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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Tatiana de Carvalho, uma guerreira da paz.



Foto de Tatiana de Carvalho, extraída do e-mail recebido pelo Greenpeace

Quanto mais eu digo que não lido muito bem com a morte, mas parece que ela insiste em se mostrar. Esse ano eu, e muitos, tivemos perdas irreparáveis... tanto é que uma delas, o meu fiel escudeiro, meu amigo canino chamado Thor, falecido em julho deste ano, me afastou, até agora, das palavras que costumo despejar aqui e em meus outros três blogs... mas hoje, abrindo minha caixa de e-mail, me deparei com uma notícia muito da triste, que me fez acordar e ver que o mundo continua girando, mesmo que alguns queiram que ele pare. A noticia ruim fui um baque, tanto para mim, quanto para os guerreiros da paz do Greenpeace, Avaaz, WMF, ONGs e ativistas de toda área socioambiental, pois um desses guerreiros da paz... na verdade para ser mais especifico, uma guerreira da paz, Tatiana de Carvalho, de 36 anos, morreu neste último domingo, dia 07 de outubro de 2012. Ela caiu de uma cachoeira localizada em Poço Azul, que fica em uma área de lazer próxima ao km 105 da estrada DF-001, em meio a Taguatinga e Brazilândia, no Distrito Federal. Eu e Tatiana trocávamos muitos e-mails sobre as questões ambientais, e durante esse período ela se mostrou digna do que gostava de fazer, pois longe desse modismo todo que anda aflorando na mídia, mas que não tem o real compromisso com a verdade e com luta para um mundo melhor, e sim puramente por ibope, Tatiana era, e por muito tempo ainda será, aquela pessoa que fez, e fará, a diferença... e isso será notado e muito, pois essa incansável guerreira de pé no chão, e asas em seu idealismo vigoroso, é uma daquelas poucas pessoas em que pensamos se realmente podem ser substituídas. E como bem diz a parte do e-mail que recebi de Marcelo Furtado, diretor executivo do Greenpeace: Os últimos dias foram de um vazio indescritível nos escritórios do Greenpeace. Tatiana de Carvalho, uma das nossas mais antigas ativistas no Brasil, faleceu no domingo passado após um acidente em uma cachoeira próxima a Brasília. Há 10 anos no Greenpeace, Tatiana lutou na campanha por um Brasil Livre de Transgênicos e, com a mesma garra, batalhava atualmente pelo Desmatamento Zero. Dos corredores sisudos do Congresso Nacional aos labirintos da Amazônia, Tati nunca mediu esforços para que a floresta e seus povos fossem protegidos. E tudo isso com uma autenticidade e energia que pouco se vê no mundo de hoje.”

É... em nossas conversas, sempre sobre as causas ambientais, era claro o seu idealismo humanista sobre o planeta, pois ela não separava o quesito social do ambiental, e isso era uma coisa em que eu muito admirava, e ainda admiro nela. Garra, perseverança, sensibilidade e objetividade, foram e sempre serão sinônimos de sua luta... luta essa que com certeza não irá morrer, pois Tatiana foi, e ainda será, exemplo para muitos que trilham, e trilharão, esse árduo caminho da conscientização de que o planeta agoniza e os responsáveis por ele somos nós, seja lá em qual seguimento da sociedade em que estivermos. Meus sentimentos para sua parentela e a todos aqueles que direta e indiretamente conheceram e conviveram com essa mulher de forte brio e alma auxiliadora, um dos poucos anjos que resolveram habitar entre os homens.

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É possível dar ordem ao caos!
Abraços, sempre!!!
Mu®illo diM@tto≤

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