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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

No Dia da Amazônia, quem rouba a cena são as queimadas

No mês em que é comemorado o Dia da Amazônia, a floresta queima e sofre com o avanço do desmatamento e da degradação florestal...


Postado em 05/09/2016 no site do Greenpeace:
Nuvem de fumaça proveniente de queimada cobre fazendas e floresta em Paranaíta, Mato Grosso, próximo à divisa com o Pará. (Rogerio Assis/Greenpeace)
O dia 05 de setembro, data em que o estado do Amazonas foi elevado à Província por Dom Pedro II, é usado nacionalmente para celebrar a importância da Floresta Amazônica, mas é também em setembro que a temporada de queimadas florestais atinge seus níveis mais extremos: é o auge do verão na floresta, época de colocar a Amazônia abaixo e dançar em volta da fogueira.

A Amazônia, que tem 63% de sua extensão no território brasileiro, presta importantes serviços ambientais para toda a sociedade sem cobrar nada por isso. Ela é fundamental no equilíbrio do clima, a medida que absorve gases do efeito estufa, além de ter participação nos ciclos das águas e abrigar uma biodiversidade incrível.

Infelizmente essas capacidades da floresta estão comprometidas por processos que se repetem ano a ano, começando com a degradação, passando pelas queimadas e terminando no desmatamento total de florestas milenares.

Setembro costuma ser um período que a queima da floresta chama a atenção. É época de verão amazônico, quando as chuvas são menos frequentes, e desmatadores encontram o ambiente perfeito para queimar a floresta e dar lugar à expansão de áreas de pasto e agricultura, muitas vezes ocupando terras públicas de forma indevida. No final de agosto o Greenpeace sobrevoou diversas regiões ao sul do bioma Amazônia e registrou esse processo, em variados graus de andamento.

A degradação destrói silenciosamente a floresta e é um problema crescente no Brasil. É o geralmente o primeiro estágio do processo que leva ao desmatamento total de uma área – chamado de corte raso. A degradação é provocada por uma intervenção desequilibrada na floresta, seja por exploração ilegal de madeira a abertura de estradas ou fogo. No caso da madeira ilegal, vetor bastante comum entre os primeiros estágios do desmatamento, as espécies de maior valor comercial são retiradas, o que deixa a floresta fora de seu equilíbrio

Quando a floresta está degradada, ela fica mais suscetível à queima. Um estudo publicado pela Ecological Society of America realizou testes em áreas controladas no leste e sul da Amazônia entre 1983 e 2007 e aponta que 44% das florestas degradadas sofreram com queimadas, contra 15% das florestas intactas, muito mais densas e resistentes ao fogo.

De acordo com dados do Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (DETER), medido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a área de alertas de degradação na Amazônia subiu 12% no último período (agosto de 2015 à julho de 2016). A área degradada de maio a julho de 2016 foi de 884 km², o equivalente a 123 mil campos de futebol.Agora imagine se estas florestas, que estão sendo degradadas agora, forem queimadas no próximo ano. Infelizmente, o desmatamento e fogo andam de mãos dadas na Amazônia.

Na figura acima é possível constatar a relação do ciclo: degradação – queimadas e desmatamento.
No município de Lábrea (AM), uma das localidades sobrevoadas pelo Greenpeace, houve aumento no número de alertas de desmatamento e degradação. Este ano, as queimadas tomam a região

Dos dez municípios com maior área de alertas de desmatamento e degradação no período de agosto de 2015 à abril de 2016, sete também estão entre os municípios com maior número de queimadas no período de junho à agosto de 2016. Um forte indicativo de que muita floresta foi previamente degradada e agora sofre com a ação do fogo para completar o processo do desmatamento.

Dos dez municípios com mais desmatamento, sete registraram mais queimadas (Greenpeace)

Mato Grosso defumado...

O Mato Grosso é um exemplo da destruição na Amazônia. Na última taxa de desmatamento, o MT foi o 2º estado que mais desmatou a Amazônia, registrando aumento de 42% no desmatamento em relação ao ano anterior. O Greenpeace sobrevoou o norte do estado, onde florestas estavam queimando para dar lugar à pastagens, e avistamos estradas e pátios de madeira. 

O estado é o segundo maior produtor de madeira nativa no Brasil, atividade que na Amazônia acontece majoritariamente de maneira ilegal. 

