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terça-feira, 19 de março de 2013

O Rio Yangtzé e a Hidrelétrica de Três Gargantas - O maior rio da Ásia e a maior Hidrelétrica do Mundo -



A maior usina hidrelétrica do mundo fica na República Popular da China, é a chamada Usina Hidrelétrica de Três Gargantas, ela foi construída sobre o maior rio da China e também o mais longo de toda a Ásia, o Yangtzé (ou Yang-Tsé ou ainda Chang Jiang, também conhecido como Rio Azul ou mais ainda Iansequião). Segundo Zhang Cheng, diretor-geral da China Yangtsé Power Co.:



"O pleno rendimento dos geradores converte a represa das Três Gargantas no maior projeto hidroelétrico do mundo e na maior base (de produção) de energia limpa".



Esse rio que abriga essa usina, só perde somente para o Rio Amazonas e o Rio Nilo no Egito, e ele é praticamente a base de sustentação de toda a China, porém o governo chinês não parecia, até bem pouco tempo, ter muita consideração por isso, pois que o governo já encara o projeto da usina como o maior erro ambiental da China, mas mesmo assim o rio ainda tem sido castigado por uma série de descasos:



1-  A indústria como sempre é a vilã principal, pois despeja no rio seus resíduos tóxicos, sem se importar com o envenenamento dele;
2-  envenenamento esse que vem acompanhado dos resíduos agrícolas, que são os pesticidas, os fertilizantes e os produtos químicos, despejados pelos produtores dedes a pequena lavoura até a agroindústria do país;
3-  depois são os esgotos domésticos, comerciais e industriais (agenda marrom) que descarregam diariamente no rio os dejetos das cidades que ao longo do rio ocupam a sua margem;
4-  a navegação de pequeno, médio e grande porte, ainda muito praticada como hidrovia no país, e que sem controle nenhum, também libera por todo o rio toda espécie de lixo;
5-  e em quinto, e nem por isso o último, pois com certeza a lista é bem mais longa, tem a população, que por não ser diferente dos habitantes do resto do mundo, joga tudo quanto é porcaria as suas margens, sem um mínimo de consciência socioambiental.



O majestoso Yangtzé é rico em sedimentos, o chamado  loess, uma mistura de iodo e areia, que deixa o solo fértil e com uma coloração amarela, esses sedimentos, além de todos os resíduos sólidos, úmidos, químicos e tóxicos agoram se acumulam na usina, e fazem com que esses ingredientes fiquem alojados nas turbinas criando uma enorme quantidade de gás metano, gás 23 vezes mais poluente que o dioxido de carbono (CO2). Isso acontece por uma tremenda falha do projeto de engenharia da represa. Antes da usina, os sedimentos fertilizavam todo o rio e suas margens, agora rio abaixo, a hidrelétrica impede isso, e um dos grandes agravantes é a extinção de peixes que ali são endêmicos. baijii, uma espécie de  golfinho, o peixe-remo (Psephurus gladius), que chegar a ter 07m de comprimento e também o porco nativo do Rio Yangtzé, compõem parte dessa tristelista negra. Nela também pode estar o esturjão, um peixe que chega a atingir 5,5m e a pesar 450kg, é desse peixe que se extrai o caviar, e mesmo não sendo endêmico da região, era encontrado a vontade no Rio Yangtzé, mas desde a inauguração da barragem que ele já não é tão visto... mesmo que a extinção desse nobre animal não esteja ligada somente ao problema do Yangtzé, já que ele é oriundo de diversas partes do mundo, e pescado com uma fome comercial sem medida, a questão é que aqui, o que fica visível, é a fragilidade da situação, pois denota que o mal que a barragem causa e insustentável, colocando não só esses animais em perigo de extinção, mas sim toda a cultura de um povo. Nada, e nunca, algo pode ser visto assim: o bem que também causa o mal... é preciso saber medir e pesar os extremos, sempre! Os fins nunca justificarão os meios, não desse forma, então a represa que é... que era!... vista como um grande avanço, é nada mais, nada menos, que um problema que levou aos cofres chinês a quantia em torno de 22,5 a 2,8 bilhões de dólares, valor este que poderia ser aplicado em melhorias para toda a região sem o custo de todo esse impacto socioambiental.             
A construção desta obra faraônica, que forçou o deslocamento de 1,4 milhão de pessoas da região do vale do rio Yangtze, foi alvo de críticas de muitos especialistas chineses e estrangeiros, pois causou imensos impactos. Impactos esses que resultaram:

