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Casimiro de Abreu, Rio de Janeiro, Brazil

sábado, 31 de março de 2012

A Hora do Planeta, Acenda essa ideia


Em 2007 na capital da Austrália, em Sidney, aconteceu a primeira manifestação do que viria a ser chamado a Hora do Planeta. O evento se consiste em ficar exatamente 60 minutos, ou seja, uma hora com as luzes de lares e monumentos desligados. Mundialmente conhecida como “Hour World”, e sob a tutela da organização não governamental WWF, hoje, dia 31 de março de 2012, exatamente às 20h30min se espera o envolvimento de todos. O ato é em favor de um mundo onde o aquecimento global e a sustentabilidade sejam assuntos vistos com a prioridade que merecem e que falem mais alto do que a ganância. Então que eu, você, os de sua casa, os de sua empresa, governos e toda a sociedade, se comprometam com essa atitude.
E ai, vamos apagar as luzes para clarearmos as ideias?

Link de sustentação:






É possível dar ordem ao caos!
Pense verde... o planeta azul agrade...
Abraços, sempre!!!...
 
Mu®illo diM@tto
Todos os direitos autorais reservados ao autor.

quinta-feira, 22 de março de 2012

22 de março - Dia da Água


A poluição é o nosso pior resultado para aquilo a quem chamamos de progresso, e quando digo progresso eu falo daquele que é sem nenhum planejamento, ou quando o tem é feito apenas para  demonstrar que o fizeram, pois nada tem de seguro ou confiante. Um caso típico seria a construção da nova linha do metrô no município do Rio de Janeiro, onde o estado terá que fechar duas estações, mesmo que temporariamente, para que a nova passe por debaixo das mesmas, já que estas estão no caminho da nova rota, só que esse só afeta os cofres públicos, apesar de ferir mais ainda a geografia da cidade. Isso é um bom exemplo de progresso sem planejamento. 

Outro caso, e é esse que vou dar importância, é a sucessão de erros por parte da multinacional americana Cevron, que alguns dias atrás caiu no mesmo erro de novembro de 2011 no Campo do Frade na Bacia de Campos, estado do Rio de Janeiro, e que por sua vez havia cometido o mesmo erro em outros tantos meses mais, lá no Golfo do México. O assessor de diretoria Silvio Jambloski, da ANP, que é a nossa Agencia Nacional do Petróleo disse que os acidentes causados pela Cevron não chegaram a ter um efeito catástrofe e que estes são aceitos pelo fato de não ter havido um grande impacto ambiental, e apesar dos erros cometidos a Cevron não tem culpa dos incidentes. Então além de isso denotar progresso não planejado ainda há a questão do descaso por parte da digníssima empresa e também do nosso digníssimo governo, este representado pela ANP. E mesmo que o MPF (Ministério Público Federal) denuncie tanto a Cevron quanto a Transocean, a parceira de erros da empresa americana (leia postagem do dia 25/11/2011 de título: E com vocês..., mais um crime ambiental), a parte responsável pela vigilância de coisas assim, faz vistas grossas, pois só cobrar multas não adianta, tanto é que a repetição do mesmo erro nos prova isso. Se o despejo de 2,5 mil a 03 mil barris de óleo cru em nossas águas litorâneas, que foi a quantidade desta vez,  não ser visto como um grande impacto ambiental, não sei mais o que será preciso para que num futuro se alguma coisa do tipo vier a acontecer, seja visto como um. Já esta agora do dia 08 de março, e que ocorreu a 120 km da costa do estado do Rio, contaminou nossas águas com uma mancha de óleo que alcançou, nada mais, nada menos, do que 18 km de extensão, e assim totalizando uma área de 11,8 km2. Um erro também considerado de pouca importância no que concerne a impactos ambientais. Erros desse tipo, que deveriam ser evitados através de planejamentos mais minuciosos, não podem ser vistos como simples incidentes, pois quase tudo que extraímos, fabricamos, industrializamos deixam resíduos sólidos ou úmidos, que por muitas vezes são lançados no meio ambiente e este por sua vez quando os absorve, ou não, danificam ecossistemas terrestres ou marinhos, e até mesmo cidades, trazendo mortandade para a fauna e flora, ou doenças para a população da área afetada. Muitos governos, empresas e indivíduos ainda não tem a preocupação de como tratar desses resíduos, e assim estes, tanto pessoas como resíduos, contribuem para o que chamamos de poluição.
e veja os diversos tipos de resíduos
que existem e ai estão sendo despejados na natureza.
Hoje em pleno dia da água, as praias de Ipanema, Leblon, Copacabana e Barra da Tijuca, as  mais famosas do Rio, foram consideradas impróprias para o banho pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), e o pior é que durante todo o dia não haviam placas anunciando a situação de perigo enfrentada por parte dos banhistas que mergulhavam em águas sujas e com bactérias acima do limite recomendado, podendo causar desde micoses a hepatite.
O nosso país, apesar de todo o seu desperdício de água, é abençoado, ao contrário de outras nações que já se privam desse nosso bem maior, e sem ela a vida não aflora. Aqui temos o maior sistema de água subterrânea da Terra, o Aquifero Guarani, como também o maior rio, o Amazonas, mas isso não nos dá o direito do desperdício, que tanto praticamos. O conceito da Pegada Hídrica (ou Water Footprint), criada pelo Prof. Arjen Hoekstra, é a medida diária, ou anual, de tudo aquilo que é industrializado e consumido onde a água esteja como componente, e segundo cálculos feitos, nós brasileiros consumimos em média 1.381m3 per capita por ano, e é claro que nesse calculo está presente o nosso descaso em relação ao nosso desperdício. O Brasil enfileira como um dos maiores desperdiçadores desse bem. Então, que o III Fórum da Sustentabilidade, que está ocorrendo em Manaus seja um prenuncio de que realmente as nações estejam interessadas em ver o quanto o progresso, esse procedimento tão necessário, não seja o veiculo maior para tantos desastres. E que venha a Rio +20 para fortalecer ainda mais a ideia de que nosso ar, nosso chão e a nossa tão preciosa água pedem socorro.