As queimadas foram oficialmente proibidas no Mato Grosso em 15 de julho deste ano, mas isso não inibiu os desmatadores. Desde então, as queimadas só aumentam, somente no período da proibição, já foram identificados mais de 8 mil focos.

Não existe respeito à restrição colocada, pois o estado vem dando indícios de tolerância com o desmatamento. No mês passado a Assembleia Legislativa do Mato Grosso liberou o uso do correntão, sem falar nas licenças provisórias de funcionamento de atividade rural, que estariam sendo utilizadas para retirar embargos de áreas previamente autuadas pelo IBAMA devido a crimes ambientais”, explica Cristiane Mazzetti, da Campanha Amazônia do Greenpeace. “É quase um convite à destruição”, comenta Mazzetti.

Clique no link e veja os efeitos danosos


Neste dia da Amazônia, é importante refletir sobre o papel da floresta para a sociedade. Mais de 160 anos se passaram desde que a Província do Amazonas foi criada, mas o Brasil parece encarar a floresta da mesma maneira que a Coroa: como uma região a ser explorada a qualquer custo. Hoje sabemos que ela vale muito mais em pé do pilhada e queimada.

São outros tempos e o que sabemos hoje não pode continuar a ser ignorado. É necessário colocar fim ao desmatamento, a degradação florestal e as queimadas. Ou mudamos o rumo para proteger a Amazônia, e garantir que serviços essenciais à toda a sociedade continuem sendo gerados, ou assistiremos à nossa destruição.

Junte-se ao movimento pelo Dematamento Zero,saiba como se mobilizar pelo fim do desmatamento nas florestas Brasileiras.

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Mu®illo diM@tto

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Exército será multado em R$ 40 mil por morte de onça em Manaus...

Onça-pintada foi abatida após participar do revezamento da Tocha Olímpica. Multa foi aplicada pelo IPAAM; animal não tinha autorização para ser exibido.


Juma foi exposta ao público, com correntes, na entrada de uma trilha (Foto: Matheus Castro)

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) informou nesta quinta-feira (7) que o relatório técnico sobre a morte da onça pintada Juma, morta durante o revezamento da tocha olímpica em Manaus, foi concluído. O órgão determinou multa de R$ 40 mil ao Exército Brasileiro por falhas em procedimentos que resultaram no abate do animal. O Exército pode recorrer.

A onça, que era mascote do 1º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), foi morta por um soldado no dia 20 de junho, após exposição no evento. Ela foi baleada depois de escapar da coleira que a prendia e avançar contra um militar. O caso ocorreu no momento em que ela era transportada para a jaula.

De acordo com o IPAAM, a multa atinge o Comando Militar da Amazônia (CMA), o 1º BIS e Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS).

O IPAAM informou que o CMA foi autuado em R$ 5 mil por contribuir para a utilização de um espécime da fauna silvestre nativa sem a autorização do órgão ambiental competente

O CIGS foi autuado em R$ 5 mil por utilizar o animal sem a autorização do órgão ambiental competente

Enquanto o 1º BIS recebeu três multas: uma de R$ 5 mil por transportar o animal sem autorização, outra de R$ 5 mil por mantê-lo em cativeiro sem a devida autorização; e outra de R$ 20 mil por construir e fazer funcionar mantenedouro da fauna sem a licença do órgão ambiental.

As multas estão baseadas na Lei Federal de Crimes Ambientais 9.605/1998 e no Decreto 6.514/2008.

O relatório técnico do IPAAM será remetido ao Ministério Público Federal (MPF) para que medidas cabíveis sejam tomadas. O IPAAM diz ainda que o CMA já foi notificado das infrações. O G1 aguarda retorno do Exército em Manaus.
"Os autuados terão 20 dias para apresentar a defesa e, depois desse prazo, podem recorrer ao IPAAM e ao Conselho Estadual de Meio Ambiente".
 Informou o órgão.

Relatório:

O relatório técnico apontou que foram feitas quatro tentativas de sedar o animal em fuga, sendo alvejado com apenas um dos dardos.