1-  na inundação de uma reserva natural criada para proteger mais de 40 espécies de peixes de rio;
2-  desaparecimento de lagos e pântanos que ali existiam;
3-  e a submersão de sítios arqueológicos, que jamais poderão ser recuperados, e eram de suma importância, tanto para a própria história da China, quanto para a história no âmbito geral.


Tudo isso mostra que o progresso quando trilhado sob a alcunha da desesperada corrida pela vida confortável, mas sem os estudos realmente adequados para os impactos ruins que esse progresso de fato pode trazer, é cruel a níveis extremos, a época de sua construção, em 03 de dezembro de 1992, até a sua inauguração, em 04 de julho de 2012, o governo chinês dizia que a obra possuía as funções da prevenção de enchentes, a geração de energia e a facilitação do transporte fluvial, no entanto, nada disso suprime o grande mal que hoje ela causa. Segundo se comenta na China, a construção de usinas hidrelétricas gera também grandes lucros para empreiteiras, governantes e políticos locais. Diversas empresas brasileiras de consultoria participaram do projeto, tendo em vista a “vasta experiência” do Brasil com as grandes usinas de Itaipu e Tucuruí, dentre outras. Empresas brasileiras também participam das obras civis. Tudo é comercio. Tudo é lucro, nada é social...



No oeste da China, a busca unilateral pelos benefícios econômicos da energia hidrelétrica tem acontecido ás custas de pessoas realocadas, do meio ambiente e da terra e de sua herança cultural. O desenvolvimento hidrelétrico é desordenado, descontrolado e atingiu um escala vertiginosa.



Isso quem disse, foi Fan Xiao, geólogo da Província de Sichuan, um profissional renomado do outro lado do mundo, um crítico ao projeto de Três Gargantas, mas que pode nos dar imensa lição, basta querer ouvi-lo e aprender, que lá como aqui, as coisas não são, e nem podemos pensar que sejam tão diferentes. A Hidrelétrica de Belo Monte, que está sendo construída aqui no Rio Xingu, em plena Floresta Amazônica, no sul do Pará, nas proximidades da cidade de Altamira com certeza nos trará, ou pior, já nos traz problemas de iguais valores. Vamos prestar atenção gente, e fácil dizer não, o difícil é se fazer ouvir, mas se gritarmos todos juntos... quem sabe!  



Links de sustentação:



Explicações técnicas que o Blog Gigantes do Mundo diz a respeito da Barragem de Três Gargantas.



O que o Wikipédia comenta sobre a barragem.



O que o Wikipédia comenta sobre o esturjão.



O que diz O Mundo Em Colapso a respeito do perigo de extinção do esturjão.



Os perigos causados pela Barragem de Três Gargantas e o desequilíbrio estampado no Yang-Tsé, veja o que aborda o Blog Vamos Salvar Nosso Planeta, de Helena Rezende.



Mais dissertações... é só clicar aqui:




E aqui:

Blog Geografia-Ensinar e Aprender, do Professor Jonathan K.



E aqui também:




Assista ao programa: 
Os Rios e A Vida - Tv Escola - Todo sábado as 16h00min.




É possível dar ordem ao caos!
Abraços, sempre!!!...


Mu®illo diM@ttos

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Não à Mineração na Grande Barreira de Corais

A Austrália pode permitir que magnatas da mineração construam um dos maiores portos de embarque e desembarque de navios cheios de carvão em cima do ecossistema da Grande Barreira de Corais -- dando acesso a 8 bilhões de toneladas extras de carvão, responsável pela destruição do nosso planeta, e colocando em risco a sobrevivênvia dessa impressionante área, um Patrimônio Natural da Humanidade.
Ativistas na Austrália já estão pressionando o governo e até mesmo a UNESCO se pronunciou, mas é um banco público dos EUA que é a espinha dorsal desse projeto. Uma pressão global sobre este banco pode envergonhá-lo internacionalmente e colocá-lo no centro das atenções das questões climáticas durante o debate eleitoral nos Estados Unidos.
Vamos aumentar a pressão sobre o presidente do banco, Fred Hochberg, e exigir que suspendam o financiamento do projeto de mineração na barreira de corais. Temos apenas alguns dias -- agora, o presidente deste banco se encontra na Austrália participando de reuniões. Clique abaixo para se juntar ao chamado para salvar a barreira de corais e a Avaaz entregará as nossas vozes para o sr. Hochberg:


