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Casimiro de Abreu, Rio de Janeiro, Brazil

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

E mais um vez, Belo Monte


De novo com os olhos voltados para o Pará, precisamente para o município de Altamira, onde se constrói a polêmica Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em plena Floresta Amazônica, que "espera" por anos, o quê é chamado de progresso, receberá à custa de árvores tombadas e animais mortos e mudanças socioculturais, não tão favoráveis o quê dizem ser: a oportunidade para todos... 

Não é bem assim, pois o quê acontece em situações como estas, que não há como fazer uma coleta dinâmica de todos animais residentes na área, nem tão pouco da flora que estará a mercê de todo o terreno inundado... pois que não há serviço de alto-falante para aqueles que não entendem o aviso de perigo que uma inundação eminente oferece, até que ela chegue... e a água, que não pede licença, quando chega só tem um termo que defina: destruição

A maior questão de Belo Monte, no entanto, é o que todos parecem esquecer, é que ela terá o porte e o investimento de uma super hidrelétrica, até então a terceira do mundo, o quê até agora não é mais, só perderá somente para Usina Hidrelétrica de Três Gargantas na China e a de Itaipu, aqui mesmo no Brasil, mas não funcionará como uma gigante, pois que no período de seca, comum a região, ficará desliga por seis meses a cada ano. 

Outra coisa que entristece é que a flora contida naquele espaço se perderá sem direito ao replantio, pois a vida não se substitui, o quê é morto aqui não pode ser compensado ali... e não é mato simplesmente, é vida, e se preocupar com isso é se preocupar com gente... não há como fazer essa separação... pois essa é a conjunção da vida: ar, água, solo e biótica, ou seja, todos os seres vivos... e pelo que me consta, nos humanos, ainda estamos respirando.

Na questão do verde é isso, as árvores que serão replantadas, se forem, mesmo que sejam da mesma espécie, não serão as mesmas, pois cada árvore é um indivíduo, é uma vida única... como todos os animais são, e como o homem também o é... e isso é uma questão de pura ética, pois o progresso não pode ser pago com tantos danos ambientais que venham a adoecer a sociedade. A vida em qualquer esfera é cara demais, e a derrubada de árvores naquela região, ou em qualquer outra, é assassinato. Existem microecossistemas inteiros em menos de um metro quadrado de mata...  e neles podem conter espécies tanto da flora, quanto da fauna, que a ciência muitas das vezes nem catalogou ainda, e com continuadas atitudes como essa, outras mais também não catalogará

Há outro agravante e que também não falam muito, é a questão do clima, pois é fato que haverá mudanças climáticas devido ao desmatamento, mesmo que alguns digam que não, isso acontece! Pois que ainda, mesmo que muitos considerem pouco a área desmatada, a mudança de comportamento do curso d’água influi, e muito, assim como a perda da vegetação, é lógico... e a Região Amazônica, como um tudo, é a maior responsável pelo quadro de chuvas nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, assim como também para alguns países da América do Sul, pois existem os tais corredores de ventos, os chamados RiosVoadores, que trazem as nuvens do Oceano Atlântico passando pelo litoral do Nordeste até a Região Amazônica e assim ao esbarrarem nos Andes descem às regiões já citadas...sem falar que também poderá afetar o clima no Peru, mesmo que esse seja pouco agraciado pelos Rios Voadores que nos trazem as chuvas.

Mudanças climáticas aconteceram em nosso país quando acabaram com Sete Quedas, que trazia a promessa de que ficaríamos com energia suficiente para não sei quantos anos mais. Então, creio que não será muito diferente com Belo Monte, mesmo que ao redor ainda permaneça muito da vegetação...

Eu sei que muitos dos que criticam a construção, talvez até o façam mesmo por simplesmente "ouvir falar", mas isso demonstra que mesmo sem conhecimentos técnicos, esses que criticam, fazem por algo maior, o amor a natureza, e que de uma forma ou de outra percebem o quanto é complexo o mosaico vegetacional de nosso extenso território... além do que, muitos sabem que o progresso que destrói tem um antônimo característico: regresso.


