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Casimiro de Abreu, Rio de Janeiro, Brazil

domingo, 27 de maio de 2012

Um grito que vale 120 milhões de dólares


A questão é: vivemos em uma sociedade, seja ela capitalista, socialista, a quer for, o objetivo é sempre o mesmo: governo e governados. Desde que o homem se descobriu como um ser sociável tem sido assim, mas que infelizmente, como individuo, discorda um do outro em quase todos os quesitos implementados na administração que há em uma sociedade, e é isso que contrapõem a soberania de uma qualidade de vida em que possamos viver bem e em paz. Por isso há toda essa diferença social, por que nunca concordamos de fato em como conduzir uma cidade, um estado, um país..., um planeta. Os ideais de uns pode ser o perigo de outros, e assim vamos todos. Há os que defendam filosofias políticas que já vimos que na teoria são esplendorosas, mas que na prática a nossa soberba não as deixam ser como de fato deveriam, nesse caso posso usar o socialismo/comunismo como exemplo, e Karl Max nada tem de culpado na história, ele como pensador fez a parte dele. Por outro lado o capitalismo há muito se mostra desumano, por que favorece o crescimento de uns e sufoca a tentativa de muitos de almejarem uma vida de melhor qualidade, pois não é um regime igualitário, e nesse meio todo, há aqueles que já alcançaram status de milionários, com seus grupos empresariais envolvidos em assistências sociais mascaradas! Do outro lado, governos distribuindo incentivos fiscais para que isso aconteça. Só que isso funciona como uma grande e hipócrita esmola. É a ditadura do nobre sobre a falta de sorte do pobre. Governos ganham com isso, afinal se ele acabar com as desigualdades sociais não haverá discurso para a próxima campanha política. E assim acabamos acreditando nesse conceito ridículo da falta de sorte. 
O Grito de Edvard Munch

É preciso que lutemos, mas sempre no campo das idéias, para que revejamos o quanto nossas filosofias políticas não nos servem mais, pois é inadmissível não somente um cidadão comprar um quadro que vale 120 milhões de dólares, mesmo que este quadro seja o belo O Grito de Edvard Munch (1863-1944), uma das pinturas que mais representa o expressionismo, e que com certeza tem o seu valor merecido e garantido como obra, mas enquanto que pessoas, que mesmo a base de todo esforço empregado por elas, vivam a baixo da linha da pobreza, é insustentável, é inadmissível atitudes como essa. Aqui, no entanto, existem outros parâmetros torpes: jogadores de futebol, basquete, golf, corredores de varias modalidades automobilísticas, modelos e atores de cinema, recebem fortunas enquanto que outros que os admiram e batem palmas para que estes mantenham seus altos padrões de vida, que com certeza foi galgado com muito esforço, só que estes que aplaudem, ganham misérias; países mantem famílias sob a tutela de que estes sejam nobres príncipes e reis, dando-lhes mordomias a troco de que eles apareçam distribuindo sorrisos e manifestações de carinho em público aos súditos menos favorecidos ou em comunidades do terceiro mundo, e ainda são aplaudidos por isso..., pois é, em pleno século 21 ainda mantemos a ideia de reinado, da monarquia, seja ela parlamentarista ou não, eu acho que princesas e rainhas não nos cabem mais, é um mundo diferente agora, mesmo que muitos ainda não tenham percebido isso. O Haiti esmola para o mundo uma ajuda mais consistente e consciente e tem gente pagando milhões para um passeio ao redor da Terra. Então eu digo: a questão maior, é que vivemos em uma sociedade desgastada, e não tentamos melhorá-la de fato, com o afinco necessário para a sobrevivência de todos, e não isoladamente como bem fazem os países, que agem como empresas, e assim sob essa ótica, somos funcionários seus. É o paradoxo emocional. É o raciocínio paradoxal. Haja vista, as várias tentativas nesses fóruns internacionais sobre o meio ambiente, nunca há um consenso, mas para um país invadir o outro o consenso é rápido, é imediato. Todo ano despejamos milhões na fabricação de material bélico, em viagens espaciais, no pagamento de políticos que agem como se fossem superstares, enquanto outros milhões de pessoas passam fome, sede e não conseguem escapar dos mecanismos maquiavélicos que a sociedade lhes impõe, e isso em um planeta onde realmente o rico é o próprio planeta, é ele quem nos dá a verdadeira riqueza, de graça, o planeta, senhores é o verdadeiro multibilionário, e nós somos os pobres..., pobres pelo fato de que o nosso maior dom, que é o raciocínio, não é usado como convém, ou seja, com humanidade. O principio, no entanto, para que essas mudanças possam seguir de uma forma que todos tenham uma participação efetiva é que nossos políticos nos ouçam também, após eleitos, pois que muitos se ensurdecem voluntariamente para as opiniões dos que os elegeram. É hora de um consenso mundial! E devemos todos contribuir com opiniões que se encaixem dentro de um plano humanitário, onde todos se humanizem de fato com isso. A nossa saúde monetária é antes de tudo uma questão de meio ambiente, mesmo que isso pareça ilógico. Enquanto isso, vamos contribuindo com os percentuais que os nossos parcos salários permitem, pois somos incentivados a agir assim e nos sentimos bem com isso, quem sabe esses que pensam que são de fato milionários e os tantos governos com suas divisórias burocráticas tomem como exemplo de vida daqueles que passivamente morrem pela escassez da boa vontade.

Links de sustentação:

Site Pop & Art fala sobre a venda do quadro:

Site do Estadão também fala a respeito:
 
É possível dar ordem ao caos!
Abraços, sempre!!!...
Mu®illo diM@tto

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