O enorme projeto do porto de carvão levaria a já sensível barreira de corais a um ponto limite próximo de sua destruição ao construir um terminal de exportação dentro das águas em que se encontram os corais -- e inundando o mercado com mais 8 bilhões de toneladas de carvão exportados. Esse novo porto permitiria que até 20 navios navegassem por dia sobre essas águas puras, levando o carvão da Austrália até a China. Nós já vimos o tipo de dano que estes navios podem causar em 2012 quando um navio afundou, deixando uma ferida de 3 km de comprimento no ecossistema único dos corais.
Nesse momento, a proposta está encontrando empecilhos após a UNESCO relatar que o desenvolvimento de carvão é prejudicial aos corais, e o governo australiano interveio no projeto e solicitou uma revisão do relatório ambiental. Se conseguirmos cortar o financiamento na fonte, podemos causar mais um impacto ao projeto e ajudar a impedir por completo a operação de mineração.
O Banco de Exportações-Importações dos EUA já está enfrentando problemas no país com a política local e quer evitar quaisquer outras polêmicas. Um protesto gigante neste momento pode impedí-los de destruir ainda mais o maior e mais espetacular cenário submarino do mundo. Assine agora e a Avaaz entregará a mensagem diretamente para o presidente do banco, Fred Hochberg:


Milhões de membros da Avaaz em todo o mundo lutaram pelo nosso planeta -- erguendo suas vozes nas negociações sobre mudanças climáticas em Copenhague e no Rio de Janeiro, e garantindo vitórias para proteger nossos oceanos na Austrália, e a Amazônia no Brasil. Agora, vamos nos unir mais uma vez para proteger a majestade da Grande Barreira de Corais da ganância da mineração.

Com esperança,
Emma, Allison, Emily, Ricken, Paul, Wissam e toda a equipe da Avaaz

Mais informações (em inglês):

Ministro do Meio Ambiente da Australia, Tony Burke, chama de "caótica" a aprovação de mineração na barreira de corais (ABC):

http://www.abc.net.au/news/2012-06-05/burke-labels-reef-mine-approval-a-shambolic-joke/4053188

Mina de carvão da Gina Rinehart suspensa por conta da Grande Barreira de Corais (Herald Sun):

http://www.livemint.com/2012/07/02001724/Rinehart-confident-of-GVK-appr.html

Diga para o Ex-Im Bank dos EUA: Não use o dinheiro de impostos para destruir a Grande Barreira de Corais (Huffington Post):

http://www.huffingtonpost.com/mary-anne-hitt/tell-us-exim-bank-dont-us_b_1757638.html

Tea Party Compra Briga Perdida sobre o Banco de Exporações-Importações dos EUA (Bloomberg):


Minhas considerações:

Cada vez mais eu me convenço de que é através de atitudes assim que podemos mudar, pelo menos em parte, o mundo, pois como sempre costumo dizer: a internet  é uma das maiores ferramentas que temos para que nos façamos "ouvir". É através dela que nossas palavras ganham força, pois redes sociais, blogs, sites e e-mails viajam a uma velocidade que por muitas vezes nos surpreendemos. Por isso, mais uma vez venho repassar um e-mail de uma luta travada por essa turma da Avaaz, luta na qual acredito que todos compartilhem. A Avaaz, o Greenpeace, a WWF, entre outras ONG's já nos deram prova de que a nossa opinião através da web pode ser um grande grito nos tímpanos daqueles que se fazem de surdos quando o assunto é ir contra o grande lucro desenfreado que praticam e que a qualquer custo nunca medem as consequências. Vamos mostrar a nossa real força, então?
   
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Mu®illo diM@tto