Desde 1975, em pleno regime militar, quando surgiu o esboço da probabilidade da construção desse baú sem fundo, desse elefante branco, já houve quem fosse contrário a ideia... atualmente poderia aqui citar, Marina Silva, Ignácio de Loyola Brandão, Marcos Palmeira, Milton Santos, entre outros... mas sem querer desmerecer ninguém, apenas reforço com o nome de Aziz Ab'Saber, brasileiro, apesar do nome, e grande geógrafo de renome internacional, nome esse que já vale por muitos, mas que infelizmente já é falecido... grande perda. Ab’Saber, disse categoricamente que essa obra: “é um grande desastre ambiental”

E sem querer ofender quem é contra, eu penso que só aceitamos determinadas coisas quando nosso grau de interesse é maior que nossa própria consciência. Para todos  que levantam a bandeira de que a construção de Belo Monte é a solução econômica para a região, e a solução energética para alguns pontos do Brasil, e não conhecem o local, deem uma chegadinha por lá... o progresso tão esperado e já "anunciadamente" bem recebido, trouxe para Altamira a prostituição escrava envolvendo menores de idade, a criminalidade, o aumento do custo de vida... um imóvel lá está custando uma fortuna, invejável a qualquer metro quadrado no bairro nobre de Ipanema, no município do Rio de Janeiro, o quê denota que Belo Monte vai jogar o lixo para debaixo do tapete dizendo: é o preço. 

Na luta contra o êxodo rural é assim que esse país reage, segurando a população de um lugar custando o quê custar e criando promessas para os que partiram voltarem. Para terminar, mesmo tendo muito ainda a dizer, como a ameaça de inundar os depósitos de argila usados nas olarias, onde sem tem a atividade artesanal, historicamente praticada no Vale dos Igarapés que envolvem gerações de oleiros, cuja tradição vem sendo repassada de pai para filho... 

Caberá as populações futuras ver quem realmente estava com a razão... no entanto, que estas gerações já tenham aprendido que existem outras formas de se criar energia, as chamadas de sustentáveis, que sempre serão as melhores opções, os raios de sol e os ventos de todos os dias nos lembram isso, mesmo que essas não sejam uma forma de energia 100% limpa como muitos pregam. Porém, como todos, agimos hoje como bons políticos, fingimos não ouvir e nem ver nada... nem a razão, nem a verdade, nem as opções e nem a vida saudável, que pode ficar doente a qualquer hora... pena isso. 

Quanto ao índios da região, personagens de um Brasil que já foi (e ainda é) de tantos senhores, são seculares na arte da sobrevivência... e creio que eles, com os seus discursos em defesa do seu chão terão também, a qualquer momento, as palavras que farão todos pensarem sobre o insucesso certeiro de todos esses governos que apoiaram os tantos pontos negativos da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.

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Cronologia (extraída do Wikipédia)

1975
Iniciados os Estudos de Inventário Hidrelétrico da Bacia Hidrográfica do Rio Xingu.

1980
A Eletronorte começa a fazer estudos de viabilidade técnica e econômica do chamado Complexo Hidrelétrico de Altamira, formado pelas usinas de Babaquara e Kararaô.

1989
Durante o 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, realizado em fevereiro em Altamira (PA), a índia Tuíra, em sinal de protesto, levanta-se da plateia e encosta a lâmina de seu facão no rosto do presidente da Eletronorte, José Antônio Muniz, que fala sobre a construção da usina Kararaô (atual Belo Monte). A cena é reproduzida em jornais e torna-se histórica. O encontro teve a presença do cantor Sting. O nome Kararaô foi alterado para Belo Monte em sinal de respeito aos índios.

1994
O projeto é remodelado para tentar agradar ambientalistas e investidores. Uma das mudanças preserva a Área de gozação Indígena Paquiçamba de inundação.

2001
Divulgado um plano de emergência de US$ 30 bilhões para elevar a oferta de energia no país, o que inclui a construção de quinze usinas hidrelétricas, entre elas, Belo Monte. A Justiça Federal determina a suspensão dos Estudos de Impacto Ambiental (EIA) da usina.