Links de sustentação:

Site de uma dos maiores biólogos ativistas de país, Mario Moscatelli:

Jornal da Biologia:

A ação do IBAMA em relação a Chevron:

III Fórum da Sustentabilidade:

Um pouco sobre o Prof. Arjen Hoekstra no site SOS Rios do Brasil:

E que hoje o planeta inteiro brinde a vida com a água potável que todos nós merecemos.


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Mu®illo diM@tto
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sexta-feira, 16 de março de 2012

Azis Ab’Saber, o mestre da Geomorfologia.

Eu, um fã de biologia, psicologia, geografia, política e história, sempre digo que a vida, tão presa a estas matérias, às vezes nos dá mostras que não está muito satisfeita conosco, exageros a parte desse ser que sou, biológico, psicológico, geográfico, político e nem um pouco histórico, sei que é justamente ao contrário, pois nós que é demonstramos isso em relação à vida. Digo isso por que hoje, 16/03/2012, infelizmente, as portas da Conferência das Nações Unidas Sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20), perdemos Aziz Nacib Ab’Saber, que em cima dos seus 87 anos de idade era, e acho que por muito tempo ainda será, um dos maiores gênios desse país (e por que não do mundo?) no campo da geomorfologia, biologia evolutiva, ecologia e de outros estudos mais como a arqueologia. Sendo um dos intelectuais que compactuava com os ideais de muitos outros que enxergam o quanto estamos destruindo o nosso lar, ou seja, o nosso planeta, devido ao consumismo desenfreado por nós adquirido com o passar dos anos, pois que estamos colocando os lucros à frente dos custos, e custo aqui se aplica a sobrevivência saudável. 

