encontrado nos peixes predadores da extremidade da cadeia em 
concentrações elevadas, culminando, finalmente, no regime alimentar dos 
humanos..
Sintomas gerais apresentados;
O
 metilmercúrio é o responsável pelos danos mais importantes à saúde 
observados em humanos. Isto se deve, provavelmente, à sua lenta 
eliminação. No cérebro e rins, esta eliminação leva um tempo 
considerável (até mesmo alguns anos).
O
 sistema nervoso central é o alvo principal do metilmercúrio, onde 
afeta, principalmente, áreas específicas do cérebro, como cerebelo e 
lobos temporais. 
A intoxicação 
por metilmercúrio se caracteriza por ataxia (perda da coordenação dos 
movimentos voluntários), a disartria (problemas nas articulações das 
palavras), a parestesia (perda da sensibilidade nas extremidades das 
mãos e pés e em torno da boca), visão de túnel (constrição do campo 
visual) e perda da audição.  
Os primeiros sintomas afetam 
geralmente a região perianal e aparecem alguns dias após a exposição. 
Uma contaminação severa pode causar cegueira, coma e morte. O período 
médio de latência varia, frequentemente, de 16 a 38 dias  .
É possível dar ordem ao caos. 
 Pense verde, o planeta azul agradece.
Abraços, sempre!!!...
Mu®illo diM@tto♪