2002
Contratada uma consultoria para definir a forma de venda do projeto de Belo Monte. O presidente Fernando Henrique Cardoso critica ambientalistas e diz que a oposição à construção de usinas hidrelétricas atrapalha o País. O candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva lança um documento intitulado O Lugar da Amazônia no Desenvolvimento do Brasil, que cita Belo Monte e diz que "a matriz energética brasileira, que se apoia basicamente na hidroeletricidade, com megaobras de represamento de rios, tem afetado a Bacia Amazônica". (só que Lula, quando passou a ser situação se esqueceu que era contra) .

2006
O processo de análise do empreendimento é suspenso e impede que os estudos sobre os impactos ambientais da hidrelétrica prossigam até que os índios afetados pela obra fossem ouvidos pelo Congresso Nacional.

2007
Durante o Encontro Xingu Para Sempre, índios entram em confronto com o responsável pelos estudos ambientais da hidrelétrica, Paulo Fernando Rezende, que recebe um corte no braço. Após o evento, o movimento elabora e divulga a Carta Xingu Vivo para Sempre, que especifica as ameaças ao Rio Xingu e apresenta um projeto de desenvolvimento para a região e exige sua implementação pelas autoridades públicas. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região, de Brasília, autoriza a participação das empreiteiras Camargo Corrêa, Odebrecht e Andrade Gutierrez nos estudos de impacto ambiental da usina.

2009
A Justiça Federal suspende licenciamento e determina novas audiências para Belo Monte, conforme pedido do Ministério Público. O IBAMA volta a analisar o projeto e o governo depende do licenciamento ambiental para poder realizar o leilão de concessão do projeto da hidrelétrica, previsto para 21 de dezembro. O secretário do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, propõe que o leilão seja adiado para janeiro de 2010.

2010
A licença é publicada em 1º de fevereiro. O leilão foi realizado em 20 de abril, sendo vencedor o Consórcio Norte Energia S/A, com lance de R$ 77,00 por MWh. Em 26 de agosto é assinado o contrato de concessão.

2011
Em 26 de janeiro, o IBAMA concede à Norte Energia uma licença válida por 360 dias para a construção da infraestrutura que antecede a construção da usina. Em 18 de fevereiro é assinado o contrato das obras civis. Em 1º de junho o IBAMA concede a licença de instalação.

2015
Em outubro, o consórcio Norte Energia informou que o início de operação não ocorreria em novembro devido a um atraso no Sítio Pimental, uma das casas de força da usina e que seria a primeira a entrar em operação. Segundo o consórcio, o atraso ocorreu devido à falta da Licença de Operação (LO), expedida pelo IBAMA.

2016
Em fevereiro, iniciou-se a operação da primeira turbina da usina, em caráter de testes, com previsão de operação comercial até o inicio de março.

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E após toda essa cronologia ai, o site G1 anunciou, em 08 de agosto de 2016, que Belo Monte iniciou o funcionamento da sua 5ª turbina, tornando-se assim a 4ª maior usina hidrelétrica em atividade no mundo, e com isso vai gerar energia para 60 milhões de pessoas. O quê mesmo assim, eu pergunto: isso vale as vidas que se foram?
  
Links de sustentação:








É possível dar ordem ao caos.

 Pense verde, o planeta azul agradece.

Abraços, sempre!!!...
Mu®illo diM@tto
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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Repassando postagem: Petição Salve o Ártico!





O Ártico, que já derrete, 
está ameaçado pela exploração de petróleo, 
pesca predatória e pela guerra.


A nova corrida pelo petróleo no Ártico está começando. Shell, BP, Exxon, Gazprom e outras companhias petrolíferas querem assumir os riscos de um vazamento de petróleo catastrófico no Ártico por apenas três anos de suprimento do combustível.
As mesmas empresas de energia suja que causaram o derretimento do Ártico querem lucrar com o desaparecimento do gelo na região. Essa nova ”fronteira de exploração” tem um potencial de produção de 90 bilhões de barris de petróleo. É uma montanha de dinheiro para as empresas, mas supre apenas três anos de consumo para o mundo. Documentos governamentais previamente confidenciais dizem que lidar com derramamentos de petróleo em águas geladas é "quase impossível" e erros inevitáveis arruinariam os frágeis ecossistemas do Ártico. Para perfurar poços de petróleo no Ártico, as companhias petrolíferas têm de tirar icebergs do caminho de suas plataformas, além de usarem tubos gigantes com água morna para derreter o gelo flutuante. Acontecer mais um vazamento de petróleo catastrófico é apenas uma questão de tempo. Nós vimos o dano causado pela Exxon Valdez na região e o desastre da Deepwater Horizon, no Golfo do México. Não podemos deixar que isso se repita no Ártico.


