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Casimiro de Abreu, Rio de Janeiro, Brazil

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

De uma coisa à outra...


No dia 22 de setembro, o Dia Mundial Sem Carro, eu resolvi me silenciar quanto a esse assunto, pois que achei que cairia na mesmice, mesmice essa que seria: uns adotaram o dia e foram, para onde quer que se fossem,  a pé, de skate, de bicicleta ou em algum transporte público do município onde residem, e outros simplesmente ignorariam..., e pelo que li, acabou valendo esse último. Mas não quis entrar no mérito da questão, mesmo sabendo que esse é um assunto de suma importância. Então por que agora, após ter passado precisos 08 dias do movimento, se é assim que posso chamá-lo, eu me manifestei? É por que apesar de não ter postado nada, isso não quer dizer que eu não tenha pesquisado nada a respeito, pelo contrário, escarafunchei tudo que é site, blog e o que mais viesse pela internet e resto da mídia também, como rádio, TV e jornal, e aí para o meu espanto vi que muitos desconheciam o dia. Tantos os meros mortais, quanto àqueles que se sentem os deuses da vez, não sabem que a comemoração desse dia surgiu na França no ano de 2007, e daí muitos países o adotaram como mais uma forma de dizer que adotamos um estilo de vida muito errado para a saúde do nosso planeta, assim como a nossa, por isso resolvi ser mais um canal para que mais gente saiba desse dia tão legal. Mas para não ser injusto, vi alguns se manifestando a favor e assim ajudando na divulgação desse dia. Um  deles foi o senador Eduardo Suplicy chegando ao senado federal de bicicleta, o que achei muito do legal o exemplo, bom seria de fato se isso se tornasse uma prática..., mas aí reconheço que seria exigir demais do pobre senador, que muito admiro, diga-se de passagem! Então, entre todas essas minhas pesquisas, achei um site que é muito do maneiro: http://www.vadebike.org, e que trata justamente do que estou falando aqui; dispensar um pouquinho o automóvel, ou moto, usados muitas das vezes desnecessariamente e assim passar a adotar hábitos mais saudáveis, tanto no sentido corporal quanto no sentido do meio ambiente. Conheço pessoas que para irem à padaria vão de carro, e moram bem pertinho dela. Um dia desses uma dessas pessoas do meu circulo de amizade me disse: “não fui á praia por que meu carro está na oficina”. O que seria até louvável se ela, a pessoa, morasse a quilômetros de distância do mar, o que é justamente ao contrário, já que ela mora há uns quinze minutos pelo menos de umas três praias. Então é isso, as pessoas se acomodaram nesse sentido. Não dão um passo sequer se não estiverem motorizadas. Com isso sofrem elas, pelo sedentarismo. E sofrem também pela carga excessiva de poluentes no meio ambiente. Em quase que todas as grandes cidades do mundo esse dia foi adotado como uma forma de mostrar que existem outras possibilidades de locomoção até o trabalho ou ao lazer. É claro que por aí a fora o sistema de transporte público não deve ser tão precário quanto o nosso, as vias públicas devem de ter um cuidado mais adequado do que aqui (e não tantos pedágios, não é?). E antes de fazer essas quase afirmações perguntei pra quem já esteve fora de nosso país, de como seriam as ruas, as estradas e as avenidas aí pelo mundo, e de quase todos os quem sondei isso me disseram que as daqui não chegam nem perto das de outras cidades internacionais, assim como a qualidade do transporte público, pois além de ser muito mais barata a tarifa, a manutenção deles é levada a sério, e coisas tipo o fato acontecido no dia 27 de agosto deste ano, com o bonde de Santa Teresa no Rio de Janeiro, onde o bonde descarrilou e causou o óbito de seis pessoas e deixou cinquenta e seis feridas, devem de ser consideradas coisas de cena de filme de catástrofe, ou seja, ficção pura. Então concluo; as pessoas gostam de seus automotivos, mas não tem pena nem de si, nem dos mesmos. Pois que a prática de usá-los não faz bem nem a quem usa, nem ao carro que é usado ao extremo, e indo mais longe, nem tão pouco aos que não os tem ou não gostam de tê-los, como eu. Sei da necessidade de ter um automóvel, mas não gosto devido ao fato de que me sinto mais um integrante desse exército de dependentes, e sei disse por já ter tido um e ter sentido na pele, depois de tê-lo vendido, o quanto é cruel ter que depender de todo esse sistema contrário a quem é transeunte, ainda mais aqui nas Regiões dos Lagos e Costa do Sol, onde estou residindo atualmente, pois o serviço prestado pelas companhias de ônibus e cooperativas de vans é muito do precário. Na questão das companhias rodoviárias a deficiência é devido ao descaso mesmo, já que praticamente só duas empresas detêm o monopólio de uso por aqui. E no caso das cooperativas de vans, estas trabalham sobre rígidos esquemas de controles do DETRO  que as impedem de expandir o seu número de veículos e de pararem em determinados pontos de alguns municípios, e essas coisas talvez aconteçam por força dessas empresas que imperam na região, e é claro tudo isso sob as vistas cegas de determinados prefeitos. E de novo para ser justo; isso não se aplica a cidade de Rio das Ostras, onde mesmo não havendo ônibus que atendam aos seus bairros, há um vasto serviço por parte de vans, que satisfazem a necessidade dos munícipes, o que é justamente o contrário  do município de São Pedro da Aldeia, lá existem ônibus que cobrem os bairros, mas de uma maneira porcamente deficiente e um detalhe mais cruel ainda, lá o atual prefeito impediu que vans e kombis transitassem pelos bairros, deixando a população a mercê do Deus dará.   