"O que ocorreu no incidente foi que um dos mosquetões, uma estrutura metálica que prendia a coleira se soltou, por apresentar uma falha. Neste momento ela escapou dos tratadores. Temos o laudo da necropsia que diz que foram dados os tiros na região frontal. Não foi que o animal fugiu e atiraram por trás. Ele (o animal) estava correndo na direção da pessoa que atirou”. 

Disse o gerente de Fauna do IPAAM, Marcelo Garcia, por meio da assessoria.

O dinheiro das multas será destinado ao Fundo Estadual de Meio Ambiente que utiliza os recursos para promover diversas ações ambientais no Amazonas, como compra de equipamentos, recuperação de áreas, degradadas e projetos de fiscalização.

A Gerência de Fauna do IPAAM ressaltou que as seis onças do CIGS estão todas com chips e as devidas autorizações do órgão ambiental.

Multas:

Comando Militar da Amazônia- CMA:
Autuado em R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por concorrer para a utilização de um (01) espécime da fauna silvestre nativa sem a autorização do órgão ambiental competente.

Centro de Instrução de Guerra na Selva – CIGS:
Autuado em R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por utilizar de um (01) espécime da fauna silvestre nativa sem a autorização do órgão ambiental competente.

1º Batalhão de Infantaria de Selva (Aeromóvel) - 1º BIS Amv:
Autuado em R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por transportar um (01) espécime da fauna silvestre nativa sem a autorização do órgão ambiental competente.

Autuado em R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por ter em cativeiro um (01) espécime da fauna silvestre nativa sem a autorização do órgão ambiental competente.

Autuado em R$ 20.000,00 (vinte mil reais) por construir e fazer funcionar mantenedouro da fauna silvestre nativa sem a licença do órgão ambiental competente.

Entenda o caso:

A onça foi abatida pelo Exército após fugir e avançar contra um militar, informou o Comando Militar da Amazônia (CMA). O fato ocorreu na segunda-feira (20), após o local receber o 'Tour da Tocha'. Juma era mascote do 1º Batalhão de Infantaria de Selva (1º BIS) e tinha entre 8 e 9 anos.


"A onça-pintada 'Juma', mascote do 1º Batalhão de Infantaria de Selva (1º BIS), estava, por coincidência, no Centro de Veterinária do CIGS no mesmo dia do evento, para realização de revisões e cuidados da saúde como, por exemplo, a limpeza da cavidade bucal e a medição biométrica para acompanhamento do estado de higidez da onça".
 Cita nota enviada pelo Exército.

Segundo o CMA, a onça escapou no momento em que o CIGS estava fechado para visitas. Uma equipe de militares composta de veterinários especializados tentou resgatar o animal. Porém, mesmo atingido com dardos tranquilizantes, Juma se deslocou em direção a um militar e foi realizado um tiro de pistola por medida de segurança. O animal morreu no local.

Ambientalistas criticaram o ocorrido. Ao G1, Diogo Lagroteria, analista ambiental especializado em fauna silvestre e veterinário, disse que, mesmo com anos de treinamento e em cativeiro, a onça nunca poderá ser considerada um animal domesticado
"O incidente no Cigs aconteceu pelo simples fato dele [o animal] ser uma onça. Animais selvagens sempre serão animais selvagens. Não tem como prever a reação deles nesse tipo de situação". 
Disse o analista ambiental ao G1.

Comitê Olímpico:

A Organização dos Jogos Olímpicos Rio 2016 se pronunciou na terça-feira (21) sobre a morte da onça Juma
"Erramos ao permitir que a Tocha Olímpica, símbolo da paz e da união entre os povos, fosse exibida ao lado de um animal selvagem acorrentado". 
Admitiu o comitê.

Em nota divulgada em sua página no Facebook, a Rio 2016 disse que o ocorrido "contraria as crenças e valores" da organização.

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Minha observação:

Só tenho duas coisas a dizer... 

1º) Por que o Comitê Organizador das Olimpíadas Rio 2016 também não foi autuado?! 
2º) Por que somente após a morte do pobre animal é que o exercito foi autuado por manter um animal em cativeiro?! 

E para concluir...


Juma é mais um pobre e inocente animal que entra na triste estatística de escravidão, descasos e maus tratos perpetrados pelo homem. Lista essa que deveria ir para a consciência de todos algozes e omissos... mas é certo, nenhum desses não tem mais nada que possa lembrar o quê é de fato ter consciência...