DERRETIMENTO DO GELO DO ÁRTICO.

O gelo do Ártico, do qual todos nós dependemos, está desaparecendo. Rápido. Nos últimos 30 anos, perdemos três quartos das calotas de gelo flutuantes do topo do mundo.

Por mais de 800 mil anos, o gelo do Ártico é um elemento permanente do oceano. Ele está derretendo por causa do uso de combustíveis fósseis. Em um futuro próximo, o Ártico pode ficar sem gelo pela primeira vez desde que os humanos pisaram na Terra. Isso seria devastador não só para as populações de ursos polares, narvais, morsas e outras espécies que vivem lá - mas para o resto de nós também. O gelo no topo do mundo reflete muito do calor do Sol de volta para o espaço e, assim, mantém todo o nosso planeta resfriado, estabilizando os sistemas climáticos, dos quais dependemos para cultivar alimentos. Proteger o Ártico significa proteger a todos nós.

A queima do petróleo causa o derretimento do gelo

Ajude o Ártico, acesse sempre o site do Greenpeace

sábado, 16 de fevereiro de 2013

O Preconceito e a Mídia...

Foto extraída da página do Facebook, Pata Branca


Como todos sabem, ou deveriam saber, preconceito não cabe em lugar nenhum... mas as mudanças de conceitos, quando para melhor, sim... essas sempre serão bem vindas. Temos comprovações históricas de que ao longo dos anos muitos fizeram isso, e as mudanças vieram a contribuir, tanto em suas vidas, quanto também na existência do homem.

 

Charles Darwin, Charles Chaplin, Willian Shakespeare, Bob Dylan, Sidarta Gautama, Mahatma Gandhi, Martin Luther King, Malcon X… entre outros, só para dar bons exemplos, foram alguns dos que tiveram mudanças radicais em suas vidas, e fizeram valer, que mudança de opinião nem sempre é contradição

 

No Ano passado (2012) o Governo de Belfast, uma cidade da Irlanda do Norte, país integrante da Grã-Bretanha, demonstrou em um grande caso, de repercussão internacional, o quanto à intolerância, do tanto que o preconceito pode ter vigência em uma nação e ainda ter amparo legal para isso, foi o caso do pobre cão Lennox... sacrificado por ter características da raça American Pit-bull terrier, sem no entanto, pertencê-la, pois que era nascido de um cruzamento de Bulldog americano com Labrador retriever

 

Á época houve uma comoção mundial a ponto de se criarem variam petições, sites e blogs, infelizmente nenhum desses recursos surtiu efeito para o que o governo da Irlanda do Norte se comovesse. Na época a família tutora do cão, disse que o cão não precisaria ser morto, pois poderia ser adotado pela conhecida instrutora norte-americana de cães, Victoria Stilwell.... mas não houve jeito, mesmo depois da coleta de assinaturas on-line, de mais de 200 mil pessoas ao redor do mundo e de vários recursos exauridos, no curto período de dois anos, Lennox foi sacrificado, assassinado, morto, pela prefeitura de Belfast, seguindo a determinação de que todos países que pertençam ao Reino Unido são proibidos de criarem essa raça tão maravilhosa, que é altamente ativa, mas que cuja violência, quando existente, é por pura falta despreparo daquele que o abriga, pois quando assim se torna, é exclusivamente devido a falta dos cuidados necessários para que estes assim não se tornem... concordo, no entanto, que para se ter um Pit-bull terrier  em casa, seus tutores tenham que ter o tempo necessário para cuidar destes encantadores cães atletas... sim é isso que eles são, atletas natos, a espera de bons técnicos, bons tutores, bons amigos, e para isso é preciso ter tempo para treiná-los, para correr com eles, brincar, exercitá-los, cansá-los mesmo, e sobretudo para sociabilizá-los, pois a sociabilidade nesse caso, é fundamental. Quando ouvimos falar de ataques de Pit-bull é certo de que esses foram criados em confinamento, em verdadeiros cubículos, longe da presença humana e de outros animais. Aí, é claro, quando assim são criados, ao fugirem e dão de cara com alguém, o instinto primitivo da auto preservação fala mais alto, e o ataque pode ser eminente... mas isso não é uma via de regra, pois sempre há exceções... 