Azis Ab’Saber, se envolveu e lutou a favor de forma tal com as causas ambientais, que é impossível falar do nosso já sangrado meio ambiente, sem lembrar de sua luta. Se for possível definir uma pessoa como Aziz é fácil dizer que ele foi um homem de valor único e não possuía traços de covardia no que acreditava, pois dizia na lata aquilo lhe era absurdo. Como exemplo: Ab’Saber era um dos que lutavam contra a transposição do rio São Francisco, e não tinha meia trava em dizer o quanto isso não seguia, e não segue, a nenhuma norma ajuizadamente responsável, geológica e ambientalmente falando, já que os perigos geológicos e ambientais que essa loucura poderia, e pode causar, são inúmeras. Geógrafo de projeção internacional, por vezes parecia ser mais ouvido lá fora, do que aqui, o que é muito comum se tratando de nosso país. 

Aziz nasceu em 24 de outubro de 1924 na cidade de São Luis do Paraitinga, no estado de São Paulo. Mesma cidade em que nasceu o pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil, o cientista médico sanitarista, Oswaldo Cruz

Aziz era membro honorário da Sociedade de Arqueologia Brasileira, Grão Cruz em Ciências da Terra pela Ordem Nacional do Mérito Científico, Prêmio Internacional de Ecologia de 1998 e Prêmio UNESCO para Ciência e Meio Ambiente. Foi professor honorário do Instituto de Estudos Avançados e também professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.  

Ab’Saber é responsável direto por diversas pesquisas e tratado científicos na área de ecologia, biologia evolutiva, fitogeografia, geologia, arqueologia, e é claro, geografia. Como um defensor assíduo da Mata Atlântica posso destacar entre as suas contribuições para com esta, a coordenação da criação dos parques de preservação da Serra do Mar e da Serra do Japi, além dos levantamentos morfoclimáticos e de seus ecossistemas, entre tantas outras tantas contribuições de importâncias vitais. 

Aziz Ab’Saber defendia um papel mais ativo dos cientistas nas questões sociais, isso o aproximou do PT (Partido dos Trabalhadores), vindo depois a tornar-se um dos maiores críticos do governo Luis Inácio Lula da Silva devido a sua política ambiental, na qual disse que o governo petista era a maior frustração no que concerne a história do movimento ambientalista brasileiro, justamente pelo apoio que o governo dá aos grandes proprietários de terra do nordeste seco, o que reforça a ideia do projeto de Transposição do Rio São Francisco, o que para Aziz ficou claro que tal empreendimento  não seria então por questões humanitárias e sim financeiras. Essa obra prevê mais de 600 quilômetros de canais de concreto em dois grandes eixos (norte e leste) ao longo do território de quatro estados nordestinos, que são: (Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, para o desvio das águas do Velho Chico, enquanto que ao longo do rio, o projeto ainda construirá nove estações de bombeamento de água, afetando todo o ecossistema ao redor do São Francisco e assim beneficiando somente os grandes latifundiários de toda essa região, pois que passará por suas fazendas sem que os problemas da população local sejam solucionados. Resumindo: Irá se retirar a água da onde ela abastece de forma natural o que a natureza levou anos para construir, para transportá-la e assim disponibilizá-la para a agroindústria e a carcinicultura, mesmo que o RIMA (Relatório de Impacto Ambiental), diga não, pois alega como razão, a geração de emprego e renda. Como disse lá em cima no início da postagem, é o tal consumismo desenfreado ditando as regras, mesmo que está não sejam lógicas e sadias, por isso disse que as portas da Rio +20, uma das vozes mais coerentes desse país deixará de ser ouvida, e isto partindo do pressuposto que Aziz Ab’Saber seria convidado a palestrar. 

Se para muitos o Brasil, teve apenas uma perda acadêmica digna de apenas alguns comentários mesmo que em âmbito nacional, para o mundo foi uma perda acima de todos os rótulos e de incalculável infortúnio, tanto no quesito humano, quanto no cientifico. Hoje sangra mais ainda o meio ambiente e todas as ciências que Aziz dominava, e sorriem de júbilo, os anjos que agora tem a companhia de mais um mestre. Vida eterna as suas memórias e convicções, professor Aziz Ab’Saber, que trazia o saber no nome desde a nascença.





Links de sustentação:

Um resumo de Aziz:

Grão Cruz em Ciências da Terra:

Sobre o Parque da Serra do Japi:

O que é o CONDEPHAAT:


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