É..., era por isso, à época do Dia Mundial Sem Carro, que eu não me dispus a escrever uma postagem, pois que sabia que um assunto puxaria o outro. Eu me conheço...
Visitem o site http://www.vadebike.org, e andem mais de bike, por prazer, por ideologia ou por necessidade..., ou então, como no meu caso, pelos três motivos!
É possível dar ordem ao caos.
Pense verde... o planeta azul agradece.
Abraços, sempre!!!...
Mu®illo diM@tto

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A vida dos Índios Bolivianos e A Morte de Wangari Maathai


Antes de escrever essa postagem tive que respirar profundamente repetidas vezes e aos poucos ir desacelerando a respiração para eu não entrar numa de tacar minha cabeça contra a parede..., é estou naquele momento entre a reflexão e o desespero, e quase que este último ganha. E por que isso? Simples, acho eu que não suporto mais (como antes suportava) assistir ao telejornal, seja ele de qual canal for, pois logo de cara me deparei com duas noticias que me pegaram de um jeito que me jogaram ao chão, e ainda estou tentando me levantar. As noticias são as seguintes:
1ª – A policia descendo o pau num grupo de índios bolivianos que protestavam contra a construção de uma estrada que cortará o Parque Nacional Isiboro Sécure (TIPNIS), parque esse que fica dentro das terras desses mesmos índios que clamam para que Evo Moralez, o presidente (também índio) boliviano tenha um pouco de consciência e deixe de lado essa coisa absurda, pois esse ato, e aqui não tenho como, sempre associo a construção da hidrelétrica de Belo Monte, pois o efeito será quase que o mesmo, a destruição, somente a destruição descabida e infame, tudo por questões financeiras. É o progresso em forma de machado derrubando o verde e matando a vida. E um outro agravante da noticia, e isso eu não sabia à época em que fiz a postagem sobre o assunto, quando em apoio a petição da Avaaz, é que o governo brasileiro também está incluído nesse projeto assassino, infelizmente, pois há uma empreiteira brasileira na direção da obra. Então, para mim fechou o ciclo, seja a Amazônia boliviana ou brasileira a Dilma, com toda a sua corja, está metida até o pescoço. A violência foi tão grande que a própria ministra da justiça do governo de Evo pediu exoneração. A policia não fez distinção entre mulheres e crianças na sua investida, e este ato está sendo considerado muito mais cruel que os atos praticados à época da ditadura do país. È o que eu digo: determinados políticos deixam de ser humanos quando eleitos ou quando eleitos revelam que nunca o foram de fato.
2ª – Morre Wangari Maathai, que ao lado do inesquecível Chico Mendes está dividindo o pódio como maior ativista ambiental, em minha parca opinião. Só que ao contrário de nosso Chico, que foi brutalmente assassinado, Maathai morre por que, entre tantas vitórias (e sofridas!), perdeu a luta contra o câncer. E é aqui que eu volto desesperadamente a afirmar, que odeio quando escrevo sobre quem eu gosto só depois que essa pessoa nos deixa. Eu tenho um vasto material sobre Maathai, mas infelizmente sempre adiei qualquer postagem sobre ela. Não tive tempo para dizer o quanto a admiro, e isso é horrível..., mesmo que ela nunca soubesse da minha admiração pela mulher que era..., ou melhor, que é! Pois seu exemplo vai continuar e assim perdurar e influenciar a muitos, com certeza!!! Sua luta, tanto no campo político, humano e ambiental fez com que ela ganhasse o Prêmio Nobel da Paz em 2004, se tornando a primeira africana a ganhar esse prêmio, e ela comemorou da melhor forma: plantou mais um árvore enquanto reverenciava o Monte Quênia. Maathai foi uma ativista integrada aos assuntos da mulher, como diretora-geral do Conselho Nacional das Mulheres do Quênia (NCWK) e também foi instituidora do Movimento Cinturão Verde na qual, através desse instituto, foi a responsável direta pelo plantio de 30 milhões de árvores na África. Se hoje o Quênia é visto como um país democrata muito se deve a ela.  Maathai nasceu em Nyeri, distrito do Quênia, em 1º de abril de 1940 e faleceu em Nairóbi em 25 de setembro de 2011. Falar de Wangari Maathai requer tempo e espaço, e o tempo que aqui eu ofereço é ínfimo, e o espaço não sei se há nesse canto virtual que aqui disponho, portanto aqui encerro com as palavras da própria Maathai:
“Quando estamos plantando árvores, alguém me diz: “Não quero plantar essa árvore porque ela não cresce muito rápido.” Então, tenho que lembrar a essas pessoas que as árvores que estão abatendo hoje não foram plantadas por elas mesmas, mas por aqueles que nos antecederam. Portanto, elas devem plantar árvores que vão beneficiar as comunidades no futuro.”