 

Agora pensem em uma situação assim: sem a convivência com outros seres, qualquer animal se sentira em perigo ao ver o que é diferente... e como a melhor defesa as vezes pode ser o ataque... fica caracterizado o quê vemos na mídia, um verdadeiro massacre a raça

 

Quando eu digo que é necessário que se tenha toda essa atenção em relação a criação de cães como Pit-bulls, é preciso que a faça com prazer, com carinho, com devoção, como a fizesse a um filho, afinal, cachorro não é bobo, eles reconhecem, tem a capacidade disso, de sentir quem os ama de fato. A mídia daqui, e a internacional, não tem o conhecimento, ou o cuidado, de quando anuncia que um pit-bull atacou alguém, pois já o coloca como um vilão... como a mordida de um poodle não dá tanto ibope quanto a mordida de um pit-bull, casos assim ficam renegados a segundo plano e não veem a tona... mas eles ocorrem também, já vi e já soube de vários ataques de cães vistos como pacíficos e de raças menores, aos seus donos e vizinhos, e no entanto não se vê essa conspurcação toda a respeito deles... por que a questão é unicamente essa, ibope, e é isso que movimenta a mídia, que dá lucro, em qualquer esfera. 

 

Tenho um amigo que é tutor de um pit-bull, e quando se entra em sua, seu pit-bull corre e abana o rabo como se dissesse: seja bem vindo, amigo... é um dos cães mais dóceis que já vi... e de uma simpatia contagiante, muito brincalhão mesmo, e esse com certeza não é o único. Já em contrapartida tenho uma amiga que tem um pinscher onde ninguém entra em sua casa sem que ela o segure, pois o bichinho é um verdadeiro mordedor.  

 

Quero aqui fazer um paralelo somente, de que a questão não é a raça, e sim a criação dada ao animal... portanto, é preciso que se adote, que se contribua, que se construa a ideia de que os Pit-bulls são vitimas do preconceito que rola por ai... sei que possivelmente alguns ao lerem isso, e que conhecem ou até mesmo já estiveram sob o ataque de algum cão, não compreendam dessa mesma maneira, pois sequelas psicológicas são mais profundas que as físicas... mas entenderei vocês, mas tentem me entender um pouco também, e pensem... na África, mesmo que não haja uma estatística oficial, se diz que o animal que mais causa mortandade ao homem, não é o leão, e sim o hipopótamo... e ele está no seu elemento natural quando o faz... protegendo o seu habitat, exercendo assim o quê o seu  instinto básico o orienta a fazer... por que simplesmente não está sociabilizado, há no entanto um casal, a família Joubert, residentes na África do Sul que criam um hipopótamo fêmea, de nome Jessica, em casa, como se esse fosse um cachorro, eles dão até comida na boca do animal, que é dócil e de nada lembra seus irmãos de raça... isso é sociabilidade, isso é criação, mesmo que não adequada (rsrs), mas é. 

 

E para sustentar cientificamente a coisa, GuilhermeDomenichelli, biólogo renomado do Zoológico do Município de São Paulo, diz que ataques ao homem na África, ou em qualquer parte do mundo, são fatalidades, pois o homem não tem um predador natural, o homem portanto não é a presa prioritária de animal algum no planeta... e casos de ataques de Pit-bulls não fogem a essa regra... eles não são predadores nossos, nem nunca serão... devemos acabar com a ideia de controle de raça ou a exterminação dela... não temos esse direito, pois não estamos sendo caçados a ponto de que a nossa existência corra perigo de extinção, se tivermos que agir assim contra algum animal, que seja então, contra mosquitos vetores da dengue e da leishmaniose, estes sim podem acabar conosco.