É possível dar ordem ao caos.
 Pense verde, o planeta azul agradece.
Abraços, sempre!!!...

Mu®illo diM@tto

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Projeto de lei do Desmatamento Zero é entregue no Congresso

Repassando e-mail...

É a primeira vez que a sociedade leva à casa uma proposta de lei pelo fim do desmatamento nas florestas do país. O projeto conta com o apoio de ONGs, entidades religiosas, artistas e mais de 1,4 milhão de brasileiros.

Assista ao vídeo: https://youtu.be/GkiDzs2ulBk

Crianças, homens e mulheres, árvores, bichos e plantas tomaram o Salão Verde do Congresso Nacional para dar um recado claro: chega de derrubar nossas florestas. Chega de comprometer nosso futuro! Assim, representando o que o Brasil tem de melhor, o Greenpeace, voluntários e parceiros entregaram à Casa Legislativa o Projeto de Lei pelo Desmatamento Zero.

Acesse, assine a petição e compartilhe


O momento histórico é resultado da mobilização de mais de 1,4 milhões de brasileiros que, desde 2012, vem coletando assinaturas, para levar o projeto ao Congresso Nacional. O ato de entrega da proposta, que proíbe o corte de florestas nativas no Brasil, ocorreu na tarde desta quarta-feira e contou com a presença de representantes de entidades religiosas e movimentos sociais, além de personalidades como os atores Caio Blat, Jorge Pontual, Paulo Vilhena, Maria Paula, a pintora e cantora Luísa Matsushida (Lovefoxxx) e da funkeira Valesca Popozuda.

Verdadeiramente acredito que podemos criar um futuro melhor para nossos filhos e para as gerações futuras protegendo os maiores bens do planeta Terra. Se cada um fizer a sua parte, construiremos esse futuro juntos", defende Letícia Spiller, atriz e embaixadora do Greenpeace pelo Desmatamento Zero.

Para marcar o momento, ativistas do Greenpeace realizaram uma intervenção artística no Salão Verde do Congresso, com a montagem de um mural de 2,16 de altura por 6,71 de comprimento, formada por mais de 6 mil fotos enviadas pelas pessoas que colaboraram com a campanha, com a mensagem “Desmatamento Zero já!”.

Veja mais: 

São milhares de brasileiros dizendo que não toleram mais o desmatamento. Entregamos este projeto ao Congresso e está na hora deles refletirem o desejo da população. Temos espaço para nos desenvolver sem derrubar nossas florestas”, diz Cristiane Mazzetti, da Campanha Amazônia do Greenpeace. “A democracia se faz com a garantia de acesso aos recursos naturais a todos, destas e das futuras gerações. Por isso, acabar com a destruição de nossas florestas é essencial”, afirma.

Assinei a petição em 2012 e confesso que tinha certa ansiedade de vê-la concluída. Certamente este será um passo importante para o objetivo de zerar o desmatamento no Brasil e aí começar um novo projeto de desenvolvimento para o país, que não seja fundamentado na destruição ambiental. É um grande momento para nós da Amazônia, para a sociedade brasileira e eu diria que para o mundo todo”, disse o senador João Capiberibe (PSB/AP).

Recentemente, algumas das maiores ONGs do Brasil publicaram em conjunto um manifesto em favor do Desmatamento Zero, considerado pelo grupo como “necessário e factível”. A destruição das florestas, somada às mudanças climáticas, pode provocar secas prolongadas em diferentes regiões do Brasil e reduzir a produção agrícola brasileira, gerando um grande impacto socioeconômico. Já em 2020 a produção agrícola poderá sofrer um prejuízo anual na ordem de R$ 7,4 bilhões, como consequência da redução de chuvas em diferentes regiões. A escassez afeta também a geração de energia hidrelétrica e compromete o abastecimento de água e a qualidade de vida para milhões de pessoas que vivem nas grandes cidades.

Este projeto reabre uma discussão importante aqui dentro, para que possamos confrontar aqueles que não tem noção dos direitos difusos da sociedade e até dos seus próprios benefícios, como os ruralistas, que também saem perdendo com o desmatamento, já que a destruição florestal prejudica o regime de chuvas”, aponta o deputado José Sarney Filho, (PV/MA), líder da Frente Parlamentar Ambientalista. “Espero que o projeto possa mobilizar e sensibilizar o Congresso Nacional. É um momento importante para que possamos continuar pressionando, não apenas por pequenas mudanças e costuras de apêndices, mas pensar em uma mudança profunda”, afirma Dom Guilherme Antônio Werlang, da CNBB.