Assim era Wangari Maathai, que assim sejam os índios bolivianos. Perseverança é a lição!
A Semana da Árvore teve um gosto muito ruim esse ano..., que pena!

Links de sustentação:





Abraços, sempre!...

Mu®illo diM@ttos

terça-feira, 20 de setembro de 2011

SEMANA DA ÁRVORE...


Estamos entrando na semana da árvore, e digo que essa é uma época, que igualmente ao Natal, eu reflito como nunca, pois que é uma semana na qual nos devotamos a esses seres passivos e tão caros a todos nós. Nessa época sempre bato os olhos nas páginas de um velho livreto, uma cartilha para eu ser mais exato (tantas vezes lida por mim), chamada Manifesto Verde, de Ignácio Loyola Brandão, nela está contido todo o desespero de um pai para os seus dois filhos, pois lá Loyola Brandão se preocupa com o que deixaremos para os nossos filhos, e apesar do livro ter sido escrito em meio à década de 1980, ainda é bem atual, infelizmente! Existem algumas árvores em especial que eu gosto, sempre que passo por elas, em forma de agradecimento pela sua utilidade e beleza, de fazer algum aceno, e a impressão que tenho é que quando o vento as toca, elas dançam como que retribuindo o meu gesto. Doideira ou não, gosto de pensar que elas tenham alguma afinidade comigo. Eu penso totalmente ao contrário do que prega um velho conhecido meu, que me disse uma vez, que as plantas são seres de narizes em pé, pois não se manifestam as nossas reações. Não acho isso, não! Pois acredito que essas nossas amigas verdinhas demonstram com outras formas de carinho o que “sentem” por nós, haja vista que elas estão por aí tentando perfurar o concreto que cobre a terra, renascendo em tímidos galhos pelos troncos cortados jogados ao chão, sobrevivendo de forma incrível às queimadas, e etc. As árvores nós devemos: o nosso ar, a nossa sombra, os nossos saborosos frutos, e a contemplação..., é, a contemplação, pura e única contemplação! Pois que procuramos nas alturas os deuses astronáuticos verbalizados pelos nossos solitários e carentes antepassados, enquanto que outros deuses, tão terrenos, estão aqui a nos guarnecer com sua bondade quase que milenar toda a sua dedicação, mesmo que pareçam indiferentes a nós. Às vezes a estes deuses chamamos nós de fogueira, “de cadeira, tamborete, mesa, balcão de bar”, como bem canta o maravilhoso músico, cantor e compositor Xangai. Então, essa é uma época em que eu me pergunto muito se o tratamento dado a esses seres evoluídos, esses deuses, reais filhos do planeta, é o correto. É claro que a minha resposta é obvia: não, não é correto coisíssima nenhuma! Há sempre o descaso por parte desse animal que se acha dono de tudo, que por onde passa causa lixo e deixa a sua marca registrada a vista de quem nem os viu: a destruição. É nós, os homens, nos especializamos nisso, pois que para construir algo temos que destruir outra coisa. O homem polui, mata, extingue e não parece se importar muito com isso. E quando falo disso não digo apenas dos homens políticos, donos de grandes corporações..., falo também daquele humilde dono de nada, andante das ruas. Aquele que é chefe de família. Aquela que é dona de casa. Falo do adolescente que não recebeu a educação necessária para que não despeje aquilo que lhe indesejado no chão. Falo de todos no geral. Árvores e todo o tipo de vida vegetal são superiores a nós em tudo, e não olhamos para eles com subserviência necessária, não lhe temos o respeito merecido, pois não os vemos como seres vivos legítimos. O fato deles não possuírem a deficiência da dor, não nos dá o direito de machucá-los, de matá-los, de extingui-los a nosso bel prazer. Onde foi que se definiu que tínhamos o direito a isso? Acho que somente na nossa vontade imperialista, na qual acreditamos ser soberana.
E antes que outro livro de Ignácio Loyola, “O Homem Que Espalhou O Deserto”, se torne ainda mais real, eu aqui declaro que “verde que te quero verde”, eu te amo! E imploro a ti pelo nosso perdão. E desejo aos homens que façam da semana da árvore uma eterna comemoração, uma comunhão plena, sincera e apaixonada, em agradecimento a toda vida no planeta, antes que acabemos de vez com esse que pode ser o único planeta na qual a vida como a conhecemos se fez presente.