 

Pesquisas revelam que mosquitos do gênero Anopheles matam mais de um milhão de pessoas por ano ao transmitirem doenças como a malária, mas parece que muitos ignoram isso, pois não vejo estampado em ninguém o mesmo ódio a mosquitos e outros vetores, como o besouro que transmite a Doença de Chagas, com a mesma veemência que sentem em relação à raça nobre dos Pit-bulls. Tanto que a todo ano o governo gasta milhões com campanhas publicitárias de educação para a prevenção da dengue, e o sucesso é pouco, se comparado as varias epidemias causadas por essa doença... e isso muito se deve pelo desleixo da própria população, e uma boa parte dela é quem discrimina cães vistos como perigosos, mesmo quando não se tem base para fazê-los, e quando o fazem é simplesmente pelo “ouvi falar” da desenfreada mídia, que nesse ponto funciona, ao contrário de quando é campanha educativa

 

Então, devo entender que alguns concluam que determinadas raças de cães são mais perigosas que determinados vetores mortíferos

 

Não vejo o mesmo ímpeto quando ouço alguém falando do medo pelo mosquito-prego, agora quando se fala de um Pit-bull, Rottweiler, ou qualquer outro cão de porte grande e visto como “incontrolável”... o terror fica estampado... estranho isso! 

 

No caso dos tubarões a fobia é, e muito, por conta do filme do diretor de cinema, Steven Spielberg, no caso dos pit-bulls, como não há nenhum filme, que pelo menos eu conheça, a culpa pela fobia fica por conta da mídia, muitas das vezes despreocupadamente irresponsável.      


Lennox, o cão sacrificado na Irlanda do Norte.
À época do sacrifício de Lennox, que foi em uma quarta-feira de 11 de julho de 2012, uma pessoa comentou no Facebook:

"Lennox era um cachorro inocente que não foi morto por causa de sua raça, mas por seu visual".

E essa foi a prova viva de que Lennox foi morto por puro preconceito explicito. Agora pensem nisso quando algum representante da realeza britânica der as caras por aqui e outros alguns conterrâneos desavisados, o saudar, como se esse fosse alguém que merecesse de fato a nossa admiração... e nesse caso não é preconceito!!!... e sim uma mudança de conceito que adquiri ao longo do tempo, sobre aqueles quem veem os demais como súditos, pois creio que estes não podem e não tem a tão preciosa humildade, tão necessária para as verdadeiras transformações que uma vida exige ao longo de suas necessidades... pois como bem cantava (e ainda encanta) o revolucionário Raul Seixas:

“Eu prefiro ser
essa metamorfose ambulante,
do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”

E caso alguém discorde, dê uma olhadinha quais são os sinônimos e a definição literal da palavra súdito... mas isso já é uma outra história, própria para uma boa aula de português, que eu como um bom anarquista (graças à Deus) gostaria de participar com quem quer que discorde desse meu ponto de vista... uma coisa é certa... não teria preconceito para com essa pessoa.

Encerrando:
O preconceito sempre vem acompanhado de uma pitada de crueldade, no caso da família tutora de Lennox, lhe foi negado o pedido de um único adeus ao pobre cão. E crueldades sempre deixam sequelas... tanto do lado do algoz, quanto do lado de quem foi agonizado. Como bem disse um dos grandes gênios da humanidade, Albert Einstein:
"Tempo difícil esse em que estamos, onde é mais fácil quebrar um átomo do que um preconceito."
Links de sustentação:

Um pouco sobre Lennox:

O que a ANDA (Agência de Notícias de Direitos Animais) diz a respeito:

Estes são nossos “predadores”?!

Saiba tudo sobre Jessica, o hipopótamo criado como animal de estimação por uma família na África do Sul:

Mais especificamente:

É possível da ordem ao caos.
Pense verde... o planeta azul agradece.
Abraços, sempre!!!...
Mu®illo diM@ttos