A entrega do projeto marca um importante momento na luta para salvar as florestas, mas apenas com apoio de todos os setores da sociedade conseguiremos levá-lo adiante. O Brasil precisa parar de enxergar suas florestas como um empecilho ao desenvolvimento e passar a encará-las como essenciais para o futuro do país e da estabilidade do clima mundial. Todos juntos para que o Desmatamento Zero vire realidade no Brasil.


Um abraço,
Roberta Ito
Greenpeace Brasil

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segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Da Amazônia a Taiji....





Pela terceira vez, se não me engano, eu parei para assistir o curta-metragem brasileiro, chamado The Red Alert – Slaughter of Amazon River (O Alerta Vermelho - O abate do Rio Amazonas), produzido em parceria com a AMPA - Associação dos Amigos do Peixe-boi, a LMA/INPA e por Eduardo Gomes (conhecido também como Nativo), que é também o narrador do vídeo. A AMPA inicialmente foi criada com o objetivo de proteger o majestoso peixe-boi do risco de extinção, mas o documentário, no entanto, não aborda a situação desse belíssimo animal, e sim de outro, tão simpático quanto, mas só que com um pouco mais de carisma, já que esse interage mais com a gente, como se fosse um cão dócil nos fazendo festa... falo de um esperto cetáceo, um mamífero aquático que é endêmico a Região Amazônica, o boto cor-de-rosa (Inia geoffrensis), e que é o maior golfinho de água doce do mundo, também conhecido como boto-vermelho, e que assim é tratado nesse documentário. 

Acho que justamente por ter essa qualidade festeira, e por uma aguçada curiosidade, é que o boto-vermelho é uma presa fácil... e portanto, alguns homens, na qualidade de pescadores, se prevalecem disso, capturam-no e o matam. O vídeo, no entanto, e que bom por isso, revela que nem todos os pescadores adotam essa prática cruel

A priori, o pensamento que vem é que seria para o sustento deles, mas não é, pois que ninguém o come... ele é capturado para servir de isca para a piracatinga (Callophysus macropterus), ou urubu d’água... uma espécie de bagre facilmente encontrada nos rios amazônicos, e por isso, talvez, exista hoje essa procura tão grande por sua pesca, já que há em abundância. 

É de conhecimento geral que alguns pescadores não gostam do boto, por esse destruir as suas redes de pescas, justamente pela facilidade de pegarem os peixes que ali estão presos, e com isso, talvez, o tenham escolhido para servir de isca, mesmo que haja uma explicação cientifica para essa atitude, a de que o boto exala muito rápido um forte odor, depois de morto, e como as piracatingas são atraídas por carniça, a captura dessas é mais rápida ainda, usando esse processo. Como diz em um trecho do site da AMPA:
"Além de ilegal, imoral e cruel, a caça tem afetado drasticamente as populações dos botos da Amazônia. Há registros de caçadores, especializados em botos, que matam mais de 20 animais, por expedição, para serem comercializados com ribeirinhos".
O resumo do documentário é isso: a questão ambiental de que botos são mortos para servirem de isca, e isso pode levá-los a extinção, e a questão da condição social de que muitos sobrevivem somente através da pesca, por não terem opção de sustento, também não é esquecida... e aqui cabe um parêntese, que nesse pacote, jacarés, também são usados como iscas, e que também merecem ser salvos, é claro.

Nessa prática, com certeza, não são os pescadores que mais lucram, e sim os grandes frigoríficos de Manaus - AM. E que essa questão socioambiental tem que ser revista por governo e sociedade... e não somente os de lá, e sim de todo o país, afinal a nossa unidade tem que se fazer valer para alguma coisa que não seja somente o futebol

Gostaria de ver nosso povo unido em prol de causas assim, com a mesma intensidade que há para se defender e torcer por um time. Será que chegaremos a esse nível de consciência um dia? 