Alguns links de despertamento:
Abraços, sempre!...
Mu®illo diM@ttos

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Petição contra mais uma tentativa de desmatamento.



É..., é mesmo estranho o comportamento de determinados políticos, e digo aqui “determinados” por que não quero ser taxado de novo como um radicalista turrão, conforme fui chamado por esses dias, por amigos de causa. Mas tudo bem, sem receio e não se importando muito com isso, apesar de soar parecido com um desabafo o que agora escrevo! Então, voltando ao assunto em questão, aqui me direciono assim: determinados políticos, são mesmo estranhos no sentido de ouvirem aqueles que os elegeram, pois que dão uma de surdos, e isso é uma coisa, uma prática pelo que vejo mundial, pois aqui mesmo ao nosso lado, na Bolívia, nosso irmão latino, o presidente Evo Morales, está aprontando das suas em relação ao meio ambiente, pois que aprovou que uma estrada corte o lado boliviano da floresta amazônica, assassinando assim não sei quantos alqueires sem se importar com os que são contra, já que mais de dois mil índios marcharam mais de 600 km manifestando a indignação de muitos, e tudo como sempre, demonstra que políticos agem mais por questões financeiras do que por questões realmente necessárias. Como no nosso exemplo, da hidrelétrica de Monte Belo. Pois é, tanto Evo, quando Dilma é tudo farinha do mesmo saco! E o agravante é que essa estrada passará por uma área protegida. Não sou de forma nenhuma contra o progresso, como fui acusado (olha eu me contradizendo e de novo me lamentando, droga!), mas acho que tudo tem que ser feito de forma que não prejudique o que é vivo, pois quando se trata de desmatamento, espécies (muitas das vezes endêmicas) da fauna e da flora são mortas, já que não há como se recolher e direcionar todas para outros habitat’s, ou mesmo catalogá-las, em tempo, uma por uma, já que muitas ainda são desconhecidas pela ciência. Talvez falando assim muitos vejam isso como um absurdo, e que eu seja mesmo contra o progresso, que eu tenha uma forma retrograda de pensar..., bem, se isso é ser retrógado, quem pensa assim desse jeito é reacionário e desumano. Tolo de quem pensa, e digo isso sempre, que por sermos o animal pensante do planeta temos o direito sobre a vida de tudo que habita nele. Não, não temos! Um dia, de alguma forma muito doída, saberemos o quanto isso foi, e é cruel. A área na qual me refiro como protegida é a já tão divulgada por diversos ambientalistas, o Território Indígena e Parque Nacional Isiboro Sécure (TIPNIS), que como vocês lerão no texto da Avaaz (quando clicar no link) é vista como a joia preciosa da Amazônia boliviana. Então, como muitas ONGs, a Avaaz pede aqui mais uma vez, a assinatura de mais uma petição contra mais um ato arbitrário por parte de um político que eleito foi para defender os direitos de uma nação e tudo que há de valor verdadeiro contido nela, mas que me parece que se esqueceu, que esse valor, que deveria estar acima de tudo e de todos, é a vida, unicamente a vida.
Cliquem no link. Assinem e conheçam os projetos da Avaaz.
Abraços, sempre!...
Mu®illo diM@ttos