Quando parei para assistir esse “pequeno documentário”, mas que muito diz, eu o fiz por que cuidava de um outro assunto, meio que parecido com esse, só que lá do outro lado do planeta, precisamente em Taiji, sul do Japão, aonde de setembro até maio, acontece a matança anual e cruel de golfinhos de varias espécies, onde a mais visada é o golfinho-rotador (Stenella longirostris).

Essa prática, essa matança brutal, que é considerada por alguns habitantes de Taiji, como cultural, já foi muito bem abordada em um documentário espetacular: A Enseada (The Cove), lançado em 2009, e cuja repercussão foi tanta, que ganhou, entre outros prêmios, um Oscar em 2010 na categoria de melhor documentário do ano

O filme é dirigido por Louie Psihoyos, e mostra na prática um grupo de ativistas, liderados por Ric O'Barry, (ex-treinador de golfinhos e que chegou até a trabalhar em Flipper, um sériado da década de 1960). 

Este grupo enfrenta a hostilidade da Yakuza (a máfia japonesa), da policia e dos pescadores locais, tudo para que ninguém chegue aonde os golfinhos são mortos com requintes de crueldade, e assim não obterem o registro do extermínio sangrento desses animais para divulgação, pois como o vídeo mostra, o resto do povo do Japão não tinha conhecimento do fato. 

Os animais capturados são utilizados para diversos fins, um deles é a venda para os grandes aquários do mundo, que os expõem, o outro “era” a venda (ou doação) da carne para a merenda escolar, onde crianças eram servidas sem que se observassem, no entanto, o nível de toxinas presentes nesses animais, pois infelizmente, os golfinhos que mergulham nessas águas se contaminam com mercúrio, o que leva o documentário a tratar de uma outra questão, que ficou conhecida como o Desastre de Minamata, e que causou a doença que recebe o mesmo nome dessa baia, também localizada no Japão. A causa foi algo lá pela década de 1930 quando a indústria de nome Chisso, acobertada pelo governo japonês, lançava dejetos contendo mercúrio na Baía de Minamata

O documentário tem apelos e cenas marcantes... é uma aula e um exemplo na luta pela preservação dessa espécie simpática e inteligente


Ric O'Barry

Eu preciso fazer aqui um comparativo: tanto uma questão quanto a outra, mostra o descaso de alguns sobre como não preservar o que é merecedor de todo o respeito, a vida de seres importantíssimos, e também de como as pessoas alienadas aos fatos são conduzidas a realizá-los, sem que se perceba o quanto isso pode ser danoso ao ambiente e a elas próprias (só não entendo como são indiferentes a violência?!). 

A falta de orientação e a pouca condição financeira de muitos, permitem que uma minoria, mal intencionada e mais abastada, use, através de meios ardilosos, práticas que lhes deem o lucro certo, mesmo não importando a forma e os resultados prejudiciais causados por seus atos. E quando isso acontece, a condição social dos envolvidos é automaticamente analisada, e verdadeiramente até, como um “obstáculo”, para que a questão ambiental não seja prontamente autuada e solucionada... é onde ocorre a “pausa”, para que assim, aqueles que são os mandantes se aproveitem e estruturem novos artifícios judiciais, que quando elaborados, sejam impostos e prolonguem a causa, talvez até por anos... é a esperteza do capital, sobre a inocência (nem sempre) do necessitado e a incapacidade (ou conveniência) dos governos

Essa é uma luta que tem que ser vista de cima para baixo, mas como? Eu pergunto. Usando a justiça, como ferramenta plena, para que a aplicabilidade, não corrupta, das leis seja cumprida... o que me leva a uma outra pergunta: como de fato se consegue isso?! Respondo: Lutando sem desistência... pois a perseverança nos impulsionará de modo que a justiça que queremos empregar não tenha como ser falha... é isso que a AMPA nos ensina, é isso que fazem Eduardo (Nativo) Gomes e Ric O'Berry e equipe....

Links de sustentação, faça a sua pesquisa:

O documentário The Red Alert:

Conheça o site da AMPA, e saiba como ela está tratando essa questão e outras mais referente aos nossos mamíferos aquáticos – Contém a reportagem do Fantástico sobre a matança de golfinhos:

Pesquisa Google sobre o documentário A Enseada (The Cove):

Assista A Enseada (The Cove) - Documentário que denuncia a mortandade de golfinhos no Japão:

Pesquisa sobre o Desastre de Minamata:


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